Sonetos : 

O amor e a roseira.

 
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O amor e a roseira.

Por que não me disse logo, fingida,
Que o seu amor era falso pra mim.
Teria esquecido logo os seus beijos
E agora eu não mais sofreria assim.

Você deixou apaixonar-me primeiro,
Para depois largar-me só a sofrer
E hoje, neste abandono, querida,
Sem o seu amor eu prefiro morrer.

O amor é igual a um pé de roseira,
Depois que criar raiz não sai mais.
Somente suspiro do peito é que sai.

Agora vou perguntar–lhe, ingrata:
- Por que você me deixou sem saber
Que agora eu não sei viver sem você?

Maringá, 26.05.08



verde

 
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João Marino Delize
 
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Enviado por Tópico
matilde
Publicado: 26/05/2008 18:12  Atualizado: 26/05/2008 18:12
Participativo
Usuário desde: 25/05/2008
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Mensagens: 25
 O amor e a roseira. João
Este soneto é um vislumbre da dor do homem abandonado.
Gostei por me parecer que o amor é mesmo uma roseira de espinhos acentuados.

Saudações literárias.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/05/2008 20:26  Atualizado: 26/05/2008 20:26
 Re: O amor e a roseira.
João,

A_DO_REI o soneto!Senti falta de pontuação para que a dança do ritmo dos versos se fizesse mais clara. Os dois primeiros versos são um arraso:

"Por que não me disse logo, fingida
Que o seu amor era falso pra mim"

Com uma vírgula depois do fingida e um ponto de interrogação no fim do segundo verso, o sentimento de quem se sente traído (não no sentido bíblico) seria como um punhal.
O mesmo no último terceto:

"Agora vou perguntar–lhe, ingrata: (dois pontos)
Por que você me deixou, sem saber
Que agora eu não sei viver sem você?(interrogação) "
E fecham-se as cortinas: aplausos!!!
Bjins meus, Betha.


Enviado por Tópico
Tânia Mara Camargo
Publicado: 26/05/2008 22:05  Atualizado: 26/05/2008 22:05
Colaborador
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 Re: O amor e a roseira.
Belo soneto e esta comparação entre amor e roseiras
foi bem pensado, Beijos!

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 31/05/2008 18:19  Atualizado: 31/05/2008 18:19
 Re: O amor e a roseira.
Versos lindos, naturais...

"Por que não me disse logo, fingida,
Que o seu amor era falso pra mim.
Teria esquecido logo os seus beijos
E agora eu não mais sofreria assim."
(João Marino Delize)

Um abraço, meu amigo.

Lustato