Filme
Felizmente
A mente feliz
Desmonta
Gradualmente
A mente dupla
Decupa
Duplamente
A mente aguda
Dequadra
Covardia
Minha lira tão desafinada
Aqui onde a esperança é uma piada
Emite acordes vários
três tonalidades misturadas.
Minha musa só imaginada
E nossas autoridades sociopatas
gritei, cantei aos morros
mas de tão massacrados, moucos!
E o meu mecenas que nunca me paga
sua tevê sempre, sempre ligada
Enchendo mentes frágeis com ouro de tolo
Apagando as fortes, enterrando tesouros.
Mas desregrado declamo
sobre abutres que sobrevoam o esgoto
O verdadeiro resultado
de represepados que odeiam o povo.
#trendingtopics
Troco gente falsa
Gente troco
Falsa gente toda
Verdadeiro toco
Troca falsa
Rosto rostos
Velhas faces novas
Face livro velho
Novas velhas
Falsidade livro
Troca troca
Nunca houve verdade
Bom dia (Gio Gomes 10/05/2005)
Normalmente não me encontro.
Parágrafo, virgula e ponto.
E então temos incomum manjar,
o mais fino da minha cortesia.
Algumas linhas de rebeldia
para acelerar a manhã do dia.
Eu incendeio encanto,
bravamente combato o pranto.
Removo a poeira do canto dos cantos.
Não posso simplesmente ver
a beleza da vida se desfazer.
Bem vindo e muito prazer,
chegada a hora, a morte vai morrer...
Tenho que cuidar a imaginação me falta,
o futebol agora é quem carrega a cruz de malta!
Onde exatamente vamos nos inspirar,
almoçar tevê, com bailes funk no jantar?
Cansado de encurtar discursos prolixos,
exercito o saltar da lata de lixo.
Já não adianta nada reclamar,
e por ter escrito isso
já sinto perdido nosso alto mar,
estendo a beira do precipício.
Somente um pouco de rebeldia
para acelerar a manhã do dia.
Contando Carneiros
Eu amo você
sei que não existe
mas te amo...
Melancolicamente
cultivo solidão,
o esquecimento em que me encontro
Amo de paixão um sonho
simplesmente amo, pronto...
Amo assim, derrepente,
desesperadamente
adio todos os encontros
Então amo, com meu tato
abandonado e todo recortado
entorpecido de paixão.
Flagelando-me novamente
atirando conto o conto,
choro em silêncio.
Escrevo mais uma canção.
Enterro mais uma semente.
Canções que ninguém quer ouvir,
Travesseiros espalhados pelo chão,
a pobre princesa carente;
sua alma, seus defeitos e sua razão.
O Sonho
Sonhos no bolso
Doce sonho sem gosto
Bolsa recheada.
Mesmo que pareça pouco
vale mais que ouro
açucarado pálido
Amarelo Âmbar.
E coloco-me a sonhar
regulando gula
doce sonho de leite
agudo, intenso
que o tempo ainda trará.
Lá se vai
Ah, sim, a alma...
Esta é uma coisa preciosa.
Essa fica, e fica...
Fica com a gente, vai com a gente...
E vai sem a gente.
Fica, alma, fica...
E aí a alma se vai,
Corpo com ela.
Mas fica sim a alma,
Depois que sai de perto
Permanece em nossos passos.
Porque estando perto de alguma alma
Ela deixa em você os traços
E quando te deixa,
ela não deixa ir junto.
Vivemos ficando pra trás.
Dissolução
Andar já não dá
e meu eu já era
começo a rir sem parar
estou profundamente lesado
de onde é que me atiram as pedras?
Onde é que está o problema?
Pensamos que unidade é dissolução
encontro em seus olhos
confrontos insólitos
ando na contra-mão
Habito seu mundo paralelo
onde nada do que faço faz sentido
em que perco da meada o momento
desando de sua mente de inimigo
Afundo no tempo
e meu eu já era.
começo a padronizar
mesmo que eu esteja sozinho
resolvo e aproveito meu pesar
Apóstata, extrínseco, apolar…
Eu já não faço elegias
eu me aproprio dos períodos
e dessa hipoglicemia.
by joe 28/07/2004