Luso-Poemas
 
Poemas : 

11.º de um ciclo ainda sem título

 
Bem sei que não soubeste que o poeta
Guilherme de Faria foi à Boca
do Inferno e lá ficou, ainda hoje voa
sobre aquele que é agora o seu abismo

e sobre o mar, não quis nenhum telhado,
nenhum quarto de hotel, nem companhia,
nem cidade, só quis voar e voou,
o Guilherme era assim, não teatral,

bem sei que para a morte é indiferente,
porque há múltiplas formas de morrer,
a mais paciente é deixar o tempo

fazer o seu trabalho de cinzel
na pedra que nos coube, outra é um verso
dos tais que há que morrer para o escrever.



Xavier Zarco
www.xavierzarco.no.sapo.pt
www.xavierzarco.blogspot.com

 
Autor
Xavier_Zarco
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
767
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
2 pontos
2
0
0
Recentes
[há dias assim, dolce fare niente]
1640
[como rosa não choro pela pátria]
[gira no gira-discos manuel de falla]
[sei]
Aleatórios
13.º de um ciclo ainda sem título
Para Afonso Anes Penedo - 6
Para Afonso Anes Penedo - 15
Ensaio - 15 para a poetisa Alexandra Mendes (Alexis)
Ode alcaica
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
CarlosCarpinteiro
Publicado: 29/01/2009 10:07  Atualizado: 29/01/2009 10:07
Super Participativo
Usuário desde: 22/02/2007
Localidade: Mondeville
Mensagens: 196
 Re: 11.º de um ciclo ainda sem título
Excelente, simplesmente.

Enviado por Tópico
adelaidemonteiro
Publicado: 29/01/2009 11:02  Atualizado: 29/01/2009 11:02
Colaborador
Usuário desde: 01/01/2009
Localidade: miranda do douro/Sintra
Mensagens: 733
 Re: 11.º de um ciclo ainda sem título
Excelente

adelaide

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre