Espraio-me sob qualquer onda
Na areia de todas as praias
E nos dias do amor pagão
Passeio no zénite da noite esmeralda
Centro-me incluso
Nos antípodas do universo
Cambio ordem e lugares do ser comum    
Nasce-me o sol nos meus pés andarilhos
Calo-me no gesto das mãos
Sussurro o verbo ensurdecedor
E vibrantemente sereno
Repudio com bonomia
Vulgaridades 
Lamúrias 
Choros vãos
E toda a humana cobardia
Dionísio Dinis