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Toada do narcisista implacável

 
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Da máscara fiz a cara

da verdade fiz a aparência

neste caminho nada me pára

nem o amor nem a inocência



caiam os fracos que acreditam

os ingénuos que em mim crêem

cuspo-lhes na cara sem que entendam

sem que percebam o que vêem



Na minha vida mando eu

e na dos outros também

encho o coração que deus me deu

de almas mortas e fico bem!


 
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camila75
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Enviado por Tópico
Amora
Publicado: 02/10/2008 23:50  Atualizado: 02/10/2008 23:50
Colaborador
Usuário desde: 08/02/2008
Localidade: Brasil
Mensagens: 4705
 Re: Toada do narcisista implacável
Eita! Haja flores e espelhos!

Gostei, tem ritmo e o resto.


Amora

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 02/10/2008 23:57  Atualizado: 02/10/2008 23:59
 Re: Toada do narcisista implacável
Sai-lhe um monstro do peito. Opera-o sem anestesia na mesa da cozinha, utilizando as facas que matavam os porcos e os antepassados lhe deixaram como herança de destino num guincho.
É um monstro conhecido, quase familiar. Traja-se de insolência, fala mal, mas não cheira a alho pois não é mafarrico que se dê pelo nome. Vive sozinho no peito de quem ama. O seu.
Existe em cada homem, em cada mulher, sua razão de ser é a própria existência e o seu verbo.
É preciso levantar as pedras para o encontrar, encher de fel o amor, de prazer a dor. É preciso.
Que cada um se suicide vezes a fio, e descubra em si mesmo o monstro que teima em não morrer, para que a verdade possa ser descoberta, mesmo quando se encerra num peito.
É preciso que cada um se descubra no outro e faça disso um laço de sangue.
Se não lhe tivessem ensinado a ser bom não conseguiria perdoar aos outros o mal que fez a si próprio. ´
Saem -lhe monstros do peito.


Escrevi isto há pouco achei que fazia sentido como comentário.
Por isso fui dormir de um dia amargurado.
desculpe o tom.

Enviado por Tópico
camila75
Publicado: 03/10/2008 17:20  Atualizado: 03/10/2008 17:20
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Usuário desde: 22/09/2008
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Mensagens: 4
 Re: Toada do narcisista implacável
Devo confessar que este poema não é sobre os meus monstros interiores, que para esses ainda não encontrei palavras. É sobre alguns monstros que encontrei pela vida (vá lá que não foram muitos!!).