O sossego

Permite-me duas observações de, suponho, bom português.

a primeira:

"As lâmpadas, de fraca luz, quase sumida, atraía as traças, os..."

não seria:
"As lâmpadas, de fraca luz, quase sumida, atraíam as traças, os..."

e a segunda:

"Os cães em festa com o miúdo a tentar acompanhá-los saltaram-lhe para os braços firmes, naturais de quem tem mãos, mães de calos, e os seus dedos são filhos sólidos."

não ficaria melhor:
"Os cães em festa com o miúdo a tentar acompanhá-los saltaram-lhe para os braços firmes, naturais de quem tem mãos, mães de calos, e os seus dedos são filhos sólidos."

E acabaste de emoldurar o quadro do Zé Silveira.

Subiu em ombros de gigante, meu caro.

Subiu em ombros de um gigante, meu caro.

Gosto muito deste texto. Da narrativa, dos tempos, dos sentimentos, do espaço, dos compassos. Especial, quanto a mim.
Obrigada

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Outros que tiverem a sorte que eu tive de te ler aqui, vai comprovar  incontestavelmente que cotidianos estão repletos de sinais que nos levam a escrever estórias fantásticas como a sua. No meu caso, já cheguei a audácia de compor uma canção a partir d'uma mera frase solta.
'Sossego' é prova inconteste, do seu dom de escrever, como se aspergindo palavras, viciando o olhar do leitor...
Por isso, aplaudo o amigo poeta que percebeu com tamanha sensibilidade, a possibilidade de extrair de um mero comentário, trazer à  tona conteúdos tão enriquecidos. Li, reli, e lerei várias vezes, fique certo. Aquilo que comentei dias atrás; 'o  Luso-Poemas proporcionando momentos para lindas interações. Cumprimento-o!
Aquele abraço caRIOca!