Cheia de esperança, criança
Cada folha arrancada doía
Ainda não sonhava em ter flores
Estou num momento outono
Aproveitando as inspirações das folhas
O silêncio abraçando meus sussurros
Sendo eu
Uma vida marcada por estações
De pequena tinha folhas verdes
Agora tenho muitos galhos secos
Estou de pé germinando por dentro
Com braços abertos a receber
Filosofia,
Até parece que sem você viveria
Que sem remédio nunca ia adoecer
Hoje sou tão livre sem medo
Precisava de outras mãos para ter asas
Sou tão corajosa
Poesia eu tenho você
Os caminhos são mágicos
Enfrento os monstros de criança
Mula sem cabeça
Assombração
Azar
Melhor que vencer
É ter garras que sempre cresce
Letras vivas sendo escritas na cabeça
Poderia ter raiva por só agora ser livre
Presa em palavras como se fossem bóias
Fui para outro caminho fora do mar
No mar só tinha ameaças
Olho para frente e vejo uma grama verde
Brotos em meus galhos
Nasceram dentes dentro do meu ouvido
Minha voz é instrumento
O coração é um quadro com minha arte
Maria Gabriela
A alma é tingida com a cor de seus pensamentos. (Marco Aurélio, meditação)