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Mansão

 
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Veja aquele boêmio que vai cambaleando
Sorrindo e chorando cumprindo sua sina
Já foi proprietário aqui nesta cidade
Daquela mansão, nesta rua, na esquina

Porém certo dia uma mulher encontrou
E sua casa passou para o nome da amada
Mas quando ela pegou a escritura na mão
Naquela mansão proibiu sua entrada

Tornou-se a madame mais rica desta rua
E a mansão mais bonita agora é a sua
E ele anda bêbado, sujo e abandonado

Perdeu nesta vida a ilusão e a moral
Dormindo nos becos ou na porta do bar
Vive maltrapilho, pelas ruas jogado.

jmd/Maringá, 16.08.09







verde

 
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João Marino Delize
 
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Enviado por Tópico
ângelaLugo
Publicado: 15/08/2009 23:48  Atualizado: 15/08/2009 23:48
Colaborador
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Mensagens: 14852
 Re: Mansão p/ João Marino Delize
Olá João

Retrato em versos de muitos que
andam por ai perambulando com
a cabeça perdida na bebida e
desiludidos com alguma coisa da
vida...

Muito bom o teu soneto

Beijinhos no coração