Sonetos : 

LAMPEJOS D’ ALMA

 
Gerações em reflexos rubros da minha alma
Submissa a uma criatura, ingénua e altiva
Amada por loucos delírios de forma furtiva
Que me libam a vida e apartam a leda calma

Sinto o amor por diminutos fulgores na palma
Já torcida e morta pela mão da desgraça cursiva
Este engano ledo e sombrio que o seduz e cativa
Desde o inauguro do amor por aquela vivalma

São espelhos triangulares de escarlate talhado
Amolecidos no passado por um lânguido coração
Já flagelado e com chagas rubras de amor falhado

Sozinho vive, posto num canto da vida qualquer
Deserdado no amor, por uma linda e doce mulher
Como quem já só vive por insistência orgulhado…




Luís Camões


Eternamente Luís Camões /António Plácido

 
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camões
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