Breve espaço
Te amo querendo querendo te odiar
E te odeio num breve espaço de amar.
Nas lacunas do meu dia,tento te encaixar,
Nos meus sonhos tento te buscar,
Mas ao final
Não te odeio,não te encaixo e não te acho
Só te amo,te amo,te amo...
E é melhor parar por aqui.
Por que o aqui já foi longe demais
Tão longe que não pude alcançar,tocar e beijar.
Só pude te amar,
Num breve espaço de te odiar.
Ai que saudade
Ai que saudade,
dessas sentimentalidadeds
Que fazem arder,
a fonte de toda inspiração que me sufoca
Ai que saudade,
daquele ar de juventude
Onde tudo é recém chegado
Onde a primavera tem cheiro de outono,
aquecendo como verão
E deixando as marcas do inverno
Ai que saudade,
daquelas tardes,onde tudo era lícito
mas nem tudo convinha
Onde o vento soprava suavemente
os nossos cabelos
E os murmúrios das pixaçôes
invadiam nossa alma
Nos tornando tão transgressores quanto elas
Ai que saudade,
Saudade essa que nem o tempo há de apagar
Saudades que vem e vão,mas nunca se apagarão
Que marcam como o último gole de vinho
Deixando aquele suave gosto de fruta mordida
Adormecida nas paredes da memória
Onde só restam os ais da saudade.
(Dedicado à E.M.Abrhão Jabour e a todos que estudaram comigo)
Mais uma vez o homem
O homem usa roupas como uma forma de espelho de si mesmo.
Ausência presente
A ausência da presença é a presença da ausência...
Sinto
Sinto como se nada tivesse sentindo,
Como se nada tivesse sonhado,
Como se nada tivesse vivido,
Como se nada tivesse sentido.
Ainda sobre o homem...
O homem é o produto de si mesmo.