Poemas : 

A guardiã do Luso-poemas

 
Sem base ou pilar, sobre falsos estratagemas
a guardiã não dorme, nem come e nem... pode
a vigiar o portal do santuário luso-poemas,
tamancando frente à porta, deixando seu rastro copépode.

Mas cuidado! não devemos nem ser iniciantes,
a guardiã só abre as portas do santuário para os grandes!
Ou... para os camaradas de umbigos protuberantes,
as pseudo sumidades da critica de rompante.

Mas a antipatia dos poetas pela guardiã é visceral.
ninguém agüenta, nem mais comenta tanta “bexteira”
e suspira a guardiã sem eira: Ái que povinho “banaile”
Será que em alguma beira, ela já dançou uma gafieira?

Úi, até mete medo o que se assemelha a obsessão,
Pois não importa, assunto, dilema ou tema.
Tudo é motivo para usar as garras em hilariante discussão,
junto aos compadrios e compatriotas da mesma casca e gema.

Enfim minha gente, faço aqui um humilde pedido,
deixemos a guardiã do luso-poemas a roer o couro.
Aceitemo-na! Não importa seus argumentos descabidos e tolos!
Um dia Simbad, o marujo, entrega-lhe uma medalha de ouro.






o mais importante não se conta, se constrói com o não dito, com o subentendido, a alusão”. (Piglia)[/color][/color]

 
Autor
Maria Verde
 
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Enviado por Tópico
Betha Mendonça
Publicado: 05/12/2011 22:24  Atualizado: 05/12/2011 22:24
Colaborador
Usuário desde: 30/06/2009
Localidade:
Mensagens: 6699
 Re: A guardiã do Luso-poemas
Minha querida,

Há muito não fazia uma intervenção e/ou comentário nesse espaço.Porém, a clareza, rumo e estrutura do teu texto fez-me entrar e congratular-me contigo.Teus sentires e pensares vestem bem os meus, nesse momento em que a grassa mediocridade, as disputas inúteis de poder (?), as brigais pessoais onde outrora fluía a salutar troca de prosa e poesia.Onde as discussões eram de cunho literário e não ataques pessoais a honra e dignidade dos usuários.
Um abraço fraterno e que continues a brindar-nos com textos de excelente qualidade como muitos outros da tua lavra que tive o prazer de ler.

Betha.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 06/12/2011 13:15  Atualizado: 06/12/2011 13:21
 Re: A guardiã do Luso-poemas
o poema se estrutura a partir dum olhar amplo do cotidiano virtual; coisas de sites de poesias, e as dezenas pela web. há muito tenho verificado esses comportamentos tão bem descritos aqui na sua escrita, e é muito maçante quando nos deparamos com situações desse tipo. últimamente aqui no luso-poemas são tantas e tão grotesca que mais chamam a atenção pela piada do que mesmo pela chatice; das imposições descabidas, autopromoções de intelectualidade, discursos repetitivos, egos inflados, discussões, ataques, ameaças... o fórum; o é em raros momentos, tem se fixado mais como um out door de asneiras. o que me faz ficar pasmo é que atrai alguns para os holofotes. e nesse palco iluminado é comum ver esses individuos prevalenciando a verdade própria, o orgulho bestas, mesmo estando numa plêiade nivelada. não sei aqui de nenhuma assumidade. mas como se ‘acham’, além do umbigo, o resto; é o resto.rss e ai de a platéia não lhe dar atenção. putz! as bocas ferinas fazem todos virarem escória (no olhar deles, é claro). querem por força o seu espaço uno, para tal se autoprivilegiam-se para tentar defender suas ranhetices, coisas descabidas... olha. acho que isso é um surto viral meningogócico... pois vejo que uns são tomados por uma febre que os cegam ao ponto do rídículo. na última estrofe o poema manda uma mensagem, faz um pedido, interessante, mas é perda de tempo...no meu entendimento é deixar que nadem, nadem, nadem... pra morrerem na praia. tentar entender é perda de tempo.
zésilveiradobrasil


Enviado por Tópico
HelenDeRose
Publicado: 08/12/2011 17:58  Atualizado: 08/12/2011 17:58
Usuário desde: 06/08/2009
Localidade: Sorocaba - SP - Brasil
Mensagens: 2022
 Re: A guardiã do Luso-poemas
Fiquei aqui pensando nesse seu poema patológico, com impressões neuro cognitivas, uns sintomas ali, outros aqui, sobre o que é sensorial ou físico e sabe que até tive uma idéia? Quem sabe um receituário, ou um presságio, ou um adágio, ou até um apanágio...para curar o que pode não ter cura.

Muito original e inspirador, Maria Verde.

Abraço daqui.

Helen De Rose.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/12/2011 00:25  Atualizado: 18/12/2011 00:25
 Re: A guardiã do Luso-Poemas - Para Gladys Verde
agora, sim... acho que pesquei perfectamente
quem, o que ou que diabos é a tal guardiã...
seria a guardiã assim-assado ou, somente,
uma agonizante e fajuta estrela... sub-anã?

será afã, será falta de nexo ou aquele, e-falo,
fogo e desejo presos na ponta dum cigarro,
no cuspe ou no escarro de um beijo tresnoitado,
maldormido, mal-amado, maledeto... agora calo...!

Haha

Beijo em você, Gladys Verde.