Quero gritar e ninguém ouve!

Eu lhe ouço.
Mas nao era bem o grito seu, e nem tampouco meus ouvidos.
Deveria sim aos ouvidos do mundo escutar os gritos destes que relatam.
Mas meu amigo, de que vos adianta, um único jantar apenas à visão política de coisas boas feitas. Nesse nosso mundo da raiva e nojo de politicos incrédulos que agem de tal crueldade.
O que será dessas vidas que receberam e retornaram ainda pior ao que ja viviam?

E ainda tem toda essa publicidade, sem muitas realidades, a que nos sujeitamos a ver pela tv.

Bem polêmico esse texto.

Beijinhos

Comento para te dizer que o teu texto tem dentro uma alma grande, tão grande como a tua poesia. A imagem que nos trazes não tem alegria, risos, chilreio de crianças, tem a cruel realidade de um mundo injusto, governado por meia duzia de sacanas, em nome do desgoverno.
Sabes que num repente, este texto sem publicidade dentro atravessou a minha alma e cortou-a ao meio: Aqui ao lado do computador, ainda há pouco, o meu filho dizia-me: - pai, tenho fome...disse-lhe: - espera um bocadinho que o jantar está quase servido...
Enquanto ele estiver a jantar, durante aqueles minutos, morrerão pelo mundo outros filhos, de outros homens, quase nunca nos lembramos disso, nem disso se faz publicidade...
Um abraço de quem te sente.