clamo
Clamo em gritos secos
Pela dor que em mim vive
Não sendo mais a minha aurora
Aquela que hoje é triste,
Derrubando todos os meus sonhos
Que antes eram felizes.
Clamo Em gritos secos
Pela dor que ainda insiste
Matando meu sentimento,
Que um dia já foi livre
E hoje é prisioneira
De um mundo de crendices
Clamo em gritos secos
Pelo eu que não vive,
Sendo meu eu agora
A falta do meu estar aqui
Corroendo peito a fora
Os meus olhos do amor que acaba aqui.
Clamo em sussurros secos
Fechando os olhos pra não existir
Esculpindo a navalhadas
A sensação falsa do não sentir
Calando-me sobre lagrimas pesadas,
Debruçado sobre o amor sepultado
Mergulhado nas profundezas de mim
(sem titulo)
Lábios se vão em navios.........
Ainda estou aqui tentando entender.
Já não esta mais em minha cabeça
A resposta desse quebra-cabeça.
Dia Após dia sem entender onde erramos...
...todos os dias você me vem a cabeça...
Tento fugir, mas é mais forte que á mim.
Sei que finjo não saber
Oque todos em nossa vida sabem...
...sou de carne,
Preciso de meus sonhos
Mesmo que a realidade um dia venha me acordar.
Palavras são palavras...
Compromissos são vidas quase comprometidas.
Mesmo com esperança minto a mim
(como sempre)
Que um dia você voltará
(se nem ao menos chegou)
Minha poesia se torna tão pura e simples
...lembro-me de nós.
Quando me ponho á olhar a lua
É La que eu lhe vejo, bem longe...
...madrugada fria,
Meu coração cheio de magoas e saudades congela.
Todos os dias lembro-me de você ao acordar,
Daí então, olho lá no fundo do meu coração
E me vejo só...
Somente só .
(esta tão triste lá fora como dentro de mim)
Triste Canção
Estão cantando para mim?
Nem ao menos me avisaram
Desse canto ou lamento,
Que antes de chegar o firmamento
Fez todos de joelhos balbuciar perto de mim.
É estranho esse enredo
Que ao chegar sempre me esqueço
Onde lapida o monstro devaneio,
Fugaz dança dos homens sem medo,
Que desconfio viver dentro de mim.
Não poderia ser a sorte
Pois a verdade sempre me entope,
E as causas se destorcem,
Deixando minhas palavras sem começo ou fim.
Estão todos cantando para mim?
Se nem ao menos é dia festivo,
A garoa traz com ela o granizo
E no coração a plenitude é o vazio,
(as velas estão acesas talvez para espantar os espíritos.).
Quem dirá adeus à saudade
Se sempre a vaidade renasce
No musgo da falsidade
Onde roubaremos o fruto dos Deuses.
Que se exorcize essa maldição
Da tristeza sempre se mastiga o pão
E do ódio é servida a bebida.
(Um brinde...
Saberemos nós, se essa é a despedida?)
Estão todos cantando para mim?
Não sinto mais a incrédula fadiga,
O crepúsculo traz consigo as dores e as feridas,
Que me perseguem nesse dia sem fim.
Angustia
Que cantem para mim os corvos
Quando o vel da noite repousar sobre minhas angustias
E o vento sacudir meu espírito fraco e vergonhoso.
Contemplo esse canto que minha alma esala amargurada
Nos cantos vazios de meu coração
Ressonando ecos de solidão
Que minha cama...
...meus risos...
...minhas palavras não disfarção.
Não temo a noite
Pois tenho uma escuridão pior a me preocupar...
Dentro de mim,
Onde vejo ao longe uma grande lapide
Escrita com sangue meu nome,
Fúnebre, triste, gelada, incrédula vindo rumo a mim.
Meus medos de criança se foram junto a ela
Quando o mundo gritava
E as lagrimas de minha mãe se tornavão minhas.
Os anos se passão e as dores não murchão
Aflorescem no meu campo encharcado de antigas fortunas
Amassando os brotos de alegria que restavão
Sobre a guerra dos demônios e santos
Inflamada nos meus olhos, mente e garganta.
Quantas coisas perdi olhando durante anos
Somente para dentro de mim,
Velando sem aprender a rezar, pela minha alma
Que se perdeu na teia de minha vergonha.
A noite é tão magnífica...
Poucos parão para ver as estrelas
Aproveito cada segundo marcado Com medo de morrer se dormir solitário
soluço
Derepente o escuro
Fez-se grande e profundo,
Cripitava o corpo em delírio moribundo
E o coração batia em pequenos soluços...
...desalento...desalento...desalento,
Dizia-me o pobre coração em murmúrio.
Os lábios se mechiam em espuma
Mas as palavras não vinham...
...se perdião.
Aluz dos olhos não dispersavão...
...não duravão.
E a alegria da vida se ia...
...não mais vinha.
Derepente os soluços dementes
Apagarão a chama da vida... (querida)
...o corpo ficou gelado e fúnebre
Parado ao tempo,
Imagem marcada na vida pela morte.
E ali seu corpo ficou inerte...esquecido,
Sentado com uma carta de amor em suas mãos
(ingrata e desleal carta de amor negado)
Que levou seu coração às geleras
E sua ânsia de amar as estrelas.
Quando...
Quando o homem se dá por vencido,
Pelos cansaços e sacrifícios da vida,
E sobre chuvas torrentes,
De dificuldade ele persiste...
Quando tudo parece trevas
E em quase todos se vê
Um porto de adeus...
Quando se olha o pouco que se tem
E a resignação nos olhos emite,
Os sorrisos entre lábios mostram,
O quanto à falsidade é triste...
Quando o sacrifício é grande
E o reconhecimento é pequeno,
Ser um fantasma triste,
Faz-te entrar no enredo,
E todos te lembram:
-É crime nesse mundo sofrer de menos.
Quando não se cabe saber,
Por negar, por querer,
A verdadeira realidade...
E se ver em estatísticas absurdas.
Que não é a luta, é a vontade de vencer ,
Que vence.
Quando tudo que se acredita,
Faz peso para os ombros...
E á vida parece ser mais fácil,
Quando se tem um carcereiro...
Quando se quer chorar,
E a vontade é mais fraca que a dor
A certeza é resumida em poucas palavras,
Se não por elas,
Vela-se nos olhos o segredo em rancor.
Quando a luz que nasce,
No corpo não bate...
E os sonhos renascem,
Em uma luta enganosa...
...são tristes as marcas de antigas derrotas.
Quando se põem tudo que ao corpo pertence
Ate o ultimo esforço,
É difícil acreditar que toda essa luta,
Foi um grande e desnecessário alvoroço.
E quando a alma vencer esse mundo,
Fugindo desse corpo... No fim dessa trilha...
Se não for por esse momento,
Haverá pelo menos...
Um sorriso de consolo.
Tenho
Tenho em mim guardado
Sobre sete chaves de tormenta,
Algo que escondo e não é raro
Algo que o mundo inteiro experimenta.
Tenho em mim findado
Coisas que o mundo nem se lembra,
Posto que tudo que é errado
Fazem-se jogos de prenda.
Tenho em mim cravado
Todos os encontros da vida,
Sendo que deles não espero nada
Além de migalhas e feridas.
invólucro
Pende-se tudo que um dia vinga cair,
Assim como o coração tem seu tanto, nem pouco fardo de tristeza.
Por ventura quase nunca indagamos,
Prolixos, pateticamente coerentes a quem sacuda a coroa de cardumes e visgo.
Não devotamos lagrimas alguma a qualquer ser espartano adjacente aos condóminos desta capsula lasciva de anceios Puritanos.
Desejamos o bem querer anbíguo da vertente de nossas fontes, onde Jora-se as margens placitas turbilhões de mentiras invertebradas.
Para assim, indigeridos de nós mesmos, confortarmo-nos da ideia de que somos seres sociáveis.
Versejo
Iludir-se...
Transbordar a taça craniana
Do vazio ilusório que esta cheio
Agarar-se enquanto se cai
Nas sísmicas ranhuras dos pensamentos.
Saudade intransigente de fatos.
Moldes rotulados na perpicasia incoerente.
Ira enlatada sem validade.
Algo que doa...
Tudo que afoga...
Nada que valha a pena um cinismo.
Desenlace
Faltaram-me as horas,
Quando nossos mares se estranharam
Em uma tempestade aterradora
A qual não haveria vencedores
Se não o afogamento de ambos.
Aplaudimos juntos a mesma mentira mesurada
Assim como as palavras em vão
Que um diagnosticava ao outro.
Restringimos o que sobrou de nós
A uma pequena cápsula lasciva de amor
Para tentarmos manter vivo
O que já não podia viver.
Velamos juntos o mesmo cadáver
Com finalidades diferentes.
Dialogamos em um desentendimento incomum...
Premeditando a solidão dolorosa.
Quantas duvidas ficaram espalhadas as milhas
Por todo o chão batido de lastima.
Não houve controvérsia
Na conclusão de nossos pecados...
Eu fiquei estático na sala,
Enquanto minha alma foi espreitá-la na janela
Vendo sua ultima partida...
Derrotados, ambos sabíamos
Que não podíamos acordar os mortos.