Luso-Poemas
 
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seis.

 



. façam de conta que eu não estive cá .

e então o corpo correu pela praça, sentou-se membro por membro no passeio e começou a soletrar o asfalto. primeiro foram as pedras depenadas que nem pombos, depois um ou outro charco salgado como uma lágrima e, mais tarde, já a noite lhe comia as peles, ergueu-se nas palmas e desceu a rua, foi sentar-se à margem de um coração, sem fazer barulho, para não acordar os ventrículos. no fundo sempre foi um contador de histórias sem boca, fala com os dentes rente aos pés, perde o sentido e, antes de adormecer, encosta as orelhas ao lado esquerdo do peito.


 
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Margarete
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Enviado por Tópico
Andraz
Publicado: 19/01/2009 16:27  Atualizado: 21/07/2009 03:55
Muito Participativo
Usuário desde: 13/01/2009
Localidade: Planeta Terra
Mensagens: 60
 Re: seis.
Fantástico! Maravilhoso! Parabéns, está muito bonito!

Enviado por Tópico
quidam
Publicado: 19/01/2009 16:37  Atualizado: 19/01/2009 16:37
Colaborador
Usuário desde: 29/12/2006
Localidade: PORTIMÃO
Mensagens: 1354
 Re: seis.
li todos os seus textos desde o último comentário que deixei... palavras para quê?...

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/01/2009 16:45  Atualizado: 19/01/2009 16:45
 Re: seis.
estou acompanhando, está muito bom. bj

Enviado por Tópico
Alemtagus
Publicado: 19/01/2009 18:28  Atualizado: 19/01/2009 18:28
Moderador
Usuário desde: 24/12/2006
Localidade: Montemor-o-Novo
Mensagens: 3835
 Re: seis. p/ Margarete
Seis são as vidas que já gastei à prfocura de alguém que me deixe sorrir.

Beijo

Enviado por Tópico
António MR Martins
Publicado: 20/01/2009 18:03  Atualizado: 20/01/2009 18:03
Colaborador
Usuário desde: 22/09/2008
Localidade: Ansião
Mensagens: 5058
 Re: seis.
Mar,

Não há palavras... estupendo (lembrei-me desta...).

Beijinho

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