eu quero saber
o que ilumina seus olhos
se é a luz da janela que a gente vê
ou se é o seu céu cheio de estrelas
quero conhecer, quero viajar
no seu cabelo, no seu corpo
mesmo sabendo, tento negar
que sem jeito com bobo, dá um desastre
nosso desastre tem forma
disserta forma eu direi
que, de certa forma, sei
a cor da sua sombra
e no passar das noites
a luz do luar fica como um açoite
mas nunca agressivo, apenas acentuado
vamos nos descobrindo de um jeito estonteado
eu abro um olho diferente
pisco e sigo em frente
bato numa porta errada sem pensar
e o morador me manda nunca voltar
É o ferrão quem perturba a abelha.
Escrito por mim no dia 12/10/2025 em Brasília-DF.