Poemas : 

SONETO DE PONTA CABEÇA EM DEFESA DA RAÇA

 
soberano senhor do próprio vício
o poeta nunca deve se curvar
quando for ofendido em seu ofício

mesmo que na escuridão lhe falte o ar
e caia do mais alto precipício
demaiado no balcão de qualquer bar

por ser poeta não é um ser qualquer
e não dá por perdido nenhum round
antena da raça e mais do que vier
irmão mais novo do velho ezra pound

só curva a cabeça aos pés de uma mulher
aí sim não importa quando ou onde
o resto que se foda rei ou conde
ao diabo se pena deus não tiver

_______________

júlio


Júlio Saraiva

 
Autor
Julio Saraiva
 
Texto
Data
Leituras
1008
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
3
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Amora
Publicado: 17/08/2009 21:47  Atualizado: 17/08/2009 21:47
Colaborador
Usuário desde: 08/02/2008
Localidade: Brasil
Mensagens: 4705
 Re: SONETO DE PONTA CABEÇA EM DEFESA DA RAÇA
Boa Júlio,
essa coisa de curvar-se aos pés
de uma mulher não me desagrada
nem um pouquinho
Muito bom soneto de pernas para
o ar.

Beijo

Amora

Enviado por Tópico
Xavier_Zarco
Publicado: 17/08/2009 22:05  Atualizado: 17/08/2009 22:05
Membro de honra
Usuário desde: 17/07/2008
Localidade:
Mensagens: 2207
 Re: SONETO DE PONTA CABEÇA EM DEFESA DA RAÇA
Camarada Júlio Saraiva,
Excelente soneto, sobretudo pela colagem de imagens e pelo ritmo que o saber usar o heróico confere ao verso.
Um abraço
Xavier Zarco