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Velha canoa que desliza na correnteza
Vai carregando a saudade e a tristeza
De um coração muito triste e amargurado
O orvalho da noite devagar está caindo
Junto com minhas lágrimas vai sumindo
Com o sol quente que me deixa desolado

Joguei suas cartas no meio das águas
Para eu esquecer a razão destas mágoas
Mas está parecendo que nada adiantou
Pois em cada curva que esta canoa faz
Lembra-me os momentos que ficaram atrás
Que o tempo sem piedade prá longe levou

Eu vou encostar esta canoa lá na margem
Para interromper para sempre a viagem
Pois não quero mais sem ela navegar
Se um dia outra pessoa me der coragem
Ai eu voltarei para ver esta paisagem
E momentos felizes pretendo relembrar

Quando a canoa passava neste remanso
Via a sua imagem que agora não alcanço
Sabendo que logo eu iria ela encontrar
A felicidade foi um castelo de areia
Apareceu um Judas em meio à nossa ceia
Que a carregou para nunca mais voltar

jmd/Maringá, 01.10.08


verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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