Eu quero voltar a ver-te
Esta carta pode te surprender
Mas se calhar não,
Algumas brisas começaram a sair
E outras que já começaram a desaparecer
Depois desta carta...
Será que te vou encontrar?
Não sei !
Só quero que me respondas.
Eu desejo dizer-te pai todos os dias
Até naqueles momentos de alegria,
Também quero saber o que é ter um pai,
Pai esse que quero conhecer
E saber qual é a sua magia.
Quando era pequenino
Estava com inveja,
Inveja essa dos outros que tinham pai
E que podiam dizer aos amigos
O meu pai faz aquilo e aquelá.
Mas eu dizia-lhes que não sabia
Quem era esse homem que chamavamos pai
Porque eu dizia que não o conhecia;
Ás vezes até faz falta ter essa pessoa por perto.
Agora quero me confessar
Que só faltas tu para a familia esteja completa.
Penso em ti
Quando o sol começa a nascer
E os meus olhos a abrir
No meu pesamento tu estás a aparecer
Porque quando acordo estou em ti a pensar.
O meu coração a bater,
Bate sempre que penso em ti,
Até ao teu lado podes ouvir,
Ouvir o bater, até vais rir.
Deixa – me ser,
Serei o teu par,
Quero ao teu lado permanecer,
Permaneço no teu pensamento.
Meu amor,
Meu passaro voador
Quando voas não tens dor.
Se estou na rua
Eu estou na lua
A pensar,
Pensamento esse por ti.
Agora vou me sentar,
Sento – me num café de arrombar
Eu em ti estou a sonhar,
E sobre ti poemas estou a desabafar.
O café estou a degustar,
O bolo a saborear
E o meu coração a palpitar.
Agora que já acabei
Esse acabar de escrever,
Vou para casa jantar,
Mas contigo sempre no meu pensamento
Acredita o que estou a dizer.
Misturas desconhecidas
O pum pum do coração
E a dor de dizer não,
Está a passear um anão
Que leva na mãozinha o seu cão.
Está um palhaço a brincar
Com os seus balões a voar
Nesses balões até podemos sonhar,
Sonho esse de nunca chorar.
Um urso está a morrer
Mas antes de isso acontecer,
Ele vai ter de crescer
Porque ele é pequeno de dizer.
Um homem está a rir
De uma coisinha que é para se divertir,
Mas sem saber ele começou a rugir,
E em francês teve de se “punir”.
Há no ar um odor,
Odor esse que tinha um bom sabor
Também há amor,
Essas coisas que era um grande favor,
Favor esse que metia pavor.
No meio de um largo um senhor,
Senhor esse que de estátua podia estar
E o dinheiro no chapéu estava a aumentar
Essa estátua que fingia ser um escritor.
Ele no céu estava a escrever,
Que era bom o passado rever,
Nessa escrita estava a surgir,
A surgir algumas coisas que faziam rir.
Há gaivotas que estão a pairar,
Um tubarão que está a nadar
Esse nadar ao pé de um avião,
Avião esse que era de um cão.
A minha cegueira
Estou a caminhar
Caminho na rua
A admirar a lua
As estrelas a tentar impressionar.
O céu a dar saudade
O sol a liberdade,
A natureza com o seu explendor
E um vagabundo a caminhar com dor.
Nessa estrada onde estou a andar
Também está cheia de lagos,
Esses lagos feitos por tristeza,
Tristeza que vem das nuvens.
Agora as escadas estou a descer,
Deço com flores na mão,
Atrás de mim um cão,
Esse cão que de fome está a morrer.
Árvores com os ramos a cantar
E os passaros a cantarolar
Eu a ouvir,
Ouvir e a rir.
É pena eu estar,
Estarei cego ?
Será ? não sei !
Porque isto tudo não consigo ver.
Palhaço brincalhão
O mar a dar uma canção
Uma canção que dá paixão
Pessoas com perdão
Com um bom coração.
Uma praia cheia de animação
Um palhaço brincalhão
Que nos dá alegria no coração
Com uma grande satisfação.
Crianças a rir com atenção
A verem o palhaço a fazer formas com o balão
Uma dessas formas é um cão
Essas formas dão uma grande emoção.
De um momento p'ra outro passou um camião
E matou o palhaço brincalhão.