Poemas : 

POEMA DO COTIDIANO

 
Um dia quis crescer
Ser grande até demais
E fiz castelos com meus pés
Pisei o chão da inconstância
Eu vejo tanta gente a caminhar
E eu que nem sei pra onde
Vejo da vidraça da casa
Um ninho a renascer
Em flocos de sonho
Eu vejo a água brotar do céu
E vejo o sol a rachar a terra
Eu vejo profetas a me dirigir os pés
E piso os castelos de areia
Eu tenho quarenta
Quem sabe cinquenta
Quem sabe tenho ainda cinco!


"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
Autor
Ledalge
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1269
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
8 pontos
8
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/12/2008 01:32  Atualizado: 04/12/2008 01:32
 Re: POEMA DO COTIDIANO
NÃO É O VERBO É O ESTADO DE ESPÍRITO QUE CONTA E É VERDADE TENS 70.
UM ABRAÇO DE
AMANDU


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/12/2008 14:20  Atualizado: 04/12/2008 14:20
 Re: POEMA DO COTIDIANO
não é o cotidiano que te faz poetisa, é tua alma. bj


Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 04/12/2008 14:56  Atualizado: 04/12/2008 14:56
Membro de honra
Usuário desde: 14/05/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: POEMA DO COTIDIANO
Este teu poema, Núria, está fabuloso.
Destaco...

"E vejo o sol a rachar a terra
Eu vejo profetas a me dirigir os pés
E piso os castelos de areia
Eu tenho quarenta
Quem sabe cinquenta
Quem sabe tenho ainda cinco!"
Beijo
Vóny Ferreira


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 06/12/2008 12:20  Atualizado: 06/12/2008 12:20
 Re: POEMA DO COTIDIANO
Núria.
Quase sempre, indagamos sobre as estrelas, sobre a eternidade, e não damos atenção a uma rosa, a uma gota de orvalho, e pouco importância damos a nós mesmos. Mas o tempo nos leva a inrospecção, a nos conhecer melhor, e nos debruçamos diante da paz.

Beijos

Ulysses

Enviado por Tópico
quidam
Publicado: 06/12/2008 15:00  Atualizado: 06/12/2008 15:00
Colaborador
Usuário desde: 29/12/2006
Localidade: PORTIMÃO
Mensagens: 1354
 Re: POEMA DO COTIDIANO
Frágeis castelos de areia, que se tornam tão imponentes neste poema
Jinho