Maestro: o vento nas cordas.
Com as pautas nos lugares.
Cresce a tumba. O baixo, sobe em grave.
Acompanha o trombone a agitar as escutas.
Logo entra o trombone.
Um idiofone em cada ouvido em hodierno.
Toca o sino.
Puxado a fios.
Estival, inferno sinfónico.
Os músicos tocam em orquestra.
O inferno é o palco, com a escuta no ouvido.
O olhar sobre a pauta.
A orquestra a suicidar-se.
Porque a pauta está a arder.
Cada músico afina a sinfonia do inferno.
Zita Viegas