Vem,
devagar.
Não toca ainda.
Só fica perto.
O ar teso
entre o quase
e o agora.
Um som pequeno
raspa o silêncio.
Teu rosto —
quente demais.
A pele aprende o caminho
antes do gesto.
E tudo o que existe
é este instante
que não termina.
e o mundo treme,
mas não cede.
Respira.
De novo.
(mais perto)