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Ao Bailar das Árvores

 

Em tantas vigílias, esses anjos de mármore,
Expiam - em suas solidões - toda uma vida inteira!
Enquanto da charneca, a copa das árvores,
Vão no balançar de tão vermelhas cabeleiras!

E balançam, de um lado para outro, aéreas,
Nos campos insepultos de tempestuosas solidões!
E tão impassíveis, como gárgulas pétreas,
Deixam-se vergar, no retumbar de mil trovões!

As árvores aspergem suas dores pelo chão,
E se deixam levar pelo vento, assim, desfolhadas!
Seus desnudos galhos entrelaçam as mãos,
Que muito me vão sobre o corpo entrelaçadas!

E balançam!...E se curvam!...E vão todas, assim,
Como se muito o fossem de ti, toda a magia!
A magia - que há muito tempo feneceu em mim -,
E que hoje me é saudade todo o fim do dia!

(® tanatus – 05/06/2009)



 
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