carrego dentro de mim geografias invisíveis, constelações que se alinham e se desfazem, mares que avançam e recuam.
tudo
se
relaciona.
o que me preenche, também me esvazia.
o que me falta, às vezes transborda.
sigo inteira e partida, somando presenças, subtraindo excessos, completando-me de ausências.
ser é esse movimento: estar e deixar de estar, ser ponte e também abismo.
sou feita de encontros, de desvios, de silêncios que conversam entre si.
e,
ainda
assim,
sou,
.
.
.
um mundo
digerido
por outro
mundo.
Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.
