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Poesia em dia de chuva

 
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Por onde andei?
Perdido em devaneios,
Agarrado a volteios,
Para sempre perpétuos.
O que sofri?
Insensível, impenetrável,
Desumano sempre amável,
E com todos, trato afável.
De que fugi?
Alegre cornucópia, ao vento,
Evadida sem lamento,
Nunca olhando para dentro.
O que penei?
Desde um primórdio,
Mergulhado em purgatório,
Medindo-me, sempre inglório.
O que não fiz?
Na inépcia emaranhado,
Em triste boémia parado,
No sofá da vida curvado.

O que hei-de fazer?
Amar,
E deixar o mundo girar.

A vida sincroniza-se com o Universo, de forma espontânea, sem necessidade de qualquer esforço. Temos para isso, de nos sentir, deixar nosso coração aberto, libertando o ego. Crescer em contínuo, atentos ao cumprimento das nossas obrigações, para com a força Geracional, acertando o nosso movimento à ressonância do espaço-tempo. Há que aceitar o bom e o mau, prémio e pena das nossas acções, e sobretudo perdoar, tudo e todos, e também a nós mesmos, com humildade. Há que confiar no futuro, aceitando os desafios com que nos coloca à prova, descobrindo a nossa convicção de sermos livres. Há simplesmente, que amar, e deixar o mundo girar.


Boa semana!


Garrido Carvalho

Abril ‘08
 
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Garrido
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