Poemas : 

Silencio-me

 
Não sei porque de repente escuto
no duro mutismo do meu coração encastelado,
o silêncio expectante ante o amor.
Se ao menos, pudesse eu calar a sua voz,
a dor animal que grita cá dentro
que esmaga e esborracha,
Fingindo-se afável, livre de aversões
com a audácia de romper todas as negações
para chegar ao fundo da medula
confundindo-a com seus batimentos irreprimíveis
num diminuto sopro que tudo abala.
Poderia até ouvi-lo…
Contudo, pergunto-me:
Poderei amá-lo da mesma forma que o odeio?


" An ye harm none, do what ye will "

 
Autor
HorrorisCausa
 
Texto
Data
Leituras
837
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
8 pontos
8
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
ArthurGameiro
Publicado: 21/09/2009 17:17  Atualizado: 21/09/2009 17:17
Da casa!
Usuário desde: 16/07/2009
Localidade: Brasil
Mensagens: 257
 Re: Silencio-me
Sinceramente, não sei...
Li um verso, que diz a respeito

"Entre odiar e amar, mesclar vale".
Vale, terreno entre montanha e planície.
Ódio e amor, fazem parte da nossa geografia.
Que me faz te sentir, o ponto final do meu mapa.
Que me faz te buscar, além do horizonte.
(Desconhecido)

Se isso vale? Não sei...
Mas acredito que se é AMOR... Vale SIM...
Bonito poema...Gostei.
Parabéns

Enviado por Tópico
samanthabeduschi
Publicado: 21/09/2009 17:21  Atualizado: 21/09/2009 17:21
Da casa!
Usuário desde: 09/07/2009
Localidade: Curitiba - Brasil
Mensagens: 426
 Re: Silencio-me
Que belo texto! Odiamos quando nos descobrimos escravos de um sentimento que insistimos chamar de amor... Beijos

Enviado por Tópico
Caopoeta
Publicado: 21/09/2009 17:25  Atualizado: 21/09/2009 17:25
Colaborador
Usuário desde: 12/07/2007
Localidade:
Mensagens: 1988
 Re: Silencio-me
ha um silencio
o mesmo que desenha o teu rosto
que desliza pelo corpo teu
e de dor se fez pensamento
do homem comum.
-orvalho fresco e outono

desatar o nó que envolve a garganta de fogo
libertar do vento desprotegido
cripta
desassossego
atonal que impede
de um agora Ser
esquecimento

e o que molda teus lábios de luz
e nesta pobre noite sobrevive
um coraçao em tuas maos àridas
ferida de um medo
que se entrega à desgraça.

(fi-lo agora; espontaneo)

beijo.

Enviado por Tópico
Conceição Bernardino
Publicado: 21/09/2009 19:37  Atualizado: 21/09/2009 19:37
Usuário desde: 22/08/2009
Localidade: Porto
Mensagens: 3357
 Re: Silencio-me
um canto de silêncios arrebatadores.

beijo

Enviado por Tópico
Moreno
Publicado: 21/09/2009 19:57  Atualizado: 21/09/2009 19:57
Colaborador
Usuário desde: 09/01/2009
Localidade:
Mensagens: 3482
 Re: Silencio-me
talvez no silêncio do teu eu, consigas escutar a resposta a essa pergunta.

beijo

Enviado por Tópico
arfemo
Publicado: 21/09/2009 20:17  Atualizado: 21/09/2009 20:17
Colaborador
Usuário desde: 19/04/2009
Localidade:
Mensagens: 4812
 Re: Silencio-me
...o poder do amor gerando o seu contário...e a inqietude que do silêncio pode vir...num poema vigoroso que mergulha, até ao fundo de nós mesmos.

abraço fraterno poetisa

Enviado por Tópico
quidam
Publicado: 21/09/2009 21:03  Atualizado: 21/09/2009 21:03
Colaborador
Usuário desde: 29/12/2006
Localidade: PORTIMÃO
Mensagens: 1354
 Re: Silencio-me
Os extremos tocam-se amor e ódio duas polaridades cúmplices... Eu não tenho dúvida alguma quando à pergunta...

Jinho

Enviado por Tópico
HorrorisCausa
Publicado: 22/09/2009 17:49  Atualizado: 22/09/2009 17:49
Administrador
Usuário desde: 15/02/2007
Localidade: Porto
Mensagens: 3594
 Re: Silencio-me P/ Todos
muito obrigada pelos comentários.


beijo