Nos seus olhos negros mora o silêncio,
Que no escuro transborda mas não é mau, repousa e abraça o mundo inteiro. Esse mundo que eles mesmos cerceiam. Tem todos mas não veem todos.
Nas suas profundezas negras o que escolhe não dizer, sobressai, o caos e a ternura deságuam, se desfazem por corredeiras ou corredores, tudo me parece labirinto líquido, mas não me estranha. É corredor que escorre conhecido. Sinto que já estive tão dentro quanto fora, presa por seus sinais.
Esses abrigos guardam uma alma, que vez ou outra desaprende à florescer, mas quando o faz em natural, salta, é impossível não ver.
A paz que eu busco é uma balança, uma parte vive na fonte dos seus olhos, outra nos meus.