O que buscas no mundo,
Com olhos famintos de horizonte,
Talvez seja apenas o eco
Do que em ti já pulsa em silêncio.
Escavas montanhas, cruzas mares,
Como se a resposta fosse além.
Mas e se o mapa sempre esteve
Gravado nas tuas próprias veias?
Não há chave mais precisa
Do que o teu próprio peito.
O que te falta no espelho
É o que sempre esteve inteiro.
Procura o mistério nas estrelas,
Mas é no escuro dos teus pensamentos
Que a constelação se revela.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense