África, um continente esquecido
Peço encarecidamente aos colegas que "percam" alguns minutos com essa
verdade..................................
Assista ao mundo que existe além dos muros de sua casa!
Texto Reflexão
FOME é o monstro interno que devora o estômago da criança!
Criança que chora a miséria do mundo desigual, onde o rico joga no lixo o que julga ser nada:
a ESPERANÇA do futuro de milhares de vidas semi-mortas pela descrença em lideres de governos falidos.
Quais sentimentos esses futuros adultos (se chegarem a ser) terão dentro de si?
Poderemos achar a fé em peitos apedrejados pela desigualdade humana?
Vejo a dor latente nos olhos da mãe com seu filho pele e osso, franzino pela fome que o corrói, vejo nos olhos uma pergunta sem resposta:
Será que Deus se esconde nessa hora?
Inúmeros corações questionadores sem saber ao certo a razão da vida ser cruel para uns e “humana” para outros...
Vejo também o homem-bicho aquele que joga resto de vida no lixo!
Tão egoísta, serve em seu prato bem mais do que o corpo precisa.
Dai luz à criança que chora de fome, que treme de frio, que NÃO SONHA!
Sim, a morte dos sonhos é verdadeira morte em vida, ver olhos pequeninos sem o brilho da esperança. Acreditem: São mesmo olhos de criança!
Olhos que gritam: MUNDO EU EXISTO! Não pedi para nascer...
E clamam: dê-me o berço, o colo, o sapato, a comida, dê-me o AMOR!
Aqui no peito de HUMANA e mãe, a revolta grita de mãos atadas...
Em meus olhos uma lágrima gélida em súplica:
-Senhor dá-me motivos para ser poeta!
Caros amigos,
sei que não poderei mudar o mundo com esse "manifesto", mas se conseguir com que as pessoas
que por aqui passarem conscientizem-se ou apenas
parem por alguns instantes para refletir na vida
que levam e às vezes queixam-se sem saber -ou sem lembrar- que de sua porta para fora há um mundo esquecido e sem esperança. Se conseguir fazer com que ACORDEM para esse "mundo" sentirei que cumpri parte da minha missão na vida.
E pode ser que você pergunte a si mesmo:
-O que posso fazer?
Te respondo: Pode orar com fé e ainda dentro de sua casa iniciar a mudança.
Pois se todos nós fizermos um pouquinho, esse pouco somado à tantos outros pouquinhos já será muito.
E agora te pergunto:
Vai sobrar comida em seu prato hoje ou servirá apenas o que seu corpo precisa?
Silêncio íntimo de mim
Às vezes preciso mergulhar no meu silêncio,
nesse escuro solitário no íntimo de mim
como se precisasse só caber no meu espaço.
Atrevo-me dizer que até esqueço de acordar,
quando sonhos intensos me deslocam do lugar.
Então, perdida nos devaneios, entre a vida e a fantasia:
Fujo! Nem que seja de mim mesma,
nem que tenha que enlouquecer a realidade
para poder mergulhar no silêncio da minha fantasia
É esse muitas vezes o caminho que me perco,
um labirinto de desejos, de coisas que calei,
de outras que omiti,
de tantas outras que por medo não vivi.
E ali, no silêncio íntimo de mim,
sou os meus sonhos;
todos aqueles que deixei de sonhar...
Sou apenas Eu e ninguém vestido de mim,
simplesmente Eu e ninguém além de mim!
Anna Carvalho
http://despertardocoracao.blogspot.com/
Novos Ventos
Sinto o vento em meus cabelos,
a paz que há tempos não tinha
fez-se livre minh’alma e meus dias.
Sinto a leveza dos sonhos,
o meu coração agora risonho,
tal qual a almejada alforria
De um mundo confuso, confesso
as flores de esperança renascem,
os ventos norte me invadem...
Hoje o céu está tão lindo,
o Sol nasceu tão belo...
Eu, de pazes feitas com o mundo;
CELEBRO!
Anna Carvalho
http://despertardocoracao.blogspot.com/
A flor do poema
Queria ser apenas a flor,
para nas mãos daquele poeta
morrer de tanto amor.
De suas melodias ser a orquestra,
as notas, as letras, o ritmo
e o motivo a compor.
Para o poeta eu queria
ser de sua poesia a flor.
Renascida, convergida
à contemplar a fantasia
nos enredos de amor
Em sua boca seria o absinto,
entorpecendo lentamente os sentidos.
Do corpo seria sua alma e instintos,
à ministrar no silêncio da pele
por minha carne os desejos e vícios.
Desejaria ser do versar a musa,
nua de pele, vestida de letras
um poema em Mulher
a vida despida em poema.
Como o rio desaguando em mar aberto,
carregando na cor dos olhos dilemas.
Descreveria a pele vestida em mim
na poesia do poeta o desejo.
Do carmim de meus lábios
agregado ao doces dos beijos,
o arrepio sentido na pele
ao reagir a língua que a boca interpele
os inúmeros devaneios...
Queria ser princípio e fim.
A inspiração, as rimas, os versos,
os corretos e avessos confessos.
A sedução em contexto e reflexo,
daquele que poeta Hortênsias
sublimadas em delicados aspectos.
Queria ser do poema àquela flor,
para que no peito e nas mãos do poeta
pudesse viver descrita nos versos
que seu amor à inspiração confessou.
Anna Carvalho