Marcas e ciscos

Maria, presenteias os teus habituais leitores com
mais uma excelente prosa, que não só nos abre caminhos à reflexão, como nos permite que entendamos muitos dos nossos sofismas.
Gostei muito. Parabéns.
Beijo
Vóny Ferreira

Cada situação é uma situação e cada um só come se quiser, seja o que for, água com cisco, sopa com piolho, agressão ou abuso de familiar ou ascendente. É certo que o conformismo em certa medida é aceitável, mas tudo depende e tudo deverá ter um limite dentro de nós...Um belo texto Maria, Beijinho

"De forma mecânica toquei meu antebraço e olhei as marcas roxas,.... Abraço-me. E me protejo do gelo da mesquinhez pintada de remorso gentil."...

..."Furtamos uma alegria vã na falsa saciedade."...

..."Na incompletude humana, alguns iniciam uma busca eterna onde nenhum “ser” irá satisfazê-los."...

Como alguém pode nos satisfazer, se não somos satisfeitos nem com nossa presença?

Sem mais...o seu texto já diz tudo...

Bjos da sua fã.

Olá amiga,
Gostei do texto principalmente pela subtileza das ideias. Essa agressão já há muito tempo que a deixou de ser, li neste grito quase silencioso, uma falta de amor, uma relação perdida no tempo.
Na indefinição está a leitura correcta, mas essa pertence a cada marca que continua a marcar sem razão, sem perdão e sem compreensão neste mundo moderno e tão antigo.
De um lado os que se perdem sem razão do outro os que com toda a razão continuam a perder-se no tempo. Mundo maluco este que partilhamos mesmo tantas vezes à s escuras da razão.

Um beijo,

JLL

...É tão bem escrito e tão amplo de idéias instigando a reflexão, que sigo Amora e Aplaudo!
Parabéns Maria, sim, pelo grande talento!
Beijo
Dill

Olá Maria Verde, (re)li o seu texto e ficou-me a ideia - para lá da dor e da mágoa, e já agora a esperança - de um subtil confronto entre o amor e o desamor, concreto e ausente. Belo texto de reflexão.

Bjns
arfemo

Fascinado com a força deste momento.

Grato por partilhar.





Beijo.

Gostei do seu texto que aborda a essência do amor:
"(O amor não se funda em um corpo, nem na cor dos cabelos, nos gestos... Ama-se primeiro a ideia do amar....)".
Considero esta frase sublime.
Beijo grande

Maria,
O texto tem muitas vertentes de interpretação: ao mau trato de outrem às coisas que magoam e que deixam marcas.O bom é que até os hematomas um dia desaparecem.:)
Apreciei cada momento desta prosa!
Bjins, Betha.

O teu texto - sublime! -, mais do que para comentar, é para pensar... na força que temos de ter para não bebermos esse «germe», para não nos contentarmos com essa «alegria vã na falsa saciedade», no fundo (assim li), para sermos primeiro verdadeiros connosco próprios para depois podermos exigir que os outros também o sejam relativamente a nós. Só assim «a pele voltará à sua cor natural».

Lindo, Maria!

Parabéns!

Maravilhoso texto! É germe mesmo do que falas não é cisco não! A sociedade retratada numa laranja, fantastico! Boa definição! É isso mesmo, o que vive á nossa volta e muitas das vezes só temos um humbigo!

Um beijo para ti! ;)

Maria,

É dessa forma que os oportunistas actuam. Sempre na procura de um assento novo, de um lugar ao sol, sem olhar (por vezes) a meios. Quanto ao resto falta o poder decisório, muitas vezes as dúvidas assistem-nos e não depreendemos o meio de as dissipar.
Excelente texto que nos levará a pensar, de forma inteligente e, sobretudo, deligente.

Beijinho

Suave e macio pra ler! Mais uma bela inspiração!

Como tinha saudades de te ler, vim de novo ler este belo texto.
Menina, escreve mais, não sejas preguiçosa.
Vóny Ferreira

"As Desvantagens das Nossas Paixões

Quanto mais um homem se emaranha numa paixão, tanto mais os acontecimentos, em si indiferentes, se traduzem para ele em dor, enganando justamente, pela sua indiferença, a avidez tensa em que esse homem se encontra. Um ambicioso sofrerá porque uma pessoa célebre não lhe reconheceu importância; essa mesma pessoa célebre tentará insuflar escrúpulos de tentação a algum evangélico de quem procurará a conversação; escrúpulos que, por sua vez, irritarão um individualista, que será atingido por eles, malgrado seu. A inveja, ambição ruminada, está na base de todas as angústias que sofremos. Não toleramos que uma coisa aconteça indiferentemente, por acaso, escapando à nossa chancela.(...)"- Cesare Pavese, in "O Ofício de Viver"
desculpando-me pela extensão do comentário,acrescentaria ainda:e não é que há coisas que só temos mesmo se não as procurarmos?como por exemplo a paixão...
beijo,
alexandra

"Ama-se primeiramente a idéia de amar"

nao me cinjo unicamente à sede que tenho de te comentar ,nem para isso farei lamachices sobre o teu trabalho .é muito bom este teu pensamento...outros levarao com eles..eu apenas estarei por cá para te ler melhor..creio que nao há existencia de entre linhas..tambem nao direi que te conheço bem,na verdade nunca te vi...e se os nossos sentimentos fizessem um "laço" ,acreditarias?...eu estou a sentir um engasgo..talvez seja da água que teimosamente continua em ebuliçao..doi-me a garganta porque nao sei o que te dizer...tenho "medo" de ser um "insolente"...ou até, pensares que nada senti...


abraço