Poemas, frases e mensagens de snapelouz

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de snapelouz

Fragmentos 3

 
Domingo pra mim é um dia especial é alegre. Hoje, encontrei muitas pessoas que conheço após a Missa. Pessoas queridas, que fizeram parte do passado, fazem parte do presente e possivelmente o farão no futuro. Quando se mora em um lugar por muitos anos, é assim, a gente acaba conhecendo todos.
O bairro onde moro é residencial e não temos por perto nenhuma comunidade dominada seja por quem quer que seja; não vou dizer que aqui é o paraíso, mas, os registros de ocorrência devem ser bem baixos.
Fui ao enterro dos ossos da festa de ontem; é engraçado acho que o Brasil é o único país do mundo em que as pessoas fazem uma festa com as sobras de outra festa, e a segunda sempre fica melhor. Além disso, todos queriam assistir ao jogo da Pátria amada, salve, salve! E, com amigos, isso fica ainda melhor. Bem, como você também deve ter assistido: o resultado não poderia ser pior.

In off > MIGUELJACO, hoje comi uma deliciosa cocada e lembrei do seu comentário, quanto a colheita do coco, o modo artesanal é bem difícil e longo, se não se tem uma vara bem grande e rija, sempre se rala na escalada...
>CAITO, a curiosidade é uma velha amiga, por ela sempre segui longe, perto, rápido, lento e quebrei muitas vezes a cara, mas nunca me arrependi, nem voltei a trás, por isso, tem a minha total solidariedade...
>GABRIEL, o suspense me fascina, me prende... O mistério nunca deveria ser revelado, deveria ser oculto e inatingível, pois quando se aproxima dele... Bem talvez a sua revelação não fosse aquilo que pretendíamos, espero que isso não aconteça conosco...
A educação nos diz que devemos dar respostas aos recados deixados, não sei bem como funciona por aqui, se devo responder, sejam claros, mas se for apenas um comentário também. Bjos.

“Minha mãe achava que eu tinha que ter uma amiga, andar com meninos e fazer o que eles faziam não era coisa para uma “mocinha”.
Bem, minha primeira amiga se mudou para a rua em um domingo. A família grande, o pai era pipoqueiro, e a mãe lavava e passava pra fora. O nome de todos os filhos começava com a letra J; ela e o irmão mais novo eram exceção, ela G e ele R. Como lá em casa, nossos nomes começam com a letra S (Ah! Esqueci de comentar, eu tenho uma irmã, bem, mas ela não fazia parte do meu time, gostava de brincar com bonecas... Por isso, quase nunca, nunca mesmo fazíamos parte do mesmo grupo, a não ser que a brincadeira fosse bandeirinha, queimada e pique-lateiro, dessas, ela gostava e se juntava a gente).
Então, a G tinha um nome horroroso; Desses que a gente só encontra por acaso em uma bula de remédio antigo, porque um FDP de um pai ou mãe sem inspiração de repente inventam de colocar em seus filhos, pois achou diferente.
Não lembro quem se interessou por quem, mas desde a primeira semana ficamos bem próximas; Era mais velha que eu uns 4 ou 5 anos, e não valia NADA!
Aqui perto, temos vários quartéis, e os soldados passam pelas ruas do bairro fazendo sua corrida matinal; agora você deve estar perguntando “E o Kiko?”, bem ela passava lá em casa bem antes da hora da escola, alegando que para os estudos, deveríamos ser as primeiras. Não demorou muito para eu perceber que o seu interesse não era chegar cedo à escola, e sim ver o desfile de uma tropa correndo sem camisa pelas ruas...
Minha mãe estava super feliz! Enfim, “sua filhinha agora tinha uma amiguinha e se comportava como uma verdadeira “mocinha”... ””

Fala aí menino, rimei direitinho não? Estou chegando perto de versos poéticos?
Boa noite.
 
Fragmentos 3

Fragmentos nem sei que nº

 
Hoje senti uma vontade imensa de escrever, coisa que não me acontece parece um século. Há tanta coisa entre o passado e o presente que seriam necessários inúmeras pilhas de folhas e sinceramente nem sei se o teor agradaria a todos, então escrever significaria um grande desserviço.
Sabe, não posso dizer que minha vida é um problema, coisa que não é; não tenho problemas com dinheiro e nem tampouco com amores; Sou um "milagre de Deus" - Eu não tenho problema algum!
É bem verdade que há pouco descobri uma tal calcificação na entrada da aorta... Mas veja bem, isso pra mim não é problema! Sério!!!
Pra quem já viveu momentos inesquecíveis e gloriosos, um raio de entupimentozinho... A-ha não é capaz de desequilibrar nada, acredite!
Na verdade eu só senti mesmo vontade de escrever, porque lembrei do meu cachorro, que morreu há pouco, que Deus o tenha!
A saudade é coisa curiosa, ele me enganava e eu a ele; se dizia vira-lata de puro sangue, e eu, que não era boba acreditava. Coisas do coração... Amor de cachorro... Nunca viu??? Hã, hã, hã...
É... Meu humor é meio ácido, meio xavante... Mas o que realmente eu queria dizer ou escrever não tem nada a ver com amores perdidos ou sofridos, traições ou sofrimentos latentes de corações que não se encontraram e que não aguentam mais a saudade ou a dor de não serem correspondidos! Não!!! Não!!! Não!!!
Desculpem-me, não quero com minhas palavras menosprezar quem quer que seja, mas desses eu já ouvi falar e conheço todas as rimas: Coração... Pião... Nunca em vão!!!
Não... O que quero escrever, é que, sinto saudade do olhar mais sincero, incondicional, comprometido, indulgente que tive a oportunidade de compartilhar por muitos anos e que não experimentei pelo conjunto da obra, como coisa igual!
Podemos ser os serem humanos... Nossa! Que coisa não?
Mas é no amor de um animal irracional que muitas vezes descobrimos a verdade desse sentimento... Sem os ãos dessa nossa tão importante e inesquecível vida...

Para meu Tibydoo, com carinho.
 
Fragmentos nem sei que nº

Fragmentos 5

 
Que saudade estava de escrever... Isso acaba se tornando um vício, não não; um hábito! Vícios manipulam, e não é bom.

“Bem, não é muito difícil imaginar que minha trajetória de moleque tinha chegado ao fim.
Adeus pipas, gudes, taco, bola... Minha mãe me colocou de castigo pelo resto da vida! Até passei a vestir uma blusa, o que não fiz até meus nove anos – a única coisa que diferençava entre mim e os meninos (fora o sexo) eram os cabelos compridos, no mais eu era igualzinha, em pensamentos e atitudes.
Vocês até devem estar a favor de minha mãe, porque aparentemente o seu perfil é de uma senhora indulgente... Doce ilusão! Minha velha era e ainda é braba mesmo; pra vocês terem uma idéia, ela guardava atrás da porta uma correia dentada, que era colocada em prática frequentemente...
Mas eu era malandra. Sempre que aprontava e via uma espécie de não querer querendo no olhar dela, fitava seus olhos; franzia a testa; fazia expressão de cachorro arrependido e olhava pro chão. Aquilo aniquilava qualquer sentimento mórbido que tivesse a meu respeito. Resumo: Era quem menos apanhava na casa! Hahaha!
Fiquei uma semana sem rua, aí a pergunta: Se meus pais trabalhavam e minha tia era um doce. Não era fácil então, burlar o castigo? – Nem tanto assim... Quando ela dava um castigo pra valer, todos na rua sabiam e este era o seu trunfo. Se saíssemos, de uma forma que nenhum de nós desconfiava, ela ficava sabendo – na minha cabeça até hoje, quem contava era a D L , uma velha rabugenta (dona de um quintal com as caramboleiras cujos frutos eram os mais doces que experimentara), ela odiava a todos nós.
Então, depois da semana aterradora, pude sair de casa. Mas, as coisas não eram as mesmas, os meninos sabiam que não podia mais brincar com eles e, assim, nem me chamavam. Isso magoou um pouco. Mas enfim, acabei descobrindo o que a G fazia em suas tardes, quando não estava com ela...
Um dia, estava sentada à frente do portão da casa de minha tia, quando ela veio perguntando se não queria andar de bicicleta - Eu não andava de bicicleta, porque quando estava aprendendo, fomos passear na ilha de Paquetá, com suas famosas bicicletas de aluguel, o fato é que me empurraram da ladeira lateral ao parque e fiquei toda ralada, tendo que ir ao posto e receber uma antitetânica. Isso me deixou traumatizada, eu não suporto dor, até hoje sou assim... Então abandonei a magrela, por achá-la extremamente perigosa – Ela propôs então carregar-me na garupa.
Mesmo com receio, a vontade de fazer alguma coisa era maior, brincar de boneca e panelinha com minha irmã, nem pensar! Era melhor correr risco de morte.
Antes de empreendermos ao passeio, ela me ensinou a piscar e a fazer psiu - psiu! Morria de rir porque não conseguia piscar com um olho só – a minha coordenação motora era muito boa, afinal, eu era uma atleta das ruas, mas os músculos oculares não me atendiam – piscava os dois olhos ao mesmo tempo. Então, ela desistiu e saímos assim mesmo.
Ela gostava de passear em frente aos quartéis, então entendi: o que me ensinava, eram verdadeiras táticas de guerra! Os rapazes, que tiravam serviço nas guaritas, eram bombardeados por seus psiu-psius e seus pisca-piscas. Mas eles não faziam nada, afinal não podiam sair de seus postos. Da garupa, observava suas paqueras e achava ridícula a situação, mas fazer o que? Experimentava a liberdade do novo, e até que estava se tornando um laboratório divertido. E, além disso, não eram os moleques da rua, eram rapazes interessantes.
Tinha então uns dez anos nessa época...”

Não é mais noite, então, até amanhã, menino.
 
Fragmentos 5

?

 
O ser humano, enquanto humano, é sempre a mesma coisa.
 
?

Eletro

 
Tento te dizer algo
Mas tudo congela
Palavras ficam engasgadas
Me sito o mais estúpido dos seres
Você percebe isso querido?
Você sente a eletricidade
Que exalo?
Porque é exatamente como
Me sito... Em choque e
Quando você chega perto
Entro em curto.
É uma corrente louca
Absurda até.
Que só te pede uma
Eletrólise.
 
Eletro

Fragmentos

 
“Eu prometi o meu tudo...”
É estranho mais vivo uma fantasia real. Isso não teria acontecido há alguns bons anos, mas hoje a tecnologia nos aproxima de uma maneira surpreendente.
Eu estava em um site de amigos quando “ele” me pediu que o adicionasse. Achei estranho não o conhecia, mas a curiosidade bateu mais forte e desde a época do meu aniversário, mantivemos contato.
A linguagem que ele usa é puramente sensual e sexual. Sou mulher, se já perceberam, e sendo mulher, isso bate forte, esquenta o corpo, faz tremer os sentidos...
O desconhecido é quase que uma coisa romântica, e que mulher não se rende a esse fetiche?
Apresentou-me a seus poemas, e, sinceramente, me senti medíocre... Como acompanhar um poeta?
Bem pode ser fácil pra vocês... Mas pra mim não. Sempre vi o poeta como “aquele que escreve com digitais coronárias e que enxerga com os olhos da alma.”
Não sou poetiza e muito provavelmente nem pretendo o ser...
“Escreve no Luso”: Ele disse - E aqui estou sem eira nem beira poética... Apenas estou... E, pelo que eu pude observar, posso dizer que é uma fraternidade? Alguns escrevem, outros lêem, aquel’outros criticam, e por aí vai...
Ah! Os críticos, me lembram muito, os exegeses de Da Vinci, falam muito do sorriso maroto de Monalisa, mas, e se aquele sorriso singelo, tivesse sido feito às pressas, porque na realidade Da’ Vince estava com uma tremenda dor de barriga e não queria retratar os dentes cariados de tão nobre criatura, e na exasperação do momento, pintou-a com os lábios cerrados, com um leve curvar dos cantos, afinal, isso é fácil, difícil, naquela época era retratar os dentes. Será?
Bem, na verdade, isso não interessa, como não me interessam às críticas de quaisquer pessoas...
“Você me pediu o meu “tudo”, e vou passá-lo, através de fragmentos de minha memória. Preparado? Então, vamos começar:

“- Preste atenção! - Dizia a Professora Z. – Repita: Vovô viu a uva!
Naquela época, eu tinha então seis anos, e, sinceramente não me importava “a visão de um avô de qualquer pessoa sobre uma uva” ou se um “rato havia ruído a roupa de um rei ruim de Roma!” Eu já lia jornais, sentada sobre os joelhos de meu pai aos domingos, após a Igreja. Mas, durante a semana, uma bruxa com olhar malévolo e uma palmatória ameaçadora, insistiam em me ensinar trava-línguas.
Magrela, cabelo em desalinho assim me apresentava quase sempre, mas, não sei se o ar de inocência, a voz doce ou o jeito indefeso, sempre atraiam alguém... “Minha história continua, vamos ver que parte de meu tudo mais te atrai...””
Até amanhã, menino.
 
Fragmentos

Game Over

 
Eu tento, mas não consigo parar de te olhar...
Não quero dar bandeira então eu disfarço.
Quando vejo tuas mãos brancas e macias,
Eu quase posso sentir o toque delas em meu corpo.
Pode ser errado, e eu sei que é,
Mas o desejo fala mais forte, e eu
Sinto que meu corpo estremece.

É o meu gato branco, de pés brancos e
Sedutores que apoiam pernas
Que eu quero enlaçar,
numa doce e frenética dança.
Te quero e isso já virou doença
Mas não quero acreditar nisso,
Pode ser uma obsessão, loucura.
Ah! não sei, só quero você,
Só quero a cura!
 
Game Over

Em seus pensamentos

 
Te perdoo por não ter me tratado,
Tão bem quanto deveria.
Te perdoo por não ter me amado,
Em todos os momentos que poderia.
Te perdoo pelas pequenas coisas,
Que poderia ter dito e feito.
Te perdoo por não ter encontrado,
O tempo certo, o lugar exato...
Te perdoo por não ter me abraçado,
Quando me vi sozinha.
Te perdoo por não ter me feito feliz,
Pela felicidade que não obtinha.
Te perdoo poquer estava cego...
Te perdoo porque sei que moro em
Seus pensamentos...
E amor, Ah esse não morreu!
Em seus pensamentos...
Em seus pensamentos...
 
Em seus pensamentos

Não permito

 
Não permito! Amor, ele é só nosso.
Quis teu anjo nos brindar com este encontro.

Seja só meu teu pensamento,
Porque o meu já te pertence a muito...

Deixe que os outros tenham seus anjos!
Quero pra mim todo teu encanto...

(A emoção faz marcas em meus dias,
E meu corpo também treme por teus dizeres.)

Venha embalar-me amor

Venha sem dor... Venha sem pranto...
 
Não permito

Pés

 
Teus pés tão brancos me fascinam
Tua pele é tão alva que posso ver o ar
Atraente, de cheiro gostoso
O Meu gato de tão branco
Me faz sufocar....

Te amo, te amo
E eu sei
Que só posso calar...
 
Pés

Fragmentos 4

 
“A nova escola era diferente da anterior, a estrutura era de uma casa de família com cômodos espaçosos, que foram transformados em salas de aula. Dirigida por um casal que não tinha filhos e mais duas professoras.
Comecei lá cursando a segunda série (lembra? A escola anterior faliu.); os meninos eram estranhos, não me deixavam chegar perto, e não foi fácil pra mim que era um moleque me adaptar.
A única vez que me deixaram brincar com eles, foi por interesse: eu tinha uma lata grande de bolinhas de gude, os olhos cobiçosos não viam à hora de me rapar tudo; naquele dia perdi todas as esperanças de novos amigos, voltei com as minhas e mais umas trinta; chorei o caminho de volta pra casa. Meu irmão me disse mais tarde que eu deveria deixar os garotos ganharem de vez em quando, assim sempre que tivesse uma partida nova, talvez, eles me deixassem jogar; eu tinha ferido o orgulho deles – quando crescem não são diferentes, às vezes, devemos deixar pensarem estar ganhando, para fazerem o que queremos.
Já as meninas, viviam de suspender as saias e passar batom no banheiro, o que não adiantava nada, porque o tio R mandava abaixar as saias e limpar a boca, se eu fizesse aquilo, iria ser bem diferente, porque eu podia até respeitar os mais velhos, mas, quando fazia uma coisa não voltava a trás nunca. Mas até então não pensava em saias ou batons...
As minhas tardes eram divididas: quando chegava a casa, antes do almoço, assistia ao final de Hanna-Barbera – ‘Não existe nada mais antigo, do que cowboy que dá cem tiros de uma vez, a avó da gente há de ter saudades do Zing! Pow! Do cinto de inutilidades. No nosso mundo tudo é novo e colorido, não há lugar pra essa gente que já era...’ Amava ouvir aquela música e cantava junto!
O trato era o seguinte: chegávamos, almoçávamos, fazíamos o dever da escola e depois íamos para a casa de nossa tia, duas depois da nossa. Lá permanecíamos até que nossos pais chegassem. Minha tia era um verdadeiro docinho, e não via mal em nada, por isso, sempre que pretendíamos fazer alguma coisa, perguntávamos primeiro.
Agora, com a presença da G, dividia o meu tempo restante entre os meninos e ela. Lembro que ficava bem dividida, pois achava interessantes suas histórias de beijos e sarros atrás do colégio. Foi ela que introduziu o ‘Pêra, uva, maçã ou salada-mista?’ na rua, mas achava todos os meninos de lá uns bobos, dizia que era mais pra passar o tempo.
Em outubro, de um ano qualquer, escutamos falar do Halloween, que acontecia nos Eua, e resolvemos fazer uma travessura.
No fim da rua passava uma galeria, e como ela ainda não era asfaltada, a galeria ficava a céu aberto; ali era escuro à noite e havia muito mato e capim alto, mas os adultos puseram uma táboa e assim as pessoas cortavam caminho para a rua de trás, sem ter que dar a volta no quarteirão, pretendíamos assustar os mais corajosos.
Meus pais chegavam sempre por volta das oito, mas a gente ficava na rua até umas nove, assim, eles tomavam banho e relaxavam um pouco antes de nos por pra dentro de casa.
Nesse dia eles ainda não haviam chegado, mas estava tão doida para por o plano em prática, que quanto mais cedo começássemos, melhor: um lençol branco, uma corda frouxa no pescoço presa a outra que passava pelos braços por baixo das axilas e muito mercúrio cromo espalhado por todo o meu rosto e lençol – tinha que ser eu, era a menor e mais leve para ser levantada pela corda que passava pelo tronco mais alto do abacateiro do fim da rua e abaixada rapidamente quando alguém aparecesse pelo corta-caminho. A impressão que dava era de uma pessoa enforcada!
Chegara à hora. Todos se esconderam, alguns ficaram disfarçando uma conversa para não despertar suspeitas. Via a figura de uma mulher. Desceram-me rapidamente como o planejado. Ela gritou. Desmaiou. Ninguém riu. Por quê? “Era a minha mãe...””

Boa noite menino.
 
Fragmentos 4

Vivendo em mim

 
Que maldade!
Existe certa velha traiçoeira
Que espreme nosso íntimo,
Viola o coração e nos deixa famintos.
Esta senhora amarga,
Traz o significado da tristeza,
Talvez, sua amiga íntima...
Preciso escapar dela,
Que só exala dor e sofrimento.
Mas não sobrou nenhum lugar
Para que possa me esconder...
Eu a encaro, mas só o que percebo,
É o quanto sou pequena.
Obriga-me a procurar o alimento,
Segura a minha mão,
Mas não me mostra o caminho...
Já não consigo respirar direito,
Me possui, absorve, Toma a minha alma.
Toma minha vida de assalto,
Controla os pensamentos
E vive em mim.
Já não sou mais eu, sou ela.
Sou Saudade.
 
Vivendo em mim

Fragmentos 2

 
Hoje acordei tarde, depois dos afazeres da casa (não que eu tenha algum talento pra coisa, nunca tive. Odeio qualquer serviço do lar!) fui à Capela para continuar a restauração de uma mesa de Credencia – onde são colocadas as partículas, pão e vinho, antes e após a consagração; Voltei, era hora de almoço e após o alimento, assisti ao filme As Relíquias da morte – 1ª parte, claro. Às 4 h ainda consegui dar uma aula particular de Matemática.
Contudo, o que mais me chateou nesse dia enfadonho, fora a restauração – única coisa que salvou o dia - foi ir a um aniversário e dar o azar de sentar junto a professoras, isso já deve ter acontecido contigo, o assunto sempre é: sala de aula, prefeitura, estado, salário, etc., etc. Ah! Ainda tem assunto filhos. Que coisa chata! Quando o filho não é o melhor, ele é imaturo, sem responsabilidade e blábláblá... Querem que os filhos sejam e cumpram coisas que muito provavelmente não o fizeram quando jovens. Cobranças de uma época passada... Nunca torci tanto para os tradicionais parabéns... Vou comer o seu bolo... E sair rapidinho de lá.
Bem, vamos a mais um pequeno pedaço dos fragmentos passados:

“Quando criança, era uma menina muito ativa, confesso que ainda sou, mas não gostava de brincadeiras de menina. Na rua em que morava, tinha quatro primos e junto com o meu irmão, formávamos uma pequena “gangue”. Ninguém tinha paz na vizinhança.
A rua não era asfaltada e os quintais gozavam de inúmeras árvores frutíferas e, claro, um verdadeiro convite ao desfrute. Não preciso dizer o como reagíamos àquelas tentações...
Vivia sem blusa, com um short, e como os meninos, sempre que aprontávamos alguma travessura, arriava as calças, do mesmo jeito, bem, só que não tinha um pênis pra mostrar pra ninguém – as velhinhas da rua me chamavam de perdida, minha mãe vivia me pondo de castigo, sempre dava um jeito de escapar, afinal, ela trabalhava e não podia por os olhos em mim às 24 horas do dia.
Se por um lado a fama de moleque me fazia popular com os garotos da rua (isso iria mudar – assim que cresceram os seios), no colégio, a fragilidade atraía de outra maneira. Tinha um “tio”, que adorava me pôr em seu colo. Pedofilia sempre existiu só que na época da ditadura (não sou tão ‘madura’ assim, mais vivi uns poucos anos da ditadura, embora não entendesse da política da época) o pedófilo tinha muito medo, porque ou desaparecia ou aparecia no Pinel e até mesmo no Juliano Moreira. Doentes? Talvez. Burros não.
Ele dizia que eu tinha um cheiro de mulher, com corpo de menina. Engraçado que dependendo da época e do que te falam, ou as coisas não fazem sentido, ou você nem dá importância; lembro que nada respondia, éramos criados a não desrespeitar os mais velhos e nem retrucar, por isso, aquilo pra mim não dizia nada.
Tinha uma sala do castigo, nunca estive por lá... Mas o “tio” dizia que se eu fosse para lá, não precisava ficar com medo, pois não tinha nenhum boi da cara-preta. Será?
De qualquer maneira, não fiquei neste colégio por muito tempo, logo ele veio a falir. Naquela época, as melhores escolas eram as públicas, ao contrário de hoje, as escolas particulares davam até 70% de desconto aos alunos. Que coisa não?
Então fui estudar em outra escola, a vida continuou, mas, as coisas mudaram..."
Até amanhã menino...
 
Fragmentos 2

Bula Oscular

 
BEIJOTERAPIA

APRESENTAÇÃO: Recipientes com alma.
COMPOSIÇÃO:
SOLUÇÃO ORAL ...........................................Alguns mls de saliva
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Ação esperada do medicamento: Imediata.
Cuidados de armazenamento: Conservar em temperatura ambiente.
Prazo de validade: Infinito.
Gravidez e Lactação: Não existem estudos adequados e bem controlados, mas em alguns casos, pode haver gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.
Cuidados de administração: Siga corretamente as instruções, respeitando sempre os horários, as doses e a duração.
Interrupção do tratamento: Não interromper o tratamento.
Precauções: Em algumas pessoas pode ocorrer decepções.
Contra-indicações: Nenhuma.
Farmacocinética
Após a dose oral, o pico plasmático é alcançado em 30 e 60 segundos.
INDICAÇÕES
Mau-humor crônico, humor ácido, dor de cotovelo, solidão, antipatia, etc
Indicado também para quem gosta muito e para facilitar os procedimentos do trato. Os beijoqueiros sofrem menos de doenças do aparelho circulatório, do estômago e da vesícula. Diminuem também os casos de insônia e de dores de cabeça.
CONTRA-INDICAÇÕES
Não há registro de reações adversas, mas pode ser contagiante, uma vez que a freqüência e intensidade desta reação podem ser aumentadas.
PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS
Após uma única dose, na maioria dos casos, consistem de sensação de inquietude; ocasionalmente podem ocorrer movimentos involuntários dos membros (Braços) e da face; raramente se observa torcicolo.
Em pacientes idosos, tem-se que seguir orientações cardiológicas.
POSOLOGIA
Uso diário e freqüente.
SUPERDOSE
Sintomas de superdoses podem incluir sonolência, desorientação e reações extrapiramidais. Nesses casos deve-se proceder ao tratamento sintomático habitual, utilizando-se terapia de suporte.

PRODUTO GRATUITO - BEIJAR É MUITO BOM!
 
Bula Oscular

Textos e saudades

 
Você me pediu que escrevesse um texto porque sentia saudades...
Poderia falar de qualquer coisa: Amor, saudade, desejo, prazer...
‘Ah querido amigo! Há quanto tempo não escrevo!
De repente, bateu uma saudade de mim...
Saí de casa para observar o tempo,
E dezembro parece que veio carregado de incerteza,
Não sabe se chora, não sabe se ri.
Escrever sobre essas quaisquer “coisas” exige alma.
E a minha está presa em algum lugar... Talvez no vazio...
Vou tentar, então, mecanicamente o que me vem
Desse meu lado racional, meio besta, meio louco...
Amor ... Será que alguém nunca sentiu algo tão belo?
Tão poderoso e cruel, e ao mesmo tempo tão simples e tão doce?
Basta um olhar de quem se ama para sentir o corpo tremer,
A perna dobrar e a pele queimar – num arrebatamento de paixão...
E você pensa que o sonho impossível um dia pode ser real,
Que há esperança... Mas por fim descobre que o impossível,
Não passa de um sonho...
Aí então, meu amigo, o amor se torna o pior dos carrascos,
Impõe-te torturas infindas, que nenhum ser é capaz de suplantar
E torna-se escravo...
O cheiro, o som da voz, o toque fugidio de pele do ser amado
São momentos de êxtase, de prazer para quem ama.
E quando esses sentimentos são recíprocos?
Ah! Não existe o sonho, porque o real dorme tranqüilo...
E tudo aquilo que se quis... Que se desejou...
Faz-se cumprir de maneira plena.
Os sentimentos fluidos são a verdadeira
Expressão do prazer...
- Será que é deste amor que você sentia
Saudades em meus versos amigo? –
Este amor que é o reflexo dos amantes,
Faz mudo o mais simples dos mortais,
E arranca dos poetas centenas e milhares de palavras,
Porque na verdade descrevê-lo torna-se infinito.
E qualquer palavra, por mais esplêndida e majestosa que seja,
Não consegue alcançar e traduzir com correção
O amor e seus discípulos:
Saudade... Desejo... Prazer...’
Um grande beijo
Meu querido Gabriel Peers
By Snapelouz
 
Textos e saudades

não consigo matar o amor

 
Não, o amor nunca morre,
Ele permanece etéreo, transcendente.
E por mais que façamos pirraça,
Ele continua lá...
Se não for assim,
Não é amor.
Lembra: ele tudo suporta.
Não suporta como escravo,
Mas como... Não sei explicar...
Suporta como a avenca num temporal...
Ele se curva, mas quando as últimas gotas vão embora,
Ele se levanta, aspira o doce ar fresco e
Espera a luz do sol. Beijos de quem ama.
 
não consigo matar o amor

Azul (PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES)

 
Azul (PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES)

Queria dar-te uma flor...
Mas como vislumbrar
Neste imenso jardim
Que te rodeia, que
Àquela que te daria
Seria sem par.

Como concluir, que
Dela cuidaria com zelo
E com tamanha devoção,
Se tantas e tantas outras
Abrem-se... Ora de dia, ora
De noite...

Teria certeza ou não,
De que seu perfume te
Inebriaria de tal forma,
Que se esqueceria dos
Outros perfumes?

A meu amor... Então
Dou-te o azul, pois que
De rosas, lilases, amarelos
E laranjas... Ah! O mundo já faz
Conta!

E de contar, conto-te eu!
Que meu azul tem a cor
Do infinito!
Tem de mares o profundo...

Mas tenho da cor:
Que eu sou, é o mundo.
Tem você... E tem azul.

snapelouz (26/01/2014)
 
Azul (PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES)

Pra não deixar de amar!

 
Não sei explicar como aconteceu...
De repente experimentei algo
diferente, só meu...

E pedi a Deus: deixa que eu
sinta, deixa que eu sinta,
deixa que eu sinta o amor...

Aqui no coração...
Há quanto tempo não o
sinto Senhor!

E me atendeste.
Do Teu jeito, sobre humano...
E agora só me restam as lágrimas
Por alguém que amo

E te peço ainda,
Pra não deixar de amar...
 
Pra não deixar de amar!

Sonho

 
Escuto tua voz no sopro do vento

Recordando cada palavra que escreveste.

Deixe, amor, deixe pensar que são nossas...

Na aurora, não me desperte
(deixe cair sobre mim tuas folhas).

À noite, abraçar-te-ei e sonharei com nossas flores...
 
Sonho

Espelho

 
Por que teu coração olha pelo espelho?
E bate descompassado amando
E sendo amado!
Ainda duvida?
Não durma, fique acordado.
É real, é belo, me diz apenas um
Oi e será ainda mais belo
Do que o mais belo
Sonho sonhado!
 
Espelho


Snapelouz