Poemas : 

Murmúrios no cerrado

 
Tags:  amor    poeta    cerrado    luciano    Spagnol    murmúrio  
 
 
No cerrado quando o sol morre
O céu explode em poesia e cor
De cada touceira a luz escorre
E a escuridão devora o fulgor
No cerrado quando o sol morre

Nesta dualidade de alvor e breu
Ofusca o fim do dia mais cedo
No amarrotado arvoredo pigmeu
De chão de cascalho e rochedo
Nesta dualidade de alvor e breu

Da profundeza escura do céu
As estrelas brilham o cerrado
A lua num bailar tira o seu véu
Deixando o crepúsculo prateado
Da profundeza escura do céu

É a tarde saindo e se decompondo
Os murmúrios do silêncio suspirando
Pássaros nos seus galhos se pondo
E o sossego invadindo o comando
É a tarde saindo e se decompondo

No ganido da noite range a solidão
Em pisadas fortes e frágeis sussurros
Vagando pelos sulcados do sertão
Riscando os sons com duros murros
No ganido da noite range a solidão

Nos murmúrios do cerrado pálido
A melancolia paira na obscuridade
Se transformado num jardim cálido
De fragrância doce e árida saudade
Nos murmúrios do cerrado pálido

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Abril, 2016 - cerrado goiano


Poesia é quando escrevemos o monólgo de nossa alma, que se torna um diálogo com o leitor.

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado
 
Autor
LucianoSpagnol
 
Texto
Data
Leituras
34
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.