Quando olhares são versos e sorrisos um poema
Quando olhares são versos,
quando sorrisos são um poema,
tu és um livro de palavras doces
e eu a capa que te envolve
e em nós o lema das palavras que voam
e dos corações que amam e perdoam.
Terás por mim fomes descomunais
Come, devora, saceia-te
Com o pão meu que te apeteça
Com doce meu salgado por ti, deleita-te.
Todos teus, até te perderes
Nos sabores que acoles esbogalhado,
Tens para mos tirares poderes
Que a nenhum outro foram dados.
Escorrega no mel meu,
Nesse doce molhado,
Proveniente das sensações,
Filho do amor de dois corações.
Droga que te darei, viciante...
Enlouquecerás por mais,
Terás por mim fomes descomunais.
Negro ou pura luz?
Sol da manhã de oiro dourou,
e no seu amanhecer me acordou.
Ânsia imprevisível adivinhou
acontecimento de agoiro
que em mim tudo mudou.
Luz resplandescente que não esperava,
aninhou-se em meu peito negro
com doces sorrisos despoltava
nova energia que razões me dava.
Vida agora luminosa
Iluminou-se por um erro negro
de que não me desculpava.
Que fim terá tamanha negridão
Tão sememlhante à mais pura luz?
Um erro que emana beleza
que me chama, me seduz?
Num enrolar de areias...
Num enrolar de areias,
De ondas laças,
Num vai e vem de ideias,
De promessas baças...
Espelho de agonias,
Envolto em panos de aflição
Onde estais vós, minha alegria,
Minha única salvação?
Procuro no tormento do mar
A razão de mais um dia,
Na procura de a encontrar,
Meu espírito desengonçado,
Aspira á harmonia.
Procura insensata!
Nada razoável!
Mas se já me perdi,
Não importa se mais ou menos instável.
No fim de contas,
A procura em vão,
Era meu certo
e empedrado caminho.
E agora enroscada,
o mar penteando,
me aquece vento marítimo
em meu aconchegante ninho.
Lágrima sem sorriso
Um muro...uma parede...
uma barreira...um obstáculo.
Uma lágrima vertida de um olho
um brilho que se acende sem sorriso
num amor esquecido
na certeza de que é o último juízo.
Castelo de nuvéns azuis e rosa
Belisquei-me pela milésima vez.
Robolei no alcatrão só para ter certeza...
Fiquei arranhada, ferida, magoada...
E fiquei feliz!!!
Loucos os que se magoam e ficam felizes?
Não!
Não me magoei pelo prazer da dor!
Quis sentir a dor que é o mais real do mundo real, só para ter a certeza de que estava acordada, só para ter certeza de que não estava a sonhar...
Agora sei que é real!!!
Ainda assim não deixa de ser um sonho!
Que castelo encantado aquele em que vivo neste momento!!! É de nunvéns azuis e rosa feito, e no ar perdura o teu cheiro doce, suave, sorrateiro... aquele que me envenena, que me deixa sem sentidos, onde me perco...o chão corre dos meus pés quando os teus lábios me tocam e o mundo de repente vai-se embora para não perturbar a paz que é o teu suave olhar.
Quanto o desejei, o quanto aguardei!!! E agora que te tenho não acredito, é bom demais para ser verdade: um castelo de nuvéns criado no ar, desceu à Terra só para eu entrar.
O mais belo do mundo é amar e ser-se amado...
Sereia
Sereia tu que acolhes,
Deitada serena nos mares
Os homens que encantas
Que matas em serenos olhares
Teu brilho maior
Que o canto antigo
Inovas o perigo
De uma simples passagem
Quem navega por perto
contigo desperta
Mas és bela demais
És pura miragem!
Sem palavras suficientes
Tão difícil é descrever,
o que penso,
o que sinto.
Se amar é não saber,
se falo,minto.
Desesperadamente sem título
Palavras inúmeras
decisão adiada.
No fim procuro o título...
e nada!
Para ser perfeito:
breves palavras ;
fortes de aço;
chamativas de laser nocturno;
de significado baço...
Não...não me ocorre...
Ler e reler...
interpertar de várias meneiras...
mas o título não espreita,
não vejo a hora de aparecer.
Saio à rua.
Em cada esquina observo
mas a estrada nua,
de meu pensamento,
se despe mais a cada momento.
Esperem, esperem!!!
Axu que tocou à campainha!!!
...
Múrmurios...
hummmm
Sim é ele!
Complexo em sua simplicidade
belo de encantar
chama com a beleza
de quem o tenta interpretar.
Ai meu anjo, que loucura!
Meu Anjo...
Ai meu anjo!!
Tua brancura,
tua ternura,
tua perfeição!!!
Ai meu Anjo, que loucura!
Que grito superior
eu gritarei!
De teu nome ao mundo
darei conhecimento.
Que todos saibam
que és tu o anjo
o meu único e perfeito Anjo!
Não questionem os céus
tua pureza,
teu interior belo,
tua celestial natureza!
Transparência a tua,
que voaste para mim,
é genuína e única
tua brancura,
desigual ao mundo
igual a ti mesmo,
igual ao pedaço de paraíso
que te preenche,
que transborda de teu ser.
Igual à parte de ti que deslumbra,
igual a ti e só a ti,
Anjo que iluminas a penumbra!
Ai meu Anjo!
Tua brancura,
tua ternura,
tua perfeição!!!
Ai meu Anjo, que loucura!