Poemas : 

Justaposição

 
Os versos estão ao poema, como o sangue é às veias
Palavras de veia em veia, o sangue de verso em verso
Estrofes são trens de palavras que andam por linhas
Cada linha uma estação, verão ou inverno à escolha
Talvez um dia saibas diferenciar da música, o poema
Antes que vá mesclar ao corpo na meia noite escura
Mares de ideias flutuam sobre um abismo esquecido
Pois então escondo este pequeno poema sob pedras
A salvo das ternuras e de qualquer rumor de alegria
Que te desvie dos caminhos que escolheste a seguir
Há girassóis nas orlas do caminho justo nesta poesia
Como poderias sofrer em paz se em nada há sentido
Corvos em loucura voadora, voam sem saber porque
Até que a lua subida ao céu ponha fim a seu festejo
Dentro do peito guardo uma imagem de lírio, delírio
A distância beija a flor, de flor em flor, tal beija-flor
A luz das madressilvas, em coro, nos convida a calar
Talvez se possa entender, na inocência das crianças
Que se pode num só sorriso, entregar o melhor de si



"Somos apenas duas almas perdidas/Nadando n'um aquário ano após ano/Correndo sobre o mesmo velho chão/E o que nós encontramos? Só os mesmos velhos medos" (Gilmour/Waters)


 
Autor
Sergius Dizioli
 
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