Identidade superfície
Olhos de horizonte
Diga o que devo procurar
Acenda a chama no peito
Para que o cansaço
Deixe de machucar
Gosto de polir o sentir
O que vale ouro, meu corpo
Quero te colocar ao sol
Enquanto aquece vou me despindo
Acendo a luz para eu que veja
Faço a limpeza e passo a desejar
Quem sou
Minha verdadeira identidade
Aquela que escondo
E tão pouco mostra
Hoje eu te mostro o outro lado
O que vive por dentro
Aceite a paz
Receba o amor
Para que não te ignore
Apesar de recusar
Conheço meus gostos
Sei das minhas reações
Queimo-me com a minha
Involuntária impaciência
Para e por quem
Vou me sacrificar
O medo que faz sangrar
Quase até a morte
Intimidade o quão profundo
Só a minha alma é minha
Faço dela o que quiser
Até o arder de muito é prazer
E quando ficar gravado
Vou te reviver sempre
Maria Gabriela
A alma é tingida com a cor de seus pensamentos. (Marco Aurélio, meditação)