Se eu não te sentisse
na berma da estrada, sufocando
um corpo em delírio onde
a dimensão da vida passa
paralela às estações
frágeis de ser-se humano
Se eu não soubesse do vulcão
coberto de neve onde o vento
rasga as encostas do teu corpo
Se eu soubesse que nas
manhas frias da vida
terias pássaros chilrando
na fina brisa dos dias
Eu arrancava do peito todas
as mágoas com que me deito
Escrito 2/8/25