Vejam na beira daquela estrada
 A casinha que está abandonada
 Pois já não tem nenhum morador
 Nesta casa vivia o Zé da Parada
 Que era amigo e bom camarada
 E na viola, um grande tocador
 Todo fim de semana havia função
 Onde ao som de viola e violão
 Reunia neste local muita gente
 E aí se fazia uma grande festa
 Que alegrava essa casa modesta
 E todo aquele povo aí presente
 Na semana Zé trabalhava todo dia
 Mas aos sábados havia cantoria
 Em sua festa que era costumeira
 Porém em um dia, um temporal
 E um raio de proporção descomunal
 Destruiu a sua família inteira
 Noutro dia três caixões saíram
 E muito devagar eles sumiram
 Lá na última curva do cafezal
 E Zé Parada soluçava na janela
 Enquanto isto, os sinos da capela
 Repicavam muito tristes sem parar.
 jmd/Maringá, 24.10.08
                
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