Levem-me até Sintra que eu tenho sede
de me deliciar com um bom banho de verde.
Mergulhem-me no puro líquido das árvores
e esfreguem-me o sabonete do canto das aves.
Levem-me por essas estradas sinuosas,
carreiros frescos cheios de águas gostosas.
Limpem-me das impurezas da suja cidade
e retirem-me o obscuro peso da idade.
Levem-me até onde a serra se junta ao mar
e perfeitos comunicam com o céu a dançar.
Libertem-me por momentos das rotinas,
preciso do ar puro que enche as narinas.
Levem-me até à vila da excelência,
antes que de mim declare falência.
NR