Dia Mundial contra a Violência de Género...
Não é, de forma alguma, aceitável que um ser humano seja perseguido, assediado, humilhado ou maltratado, por motivos relacionados com o seu género...
O mundo que conhecemos é composto da diferença que o embeleza... como várias cores numa tela... Homens e Mulheres... seres humanos... machos e fêmeas... com suas características próprias que os tornam únicos...
Porquê desdenhar da diferença? Porquê usar-se dela para fazer sofrer o outro? Para a grande maioria de nós estas palavras fazem todo o sentido... Mas há quem não entenda... há quem faça da vida do seu semelhante verdadeiro inferno na terra...
Quem atribui tais direitos? Que liberdade é aquela que não deixa desabrochar a liberdade do outro?
Abrimos, neste dia, nossas palavras contra corpos e mentes marcados por actos violentos de homens e de mulheres que vão matando lentamente a confiança no ser que... em toda a Natureza... é reconhecido como complemento do nosso ser... o género oposto! Actos encobertos pela vergonha de quem teme reconhecer perante o mundo sofrer de violência, física ou mental, exercida pelo ser humano que lhe está mais próximo... ou deveria estar...
Não é aceitável... Não deveria acontecer... É urgente denunciar!
Aqui fica a minha solidariedade para com todos aqueles que sofrem, no corpo ou na mente, da violência dos que se julgam muito fortes mas não passam de reles cobardes...
Detalhes/25 de Novembro de 2007
Obrigado...
Quando dói o corpo e dói a alma…
E em mialgias constantes…
O cansaço se acumula…
E satura…
E repassa…
E permanece o “ter de ser”…
Sem saída…
Sem opção…
Sem escolha…
E empurra…
Atropela…
Derruba…
O medo atroz de não poder mais…
De ficar…
Simplesmente ficar…
Parar no tempo…
E ver correr o mundo…
A vida…
Mesmo ao lado.
Quando parece que chegou o derradeiro impulso…
Abro esta janela prá vida…
E encontro-te…
Numa palavra amiga…
Como quem sabe tudo…
Mesmo sem saber…
E encontro, de novo, a força…
Para mais um dia…
Obrigado!
Outubro de 2007...
Cinza...
Dentro de mim
um monótono vazio...
um nada indolente...
medíocre...
persiste
e domina um espaço que não é seu...
O meu espaço é de frio gélido e de calor abrasador...
não de mornidão estúpida e sem sentido!
Eu sou felicidade suprema...
ou dor atroz...
Não indiferença oca!
Pesam-me braços, pernas, olhos...
Adormecem os sentidos...
Esmorecem os sons...
Esfumam-se as cores...
O cinza é tão denso
que se torna palpável...
Apenas reage esta mão
que... forçada...
lança borrões de tinta...
numa caligrafia quase imperceptível...
E... não me encontro...
Não me reconheço neste deserto...
Perdi-me!
Nem a familiar tristeza,
nem a aconchegante felicidade,
nem o medo incontido...
Nada!
Só vazio...
só indiferença...
Procuro a emoção à flor da pele...
Encontro olhos perdidos
num infinito sem interesse...
Procuro a luta constante,
o batalhar,
o cruzar ventos e correntes...
Procuro... mas não encontro...
Quedo-me!
sem lágrimas... sem uma lágrima...
sem encontrar motivo!
Não... não sou eu!
Decididamente... não sou eu!