Por Que Razão?
Sorrir, simplesmente sorrir...
Foi o melhor conselho que alguma vez me deram...
O Poder das Palavras
Tudo o que eu sempre quis...
Todas as palavras que alguma vez disse...
O Mundo engoliu, com a sua sabedoria que transcede qualquer limite.
O Mundo transformou as minhas palavras em algo belo e cheio de sentimentos.
Sinto-me bem a escrever.
Talvez porque as palavras que digo são o espelho da minha alma.
Sinto que tudo o que alguma vez fiz ou disse sou eu.
A minha poesia, os meus pensamentos, as minhas palavras, são tudo o que alguma vez quis.
Evitam que me afogue neste mar gélido e transformam-me numa pessoa melhor.
O poder das palavras será suficiente para mudar o mundo... Espero eu...
Por favor comentem! Preciso de opiniões!
Panorama
Costumava pensar na vida.
Remoía e remoía sobre todos os pequenos pormenores,
Observava a panorâmica de todos os cantinhos onde me encontrasse.
Ás vezes, no meio de tanta observação,
Dava conta de uma formiga a trepar pelas paredes de um prédio sujo, no meio de uma cidade cinzenta e impessoal.
Outras vezes, olhava em frente e podia ver um rapazinho, parado, olhando fixamente para mim até que a mãe ou o pai prontamente lhe dissesse que era feio olhar para as pessoas.
Um dia, até disseram que olhar para as pessoas chama o papão, depois, na noite.
Eu pensava "Disparate! Que criança irá alguma vez acreditar nisso?". Mas acreditavam.
E eu lembrava-me que me tinha esquecido que um dia também fora criança.
Mesmo enquanto criança, gostava de observar.
Os meus pais diziam que era solitária, mas que me importava eu com isso?
Gostava era de observar o movimento, ou a pasmaceira, ou a vida comum e vulgar das pessoas comuns e vulgares.
Pois sim, aquilo é que eu gostava de fazer, ver as pessoas normais, e as ruas a partir de todos os cantinhos e de todos os becos e intersecções.
É, observar a vida (não) é um jogo divertido.
Imagem: Google Imagens
Chuva
Quando eu cair,
Agarra-me,
Protege-me.
Se eu fugir,
Procura-me,
Não desistas,
Dá vida às rimas.
E quando me encontrares,
Sorri,
Porque eu,
Espero por ti,
Debaixo de uma chuva,
com o brilho do sol.
Chuva Solarenga...
Imagem: olhares.com Autor(a): Almiris Quintino Martins
Música: Sunny Rain by: Yiruma
Preconceito
Alvoroço,
Calabouço,
Eu não ouço,
Eu não ouço.
As palavras,
Que me tentam dizer,
Os azares,
De 30 andares.
Acabo,
Amasso,
Num abraço,
O pão
Que foi feito,
Com o sal do preconceito,
Da palavra que não existe.
Poderá o preconceito acabar?
Voar
Olhos observam-me,
A tentar escapar,
Mas eu não escaparei.
Não desta vez.
Já é tempo de voar,
E desta vez, nada me poderá salvar.
Ouço as garras arrastarem-se no chão,
E sei que é o fim.
Não me posso esconder,
Não há modo de correr,
Estou exausta demais.
Levem-me,
No vosso voo eterno,
Nas asas negras
Que nada pode colorir.
Não chorem por mim,
Isto é apenas o início,
Do meu voo final.
Vou voar...
Imagem: olhares.com Autor: Ruben Andrade
Música: "Unforgetable" By: Yuki Kajiura
Arquitectura
Os ventos solitários
Trazem suspiros e mentiras.
Trazem os sonhos
Que nunca sonhei
E os despojos arquitectónicos
Da minha mente.
Nunca foi finalizada,
A história que não contei.
Imagem: olhares.com Autor: Miguel Carvalhinho Seco
Música: "To Build a Home" By:The Cinematic Orchestra
Precisamos de Alguém... (dedicado a todos os que precisam de um bocadinho de atenção)
Estamos sozinhos, tudo à volta é feio e ninguém olha para nós...
Falamos connosco próprios porque ninguém nos presta atenção, ninguém olha sequer para nós!
Quero sair daqui e ir para outra dimensão, uma dimensão em que alguém repare em mim e me dê um pouco de atenção...
Também sou alguém, vivo neste mundo cruel, mas também sou alguém...
Este poema é dedicado a todas as pessoas que precisam de atenção e nas quais ninguém repara... Temos de nos ajudar e olhar não só para nós, mas também para os outros...
Por favor comentem! Preciso de opiniões!
Imagem: Google Imagens
Marie
E então, pousou a caneta de tinta permanente que lhe tido sido oferecida no aniversário...
Aquelas, tinham sido as 3 horas mais compridas da sua vida.
Marie, tinha apenas 15 anos, mas sabia muito dos males que existem. Quando tinha apenas 4 anos, perdera a mãe... Mal se lembrava dela... O pai... Qual pai? Aquele homem com quem vivia sozinha há 11 anos? Aquele que sempre a ignorara?
Agora, era finalmente o fim. O fim de todo o sofrimento, de toda a mágoa, de tudo!
Naquelas 3 horas, Marie tinha escoado a sua alma e tudo o que sentia para o papel amarelado...
"Mundo, de ti, despeço-me. Não aguento tudo o que me remói por dentro. A amálgama de sentimentos que tenho vindo a acumular irá ser por fim um suspiro de alívio. Não sei se alguém irá sentir a minha falta, ou se alguém irá pelo menos lembrar-me, mas essas dúvidas, apenas me dão mais coragem para partir. Sei que quando partir, talvez encontre a minha mãe. Ou talvez não. Talvez apodreça aqui, debruçada sobre esta secretária, já que ninguém se há-de lembrar de mim.
Nos 15 anos que vivi, percebi que a vida não é assim tão bela, e porquê continuar a viver, se posso exsudar-me para um sítio onde esteja mais dormente? A efémera beleza do meu reflexo, nunca mais será vista, pelos meus olhos, e agradeço por isso.
Lembro-me de sorrir, quando a minha mãe me penteava os cabelos e me cantava canções de embalar. Mas depois, tudo escureceu, e eu fiquei assim, sozinha. Vivendo na mesma casa que um homem que me ignora.
Agora, despeço-me, mas sei que não o faço por mim, faço-o para que aquele homem que se diz meu pai e que deambula pelos corredores, nunca mais tenha de virar a cara quando passo.
"A arte da vida é fazer da vida uma obra de arte.", disse Gandhi, mas eu digo,
"A arte da vida, é pintar o quadro da nossa morte." "
E assim, Marie, pegou na faca que tinha trazido da cozinha, e voou, ao suspirar de alívio.
Segunda Parte:
http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=144778
Imagem: google imagens
Bem, hoje estava a sentir-me um pouco gótica (rsrs) e decidi escrever a carta de suicídio de Marie, uma adolescente de 15 anos.
P.S. - Todos os factos mencionados nesta história
são fictícios.
Qualquer parecença com a realidade é pura
coincidência.
Liberdade de Mim
Poderei eu alguma vez voar?
Sair deste mundo,
como um espírito e voar.
ser livre do ódio,
da amargura e da desilusão.
Ser tão livre como o vento,
como as ondas do mar.
Não sou a areia do deserto,
confinada nos quilómetros
de secura.
Sim...
Imagem: Google Imagens