Prosas Poéticas : 

Um dia que se separou de nós

 
Um dia que se separou de nós... Um ontem de mala vazia negando carícias a um depois, recusou... Recusei, recusaste... Aliviei num tranquilo nunca mais... Esqueci o sempre, neste dia que nos abandonou... Tinha que existir um dia assim?... Sou culpado... Teria mesmo?... Uma noite que acenasse, antes que a manhã nascesse... Teria mesmo de ser assim?... Sou culpado... Agora que não é o tempo que o calcula, mas a morte?... Pergunto... Que abandono sem horas será este?.. Porquê?... Não encontro mais respostas, não encontro mais perguntas... Fui eu... Sou culpado... E não sei de inocentes, sabendo que hoje sou eu que me separo dos dias...


«Antes teor que teorema, vê lá se além de poeta és tu poema»

Agostinho da Silva

 
Autor
bruno.filipe
 
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