Bipolar
Ser um bipolar
É odiar quem você ama
Maltratá-lo tanto... E se arrepender tão amargamente, como o veneno de uma serpente.
É não saber quem você é, o que realmente quer,
Mesmo que o mundo todo te disser...
É ser tão sábio e tão tolo tão igualmente
Que facilmente o pratica mentalmente.
É não dormir, só dormir
Sorrir e te fazer sorrir.
Se iludir e te persuadir sem você ao menos interferir,
Te ferir e me ferir...
Chorar até as lagrimas secarem
Acordar como se fosse "dono dos sete mares"
É estar bêbada sem freqüentar bares...
É ver meus neurônios torrando
É sentir me afogando
E estar só boiando.
É pensar primeiro
Acordar por ultimo
E se sentir sempre um inútil.
Sentir que a solidão habita em você,
Que com você esta todo o poder,
De só querer e acontecer...
É pensar que nunca posso te perder
Pois sem você eu posso perecer.
É ter uma mente tão grande que não cabe no corpo.
Olhar pro teu rosto,
E sentir aquele mesmo gosto
Do desgosto do mês de agosto.
É ser extremamente inteligente... Coerente
Ser tão indiscreto que chega a ser indecente
Ser tão elegante que te deixa ofegante.
É te matar de inveja,
Igual quando o céu troveja,
E atrapalha quem veleja.
É ser tão carente,
Que sem perceber derrepente,
Acabo me achegando a “Dementes”.
É ser tão ausente
Até ser transparente...
É não ter nenhuma confidente,
Para dizer que estou
Extremamente doente...
A confusão do texto é a mesma da mente... No momento em que eu escrevi.
Porque escrevo?
Escrevo porque tenho dor,
Porque não guardo rancor,
Porque você não me perdoou...
Escrevo porque o sol raiou,
E eu me lembrei que ontem...
Minha mão transpirou quando você me beijou!
Escrevo porque minha mente dispara
Meus pensamentos se atrapalham
Tudo se embaralha...
Escrevo porque minha cabeça não para!
Nem para dormir...
E eu gosto mesmo de fazer pessoas como você sorrir!
Escrevo o que veio na mente
Assim derrepente!
E eu... Registro avidamente.
Escrevo para você que nem me conhece... E nem quer conhecer!
Eu escrevo... Escrevo... E escrevo... Para me surpreender
Ficar pasma... Com o que eu posso fazer!
Porque não posso falar “MIM”?
Porque “MIM” tem que ser índio?
Não concordo!
MIM Pode ser:
Mentira, Ilusão e Meditação.
Quem não faz isso?
Mãe, Irmão e uma Morena do lado.
É a situação de muitos.
Maluquice do Interior somente Minha.
Já disse... É só minha!
Mulher Inteligente e Maliciosa.
Sou eu... Acho!
Manga, Ilama e Morango.
Á do meio eu nem sei que gosto tem... Nem você não é?
Mudança Inusitada para o Mediterrâneo.
Não me chamaram, ainda bem... Com tanto lugar para se mudar...
Molengas Interesseiros e Matutos...
Os amigos do meu marido.
Manchas Interessantes na Manta.
Não me pergunta!
Menina Inquieta e Malcriada.
Minha Sobrinha...
Macaco, Iguana e Mula
Vai dizer que não conhece?
Não importa... “Min Independente do contexto é sempre Mim”.
Fala se você nunca deixou escapar: _Para “MIM” pegar!
Meu melhor amigo
Eu o vi logo que cheguei... Ele me olhou de um jeito que até procurei um lugar para fixar meu olhar. Não perdeu tempo e me chamou para dançar. A música que eu tantas vezes ouvi, parece que ganhou uma melodia diferente.
O jogo de luz da pista de dança não escondeu aquele olhar ousado... O primeiro beijo foi inevitável. E os outros que se seguiram...
Hoje sentada na minha cama, ainda meio que de ressaca, não tenho dúvida que mexeu comigo.
Mas como? Alguém que sempre me fez tão bem. Ele...
Meu confidente, aquele que tantas vezes enxugou minhas lágrimas, alguém que sempre esteve por perto... Como eu não percebi?
Meu melhor Amigo... Gostava de mim, e eu nunca percebi.
HOJE
Muitas vezes me senti cansada...
Todas elas... Aguentei calada.
E mesmo farta
Me esforcei...
Hoje o dia começou mais triste que os outros...
Talvez a culpa foi dos sonhos
Que eu quis tanto...
Iludida pensei que na travessia do rio fossem troncos...
Que tolice a minha
Pensar que um dia tudo mudaria...
Longe das pessoas que eu amo, sigo sozinha
Arrependida... Quantas más escolhas...
Quantos absurdos
Oriundos de tudo o que ouvi calada
Arrependida... Por ser tão maltratada.
Hoje de mãos atadas
O que eu posso fazer?
Quem vai me salvar?
Distração já não é mais solução...
Precisava de um guerreiro forte e hábil que destruísse minha solidão
Alguém que me desse visão
Um plano... Uma nova tática
Uma saída de emergência
Uma informação ao menos...
Mas quem?
Se eu pudesse viajar no tempo...
Quando forte me salvaria da fraqueza
Eu me instruiria
Eu me avisaria
Eu me salvaria
De min...
Hoje.
Quem não se salvaria? Se pudesse...
Brincadeira de Mau Gosto
Viajei com meu colega para a cidade natal dele. Até aí tudo bem...
Cidadezinha de interior, período de festas...
Nos dias anteriores ao nosso retorno, hospedamo-nos no sitio de sua tia e tinha um “Arrasta-pé” em um povoado próximo. E é claro, não poderíamos perder a saidera... Saidera mesmo!
Na volta para o Sitio, por volta das 2h da manhã, viemos em turma de cerca de 20 jovens num “converseiro” só.
Eu quis passar um medo na galera, e sorrateiramente fui caminhando á frente do grupo, até ficar bem adiantado.
Encontrei uma espécie de vala, ou pequeno buraco. Não deu para identificar ao certo já que caminhava-mos á luz da lua. Deitei-me ali e aguardei para assustá-los quando estes chegassem perto.
Prestei atenção nas vozes cada vez mais próximas. Mas alguém dentre eles disse para apressarem o passo, pois não gostava de caminhar por aquele “Cemitério” à noite.
Eu quase congelei... Tenho pavor de cemitério.
Imediatamente me levantei de onde estava deitado. A garota na qual eu tinha dados uns beijos na festa gritou:
_ O morto levantou!
Eu gritei também:
_ Aonde?
Ninguém respondeu. E já que todos se puseram a correr... Eu também claro!
Corri no meio do mato feito um louco.
_ Me espera!
Eu gritava.
_ Corre, que ele está vindo atrás de nós!
Alguns alertavam.
Eu corria ainda mais... Já que o morto não parava de correr atrás de nós!
Cai duas vezes, a primeira vez escorreguei, a segunda tropecei em um toco... Sem contar que pareceria que estava levando uma surra de cipó daquelas.
Quando chegamos ao sitio, eu estava com a camisa rasgada, joelho ralado, suado, tremendo e chorando...
Foi desesperador...
Mas desapontador foi saber que o tal morto, era eu...
Ô brincadeira de mau gosto.
Arrasta-pé: Baile popular de Forró
Converseiro: Jogar conversa fora, ou falar o que vem a mente.
Dicionário da Kristine.
Coisas que a gente nunca esquece...
O brinquedo que a gente tanto queria...
_ Papai enrolou e não me deu, será que era porque era muito caro?
O primeiro dia de aula...
_ Chorei quando minha mãe saiu...
O amigo de infância que brincávamos a tarde inteira após a aula.
_ Nunca mais vi!
O bichinho de estimação...
_ Que eu fazia de gato e sapato!
A adolescência divertida e sem preocupações!
_ Que saudade...
Aquele primeiro e “grande” amor...
_ Que nunca me olhou... Detalhe!
O primeiro beijo... Hum...
_ Nesse dia aprendi uma profissão nata! (Modesta!)
O primeiro namorado...
_ Assanhado!
As risadas entre amigos sem motivo então...
_ Até hoje me lembro da minha mãe mandando a gente falar baixo... Mas até isso era motivo de mais riso.
O primeiro emprego.
_ O privilegio de trabalhar na empresa dos meus sonhos!
O primeiro salário...
_ Na época não parecia tão pouco...
O primeiro carro...
_ Nem vou dizer qual foi o meu!
O pedido de casamento...
_ O dia em que a felicidade ocupava cada célula do corpo...
O sabor de entrar na minha própria casa.
_ Ainda o sinto...
Meu marido chegando do trabalho e sentir meu coração bater como a primeira vez...
_ Após tantos anos... É o resultado de um trabalho a dois.
Continuar achando que ele é lindo!
_ É o amor...
Achei interessante comentar ábaixo de casa fra, para dar um toque de humor...
Um Novo Mundo!
Acordei sentindo aquela brisa gostosa que entrava por baixo da porta... Passei a mão para ver se sentia meu Marido ao lado, mais ele já havia se levantado. Provavelmente me deu um beijo antes de sair, mas eu não vi... Tenho sono pesado.
Espreguicei-me como um gato ao sentar-me na cama. Agradeci ao meu Bom Deus, por abrir os olhos mais um dia...
O Silencio imperava a casa... Em frente ao quarto, bem ali no corredor, me veio à dúvida se tomava café da manhã ou procurava saber o motivo daquele silencio. Escolhi a segunda opção...
Passei pela sala que eu mesma decorei... Olhei cada detalhe novamente... O quadro na parede que havia pintado há pouco tempo, ainda causava um toque de mudança no ambiente.
Abri aquela porta e passei pelo meio das cortinas tecidas pela minha tia...
Caminhei ainda descalça pela varanda, encostei-me ao parapeito... Como era de costume.
Avistei o mar... Tão magnífico como o sorriso do meu marido ao brincar com nossos filhos... Fazendo castelinho na areia!
Nada permanente
Não gosto de nada permanente...
Mesmo porque a mente muda e o corpo se definha.
O que hoje fica bonito,
Amanhã pode ser ridículo!
Amor...
É maior força que existe...
Em alcance e poder, supera qualquer arma já inventada pelos homens.
É o sentimento mais nobre do mundo,
Nem o homem mais rico pode comprá-lo.
Transparente como a água cristalina,
É claro, é evidente... No amor não há disfarces...
Destrói muralhas, constrói castelos...
Realiza sonhos, sara as feridas mais doloridas...
Da vida a novos seres...
Revive estes mesmos... Vez após vez.
Quebra o preconceito e,
Faz pontes firmes e solidas entre as pessoas.
Faz o coração palpitar alegria pelas veias do corpo,
Terminando num sorriso sincero...
É o elo que liga a família
Une inimigos... Aproxima desconhecidos.
Para ele não existe fronteiras...
E seu poderio... É eterno!
O amor, é o remedio para todos os males da humanidade!