Desabafo, contigo...
Tu que roubaste meu coração,
não entendes de amor,
nem queres saber,
maltratas-me e ausentas-te com a tua presença,
como a tinta que derramo por ti com minhas lágrimas.
Nas folhas já gastas pelo tempo,
revejo agora tua imagem,
perdida e esquecida,
como numa viagem.
Vivo com olhos cerrados para o amor,
embaciados pela tristeza das tuas lembranças,
escuto no cantar dos pássaros,
a melodia ainda das tuas doces serenatas.
Nesta selva de sentimentos,
onde encontro teu desencontro,
amo quem devo esquecer,
e não esqueço quem amo.
Perdi minha alma no desabafo,
foi levada pelo choro,
diluiu-se na tristeza,
na certeza do infinito.
Desabafo, na escuridão da noite,
desabafo, meu coração apertado,
que morre mais a cada dia,
na força da tua presença.
Geninha