Poemas : 

Soneto n 5

 
Exuma-se meu atabalhoado grito
Que estando pálido sufocado e morto
Foi comigo sepultado, a contra gosto
E calado em seu silêncio todo aflito…

Na caiada sepultura do infinito
Estendido sob um pálio aberto e absorto
Um epitáfio arranhado estranho,torto
Cravado em minha lápide e mal escrito.

Quando tiram desse túmulo esquecido
minha garganta silenciosa e fria
Saberão de que dores terei morrido.

Antes que tornem à tumba o veredicto
Abra-me o peito nesse penoso dia
E arranca-me o que de mim nunca foi dito!

 
Autor
pauloroberto
 
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