Palavra
Toda palavra nada
em uma suavidade abstrata.
E nada que me diga
me fará virar a casaca.
Ela, em sua exiguidade,
Treva sombria e plana,
transpassara os ossos de sua
caveira gentil e leviana,
transcendendo o ser concreto.
Mas discreto é o aroma da flor
que se contrapõe a este clamor poético.
Tão doce que enfeitiça.
Porém toda a palavra me basta
para esmagar meus conflitos
trazendo Luz a meu escuro infinito
e quanto mais as uso mais afasto
as dores do meu espírito.
Tudo a mim infere à palavra
pois ela me acende e atiça
na fluidez da minha sensibilidade.
Alexandre