Filho d’alma
Oh, como gosto
de brincar com as palavras.
Criar, imaginar situações...
Coisas da alma aguçada
que não vê limites para fantasiar,
às vezes sorri o meu eu criador.
Das inspirações d'alma;
Das vísceras tal qual parir um filho.
Nasce não tem jeito,
o mais interessante é, que nem sempre
vivi e [ou] vivo o que escrevo.
Basta uma imagem para eu gerar,
da vida a um personagem.
Tornando-se tão real que levo o leitor
imaginar ser eu o personagem,
sim, em sua maioria, mas tantos
não o são dou vazão ao coração!
15/10/17
Guarulhos,
Às 01:49hrs
Mary Jun
Parabéns, poetas e poetisas pelo dia do escritor!
Abusando da imaginação
Não me preocupo mais
por caminhar sozinho...
Cada poeta vai
em busca de um caminho.
Cada poeta tem
sua inquietação,
seu deslumbramento
sua "área de inspiração".
Se o que me inspira
é o som de uma lira,
eu faço um poema lírico...
Se o que me inspira
é uma indignação,
eu traço uma revolução.
A.J. Cardiais
19.02.2015
"dias de glória"
veio ela
em rubra
fita na testa e
o peito
com blusa
aberta
palavras
em comoção
enchiam
mãos de revolução
era ela
a luta
sangrando
no papel
era ela a poesia
sem regras
sem leis
sem quartel
INSPIRAÇÃO, BEBIDA E CANÇÃO
Título: INSPIRAÇÃO, BEBIDA E CANÇÃO
MPB - Samba bossa
Autor: Letra/Melodia/Voz/Violão - ZéSilveira
https://youtu.be/qx7LgCmz4W4
São tantas razões, ando fora mim,
mas daqui eu não saio...
Deste mesmo lugar, cercado de vozes e todos os sons...
Bebida e canções, não me fazem de lobo, sempre eu soube ser cão...
Não confundo latidos, desejos,
delírios, sentires e tons...
Estar fora de mim,
é não ter a brisa-fresca, soprada do mar...
do vagueio dos sonhos, das vozes vorazes, vindos de algum lugar...
Impossível saber...
Impossível saber...
Pois me foge a razão...
Mente adormecida,
contornam as letras, ao final, redenção...
Eu apenas queria,
uma melodia, um verso emoção,
cantar junto as cigarras, rolar solto na relva e curtir o verão...
" ...quero estar fora de mim
com meu corpo liberto
dentro das madrugadas...
...com excertos do poema "Bourbon e canções" do Carlos Correa, poeta dos bons daqui,
sabidamente um roqueiro raiz, ainda assim, sem a intenção de contrariá-lo, desviei o sentido e compus um samba bossa usando alguns versos considerados ao meu olhar, musicais!
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=361108
https://m.facebook.com/story.php?story ... 292974&id=100005322645796
NADA TENHO PARA VOS OFERECER
Hoje como ontem, nada tenho para vos oferecer.
Esqueci as palavras, esqueci frases verbos e rimas.
Tento dar um lugar em mim a um pouco de inspiração.
Mas nada no cérebro, nada na alma, nada no coração
Na minha cabeça, tenho uma massa que nem sei se é cinzenta
As palavras ele não as transmite às minha pobre caneta.
Que chora lágrimas pretas ou azuis, ela desespera.
E a folha de papel continua branca, continua à espera.
A inspiração, essa , continua escondida e ri-se de mim
Com ar cretino e com um ar brejeiro fazendo caretas.
Então meu velhote? Se não for eu, nada consegues inventar!
Fala com a Lua, talvez ela uma vez mais te possa ajudar..
Estou envergonhado com esta sua e má malandrice
Continuo a fazer um esforço, mas nada me obedece
Acorda meu cérebro, acorda minha alma e meu coração.
Dêem-me um pouco de saber sem precisar da inspiração.
A. da fonseca
A Deusa da Inspiração
Desnudaste-me o espírito,
Arrancaste-me a carne e a prudência
E aprisionaste-me num invólucro de palavras e precipício.
Revolvia-me em paixão, ânsia e escrutínio
A dor incólume latente ao fascínio-
Essa chama gélida que me acomete em calafrios.
Lançava-me ao apoteótico
Momento de síntese,
De enclausuramento,
De síncope.
Martelava palavras
Ao peito nu
E sangrava a verborragia
Das alianças convenientes.
Mastigava o equilíbrio da simbiose
E digeria a máscara que licencia a normalidade.
Conversa puxa conversa
Eu teço poemas curtos
Não dou confiança à poesia
O que não é sinónimo
De ter a alma vazia
Simplesmente não gosto
De entediar quem me leia
Prefiro deixar no ar
Os estados de nostalgia
Os sonhos mal tomam corpo
Quando me vêm à mente
Já deixaram de ser meus
Passam a ser de quem sorve
Fantasias, miragens ou pesadelos
Ofereço-os em taça ardente
A raiva é sempre incontida
Sou mulher de extravasar
Coração ao pé da boca
Cada um no seu lugar
Não acato injustiças
Vou à luta todo o dia
Nunca me hão de calar
Não sei se já disse tudo
Não me queria alongar
Afinal, o que era curto
Conversa puxa conversa
Já nem associo ideias
mesmo que não tenha nexo
Dou comigo a versejar
Maria Fernanda Reis Esteves
51 anos
natural: Setúbal
Dedicada inspiração
Há alguns suspiros caídos nas alamedas de mim.
São vigiados por uma dedicada inspiração
que aguarda o tempo certo para colhê-los.
Ela não sente fome,
nem demostra de nada necessitar.
Paciente e serena saboreia
o som que o ponteiro lhe dá.
Entre flores de gemidos,
Folhas secas de ais perdidos
Esse sopro se faz purificar.
E na era da colheita
Certa de concluir sua faceta
A nobre inspiração deixa seu suspiro exalar.
Enide Santos 13.01.17
DEIXE-ME AS ROSAS
Ó Anjo da Musa humana:
Tiraste de mim, a alegria da Inspiração,
e deixaste no seu lugar,
A Dor de um vazio sem par.
Disseste-me que outros poetas
a mesma Musa iriam usar
para suas rimas enfeitar.
Hoje, ao ler teus poetas sagrados,
Me vejo, nas antigas palavras, a rebuscar
o mesmo veio poético, para me iluminar.
Porém,
Anjo da Musa humana,
Vejo-me a construir palavras tristes,
Vejo-me, de novo, tudo começar,
E não consigo mais o antigo sonho alimentar.
Então,
Te suplico,
Anjo da Musa Humana:
Deixe-me, pelo menos as rosas!!!
Ou, alguma rosa perdida, no chão
da minha alma.
Para que eu sinta que um dia, a minha Musa irá voltar.
E, com toda a minha Saudade,
Eu volte a poetar.
Saleti Hartmann
Professora/Pedagoga e Poetisa
Cândido Godói-RS
Sem obrigatoriedade
Não escrevo por obrigação
É contraproducente
Mas nunca renego
Um sopro de inspiração
Não quero que me digam
O que devo fazer...
Não sou permissiva
Valorizo sempre a iniciativa
Quanto vale a poesia?
Se não for expontânea
Se não nascer da briga
Entre o ego e a alma
E não for criativa?
Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal