Poemas : 

Equilibrista de mundos

 
Tags:  existência  
 


trouxeste-me até aqui
pela mão
assente num fardo
eu que ardo
sou o cinzento depois

dizes-me que olhe o mundo
as coisas
e as não coisas

dizes-me das cores
dos aromas
das texturas
dos sons
dos sabores

dizes-me das emoções
das sensações
dos abstratos
extratos de tantas vidas

e no fim
acaba tudo preto
no branco
um banco de assunção
presumido de mim
nas incertezas horizontais
de alguém renascer

tu, tão leve
quanto nada seres
pões-te peso todo num só vértice
e eu
equilibrista de mundos
que avance aos esses
na corda bamba
esclarecido
de cair-me constantemente


17-11-2025


 
Autor
AlexandreCosta
 
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