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Abril 2008 - José Torres

Publicado por Luso-Poemas em 09-Apr-2008 23:10 (10581 leituras)

Neste meio, onde a criação é mãe de filhos incontáveis, destacamos, no mês de Abril, o Luso José Torres.
O José é um daqueles que não tem par, é tão único que não se dilui entre os demais. Sem cair em elogios de vento poderemos dizer (e por certo todos concordarão) que este autor faz parte de uma escola de auto-didatas muito rara o que é realçado na forte personalidade da sua escrita.
O autor tem, até agora, um livro publicado com o título: “A tristeza matou os peixes que nadavam nos teus olhos”. Esta obra aparece identificada e pode ser solicitada através do Luso-Poemas em:

http://www.luso-poemas.net/modules/news_04/article.php?storyid=29

De carácter rijo, com posições e opiniões marcadas, sabedor do que é estar em comunidade, é sem dúvida o destaque que se impunha no actual contexto do Luso-Poemas.
Nota, ainda, para o Luso Alemtagus, que foi convidado (na sequência do que aconteceu anteriormente com a Rosa Maria) para fazer parte da equipa de “conversadores” para esta entrevista.
Ficamos, então com uma pequena auto-biografia e com a conversa que tivemos com o José Torres:

AUTO-BIOGRAFIA


Nasci em Barcelinhos, em casa da minha avó “Quinhas”, no dia 10 de Agosto de 1967. Filho único até aos dezassete anos de idade, um dia disseram-me que ia ter um irmão…Fiquei radiante, mas não pensei: -fixe, vou ter alguém para brincar comigo. Pelo simples facto de que já fazia a barba e namorava…
Sou professor de Educação Física no ensino oficial há não muitos anos. Aliás, fiz uma grande ginástica até chegar á profissão: Estudei direito em Coimbra dois anos, aos quais juntei outros dois em Arqueologia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Tudo somado, quatro anos de intensa vida académica, e os meus pais a verem o sonho de um filho doutor por um canudo…
Após uma breve passagem frustrada pela indústria têxtil, florescente no concelho onde nasci, na tentativa de me redimir de um passado de repúblicas estudantis e boémia, dediquei-me durante vários anos ao Jornalismo. Trabalhei em rádio como pivot de informação, fiz reportagem na imprensa regional escrita, escrevi notícias a metro e lá me foram deixando ter opinião de vez em quando…
Sou casado com a Sandra, uma perfeccionista que me tem ajudado a ser mais organizado e metódico, mas antes de nos juntarmos, conheci e amei quase todas as letras do alfabeto feminino…
Tenho dois filhos fantásticos que amo.
A escrita nasceu comigo. Sonho um dia não fazer rigorosamente mais nada na vida senão escrever. No dia em que isso acontecer, outros escreverão por certo a minha biografia…
Até lá, aprendo a errar com os erros, mas cada vez menos.

ENTREVISTA


PauloAfonso (PA): Para começar a entrevista importa questionar: Quem é o José Torres do quotidiano?

Josetorres (JT): 40 anos, 25 de poemas, penso que é mais ou menos isso que se pode ler no meu perfil no Luso. Homem. Casado. Dois filhos que amo. Professor tardio. Filho de pais que o eram, e que nunca quis ser. Até ao dia...em que descobri que o era desde sempre.

Alemtagus (Al): No teu perfil do Luso diferencias idade biológica de idade cronológica, qual a tua idade cronológica?

JT: A minha idade é o tempo...
Eu, por vezes, tenho a sensação, e já escrevi isso, que escrevo fora do tempo. Se leram " O rapaz que escrevia poemas"

http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=23137,

descobrem-me. É marcadamente autobiográfico, esse conto. Aos dezassete, eu escrevia com a idade que tenho hoje. Serei velho já? Essa é uma questão que por vezes me coloco... Mas que estranha sina esta de escrever as coisas antes do tempo, fora do tempo…

Godi (Go): Na sua página de autor do luso-poemas possui uma pequena sinopse literária sobre seu percurso literário (25 anos de poesia). Então, expressa-nos como a prosa literária entrou neste contexto (se há algum tempo ou pertence a actualidade), além de uma pequena articulação desta com a poesia que já possuía em seu percurso de vida.

JJT: Comecei pelas “redacções”...lembram-se? Ensinaram-me a escrever e a ler, e esse foi o rastilho. Lembro-me de me elogiarem a fantasia nos textos, sempre coloridos por um desenho a lápis de cor.
Mais tarde pela adolescência, comecei a ler gente que ainda hoje leio, tive professores fantásticos e experimentei as primeiras emoções dos concursos literários.
Aos quinze escrevi AQUARIUS, um conto que perdi, e que tratava a questão do aborto...em 1982, portanto...ainda me lembro de algumas personagens, a saber: Vítima: Marmotinha de rabo na boca; Vilão: Tubarão; Médico clandestino: Peixe-espada... era uma espécie de fábula de que não preciso fazer a sinopse, e ganhou o primeiro prémio dum concurso local.
Depois, pelo secundário, no velho liceu de Barcelinhos, fiz parte da fundação da Revista Amanhecer, que ainda hoje se publica e está agora a recuperar alguns amigos desse tempo que, pela escola de escrita que constituiu se fizeram escritores.
Nessa altura já o poema me tinha encontrado... os primeiros bebiam no mesmo copo que o Mário de Sá Carneiro, o Pessoa, o Gedeão, o Al Berto e,pasmem, o Manuel Alegre.
Os neo-realistas, que depois conheci melhor quando fui para Coimbra estudar, encantavam-me. Não que a minha formação política fosse uma coisa marcada mas sentia a chama da revolta nas palavras porque as compreendia, porque trazia no peito uma ideia de liberdade, que não sei se hoje que já sou um homem experiente, sinto ainda.
O Manuel Alegre e a praça da canção, estiveram comigo um dia, numa semana cultural da escola, à frente de todos os colegas. Disse poemas dele e, no final do Sarau, o Manuel Freire (imaginem...o homem que cantava a Pedra Filosofal) deu-me uma palmada nas costas e disse-me qualquer coisa como: “A luta continua”, ou coisa do género... Penso que terminamos todos no velhinho Teatro Gil Vicente da minha cidade a cantar o “Grândola vila morena”.
Em Coimbra escrevia poemas. A prosa só veio bem mais tarde, no jornalismo.

Tália (Tl): Como é do conhecimento geral és um escritor de referência aqui no Luso. Escreves bem poesia, textos e contos. Sentes com isso alguma responsabilidade acrescida sempre que começas a escrever algo novo?

JT: Nem sequer penso nisso, Vanda. Na verdade escrevo porque isso faz, intimamente, parte de mim. Ao Luso devo tudo. Devo a minha quase descoberta da internet e o conhecimento de pessoas que, desde a primeira hora, me cercaram de carinho e amizade.
Foi através desta fantástica descoberta que, passados muitos anos, primeiro tentando recuperar textos e poemas antigos que perdi, depois, completamente envolvido, escrevendo de novo, estou até hoje. E já passou um ano.
Quanto a ser escritor de referência, isso é uma gentileza tua. Escrevo como muitos aqui. Sinto o Luso, verdadeiramente, como a minha casa da escrita... acreditem.

Valdevinoxis (Val): José, alguma vez a tristeza matou os peixes que nadam nos teus olhos quando olhas para o Luso?

JT: Já os deixou molhados de peixes.

Vera Silva (VS): Defines, no teu perfil, o Lusos como um clube de poetas vivos onde, de acordo ainda com as tuas palavras, iniciaste uma viagem dentro de ti. O que é que já descobriste de ti e dos outros?

JT: Este último ano vale por um século. Já te disse que escrevo fora do tempo?

VS: Eu sei... o tempo é apenas um mero pormenor que não te importa.

JT: Tenho a sensação, volvido este ano que tem tanto de eternidade como de presente, que nestes últimos tempos, funciono numa espécie de frenesim por tudo o que não disse antes.
Escrevo tão compulsivamente, como respiro.
Descobri, Vera, que a escrita faz parte de mim. Sem vaidades, perfeitamente consciente das minhas limitações, que não sou filólogo da língua, vivo nas palavras e por elas. Descobrindo-me verdadeiramente, descobri os outros.


Go: José, no luso-poemas, o que mais lhe agrada nas suas observações? Existe algo que o desagrada? Sobre os comentários, gosta de fazê-los? E de quem comenta (tanto de seus poemas quanto aos de outros autores), o que sente?

JT: Agrada-me a partilha. Agrada-me a amizade gerada. Agrada-me aquilo que me desagrada. Comento. Gosto de Comentar. Comento muito os comentários aos meus, comento os dos outros que me agradam, e ás vezes apetecia-me comentar mais os que me desagradam.
Sinto-me bem.

PA: Falar da escrita é ou pode ser o mesmo que falar de livros, feitos ou por fazer. Projectos?

JT: O primeiro livro é um livro imperfeito. Acreditas que cada vez gosto menos dele? Por várias razões de que não me apetece agora falar, mas a principal, é aquela que resulta da própria experiência de editar. Feito, ainda sem experiência, cheio de vontade, mas muito ligado a poemas passados, a histórias por desatar.
Depois deste primeiro, que fecha portas com o passado, abriram-se todas as janelas. Já escrevi vários contos que vão ser agora publicados pela Associação Às Artes, uma Associação fundada por gente da minha cidade natal, Barcelos, com o objectivo de divulgar a literatura e outras artes, fazendo a ponte entre os escritores e artistas locais e o mundo…
Aventurei-me num romance que estou a acabar. Pensar a escrita não tem, no entanto, que ser sinónimo de edição de livros. Escrever é um acto extremamente positivo. Quem escreve tem sempre a minha admiração, o que eu não gosto mesmo é de vaidosos, de gente que se promove de forma duvidosa pelos livros, meta isso subsídio camarário à mistura, ou qualquer outro tipo de mais valia para promover a mediocridade.

Al: Não sei se me é permitido, mas deixaria aqui três questões numa só:
Bem escrito, mal escrito. Quem achas que deve avaliar? Escrever bem, é escrever sem erros ou ter coragem para escrever? Que conta mais na escrita poética, quem escreve ou quem lê? Ao fim e ao cabo resumem-se as três à poesia.

JT: Reafirmo o que já disse atrás e em alguns textos editados no Luso:
Escrever, só por si, significa já um acto de reflexão sobre, um olhar sobranceiro a qualquer coisa. Escrever mal ou bem, não vem por aí mal ao mundo. Em primeiro lugar, deve ser quem escreve a ter a capacidade de se auto-avaliar, de reflectir se aquilo que escreve é suficientemente universal para poder ser exposto, depois saber ouvir os outros. Ter orelhas para a crítica que não sejam moucas.
Quanto aos erros, quem não erra? É erro dizer homem sem h? Não! É medida de grandeza saber-se homem e é quanto basta. Hoje cometo menos erros, a prática da escrita ajuda e o Val também… O que conta mais na escrita poética, na minha opinião, é o escritor saber retribuir a generosidade das palavras com humanismo, para que através delas possa ser melhor homem, venha a palavra vestida com h ou não.

Tl: Zé, em pouco tempo vimos alguns amigos e bons escritores abandonar o Luso. Queres comentar?

JT: Quero!
Há poucos dias jantei com o Silvério... o Celtibério, lembram-se? Rompemos a concha da virtualidade. E sabem o que ela escondia? O Homem tal como nos foi dado conhecer.
Refastelámo-nos em recordações, conversas com nós atados e desatados. Bebemos tinto, e comemos a alma em colheres de sobremesa. A dele, a minha, a de tantos amigos que se juntaram por amor à poesia. Falámos disto, desta coisa de se abandonar um lugar, mesmo que para trás tenham ficado tão boas memórias. Sabem a que conclusão chegamos? As memórias são o futuro de cada um. Sem elas perdemos identidade. Mas sem os nós...não nos desatamos.

Val: Não resisto a pedir-te para falar de dois Lusos que, de forma muito diversa, fazem parte de ti. Fala-nos da doce Beatriz Torres (a filha) e da polémica defunta Maria Cura (a personagem).

JT: Comecemos pela Beatriz. O que é que não sabem dela que já não vos tenha contado?

Val: É a tua pérola, José!

JT: A Beatriz é rapariga prendada. Uma curiosidade que assusta. Está constantemente a contribuir para que me repense, como homem e como pai. Um dilúvio. Uma descoberta pela forma como nos surpreende, pela argúcia e engenho.
A Maria Cura é outra história... Um romance. O primeiro. Representa um determinado tipo de mulher, liberta, sem tabús, que encara o sexo fora de qualquer estereótipo. Dada. É a minha melhor escrita, garanto-vos. Está viva em muitas páginas. Agarrei a história de unhas e dentes e já não a deixo fugir.
É também uma forma de agradecer ao Luso. A história vive ligada a este site. Não sabiam? Sabiam!...A ideia do diário digital tem ramificações. É no fundo uma marca do que escrevo: A virtualidade, as relações cibernéticas, os porquês e as respostas...Quando lerem, vão por certo compreender esta Maria.

VS: Zé, como professor e escritor, como encaras todas as mudanças que se avizinham com o novo acordo ortográfico?

JT: A língua é vida e, vive nela a identidade de um povo. Escrever mal ou bem não é relevante, se soubermos filtrar no coração o sangue que cada palavra transporta. Eu entendo a velhinha quando diz "auga"...ajudo-a a levar o cântaro à fonte, chame-se ela Leonor, seja formosa e não segura. Também sei compreender o meu aluno que utiliza Kapas nas frases. Sei entender a língua como património.
Eu tenho receio é de quem nos representa, a interposta pessoa. São os políticos que nos representam, mas porra (!), não acredito neles nem na sua bondade. Acordos ortográficos unificadores da chamada diáspora precisam , antes de mais, que saibamos merecer o que está para trás. Recuso terminantemente a visão economicista de uma sociedade, mais preocupada com os rótulos dos produtos. Eu entendo bem brasileiro. E África, entende-me?

Al: Poeta ou escritor de referência.

JT: Poema.

Tl: Como sabes finalmente vai haver o I Encontro do Luso. Penso que irás estar presente. O que esperas desse encontro?

JT: Vou estar certamente. Espero encontrar cada um de vós, como vos conheço. Poetas e amigos. Todos quantos tenho conhecido pessoalmente me fazem sentir que vale a pena a partilha desta amizade que o Luso, deveras, promove e se aconselha.

PA: Um desafio. Escolhe 6 palavras para dedicares a 6 pessoas. Pode ser?

JT: Primeira: Amizade - ao mundo
Segunda: Solidariedade- ao mesmo mundo
Terceira: Ajuda - ao terceiro mundo onde também estamos
Quarta: Amor - sempre em falta em cada um de nós
Quinta: Paz - para amar os meus filhos e aqueles de quem gosto
Sexta: Para vós que perdeis tempo a ler-me a alma, que não sei se mereço, a palavra é o somatório das outras todas: Gratidão.


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Enviado por Tópico
De Moura
Publicado: 10/04/2008 05:20  Atualizado: 10/04/2008 05:33
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Olá, José Torres,

Wow!
É a minha primeira palavra, sinónimo de lindo, mais que bonito, maravilhosa, interessantíssima entrevista...adorei...

Adoro estas entrevistas do Luso...se fica a conhecer uma parte da pessoa em questão, o qual ajuda tanto a defenir o outro, do outro lado do ecrã...

Foi isto exactamente que aqui aconteceu... bem, já sabia certas coisas, porque tinha lido no teu blog...

O que tenho a dizer á tua pessoa...é que és valente...tens os pés bem assentes no chão, sabes o que queres, o que realmente é uma virtude.

És um grande escritor não há uma única vírgula em semelhante palavra, simplesmente um ponto ...tanto na poesia como por certo em teus futuros romances...e disso já eu tive a prova...com a tua Maria Cura...

Os meus Parabéns por esta Master Piece de entrevista...os meus bons desejos para contigo são grandes...ao ponto que espero que sejas conhecido como um bom escritor, Português de Portugal... que já o és... e nós aqui no luso somos os privilegiados por já conhecermos um pouco das tuas obras, para não falar nas que estarão para vir.

Te mando um beijo de sorte para tua carreira como escritor, e muita felecidade pela vida fora com tua familia.

P.S. Me esquecia, espero um dia poder ler um dos teus livros em Inglês!

Alcina


Enviado por Tópico
FatinhaMussato
Publicado: 10/04/2008 05:59  Atualizado: 10/04/2008 06:01
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Olá, José Torres!

Tenho descoberto aos poucos esse mundo fascinante chamado "Luso Poemas" e acabei de descobrir a tua entrevista...

Achei muito bom conhecer-te um pouco melhor.

Tens um ar tão risonho e o que se mostra nesse bloco, faz jus à imagem que fazia de ti!

FatinhaMussato

Estou encantada com teu perfil...

Um homem forte, decidido, que sabe o que quer e o que esperar da vida!

Um abraço daqui do Brasil, para ti, José Torres, grande poeta!


Enviado por Tópico
Mel de Carvalho
Publicado: 10/04/2008 07:34  Atualizado: 10/04/2008 07:34
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Meu amigo Zé,

Tu, que um dia conheci virtualmente, que me ajudaste a crescer livre no mundo as palavras com os teus comentários (e neles toda a energia positiva e sã da identificação de quem comunga de hóstia igual), tu que ficarás para sempre ligado ao meu primeiro livro, dado que, entre vários amigos o prefaciaste, és um ser especial, sem dúvida, um amigo que me honra saber ter - um Leão carismático como todos os leões, um minhoto convicto e determinado, como regra geral todos os minhotos, um coração generoso como só tu, um impulsivo como só tu (…). Gosto de gente com fibra e com coluna vertebral e tu tens, Homem!

A tua história no mundo da palavra escrita ainda está por escrever, está como a de todos os que por aqui andam, em fase de expansão, de evolução. Todavia e não pretendendo fazer futurismo ou vidência (que não tenho bola de cristal), ouso dizer que, se algum de nós vai ficar nos anais da literatura serás tu!

De mim direi, para ti, o que já sabes: desejo-te o melhor do mundo, estarei sempre por aqui, por ali ou mais além para o que quiseres e sempre que quiseres (nem sempre dizendo “amem”, mas indiscutivelmente sempre num registo de profunda e sincera verdade e amizade).

Um abraço fraterno e os meus parabéns pelo Homem, pelo poeta, pelo prosador…

Mel(zinha)


Enviado por Tópico
Pedra Filosofal
Publicado: 10/04/2008 07:43  Atualizado: 10/04/2008 08:45
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Manuel Alegre e a Pedra Filosofal??? esses nomes dizem-me alguma coisa... que será??

Brincadeiras à parte...

Ter a oportunidade de conhecer, mais de perto, um escritor de referência do lusos e, seguramente, um dos meus escritores favoritos (e sabes bem disso, não é Zê?) é, para mim, razão mais do que válida para ler e reler esta entrevista.

Ler-te é ler textos de qualidade, sem dúvida alguma. É ler o homem, o poeta, o escritor. Porque a tua alma está em cada um dos textos que escreves. E em resposta à resposta a um comentário meu, acho que terás de te esforçar bastante para conseguires escrever alguma coisa que eu não goste...

Num site feito de pessoas, por pessoas e para as pessoas, nascem naturalmente amizades. E a nossa é uma delas.

Parabéns por este merecido destaque e um beijo


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/04/2008 09:13  Atualizado: 10/04/2008 09:13
 Re: Abril 2008 - José Torres
O Luso Poemas (a que aderi por convite de João Luís Ferreira há alguns meses atrás) constitui para mim um excepcional campo experimental, em todos os domínios, não só literários mas sobretudo, humanos. Tenho aprendido e ganho muito no Luso Poemas. De entre as personalidades mais ricas que aqui encontrei está, sem dúvida, José Torres, a quem a Administração entendeu, desta vez e muito justamente, destacar como o Luso do mês. A entrevista que nos é apresentada revela vertentes e imagens de José Torres que o configuram como um poeta de raiz, generoso, insatisfeito, sempre disponível a terçar armas por um mundo mais justo, mais livre, e mais saudável. Espero em breve conhecer pessoalmente José Torres. Até lá apresento-lhe as minhas sinceras felicitações. Um abraço.


Enviado por Tópico
Luis F
Publicado: 10/04/2008 09:44  Atualizado: 10/04/2008 09:44
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Caro amigo Zé

Eis que surge o merecido reconhecimento da comunidade Lusos por tudo aquilo que representas nesta casa.

A tua personalidade forte e amiga, as tuas palavras, os teus belos textos são referências e exemplos a seguir.

Atrás do homem, está a pessoa, o amigo, o escritor, a pessoa maravilhosa e humana que se destaca sempre pela positiva e sempre com palavras amigas, num verdadeiro espírito do ser e do saber.

Este momento é merecido e de facto “peca” por tardio.

Ler a tua entrevista, é conhecer mais o escritor, pois a pessoa já nós conhecíamos através das tuas palavras e da tua postura aqui neste nosso espaço.

Um abraço cheio de amizade e um obrigado por seres quem és

Luis F

PS - As fotos estão catitas


Enviado por Tópico
Julio Saraiva
Publicado: 10/04/2008 10:27  Atualizado: 10/04/2008 10:48
Colaborador
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 Re: Abril 2008 - José Torres
prezado torres,

conhecemo-nos apenas de alguns comentários recíprocos. mas, creio,de minha parte, o suficiente para aprender a admirar sua alta poesia. seu poder de criatividade é espantoso. num tempo de tanta mediocridade cultural e de tanto desrespeito com a poesia, só me resta cumprimentá-lo e dizer que minha admiração por você aumentou ainda mais depois desta brilhante entrevista. não costumo ficar em cima do muro. não devo nada a ninguém. e não preciso rasgar seda barata. para mim, ao lado de Henrique Pedro e Mel de Carvalho, você é um dos melhores autores que tenho lido deste site. conhece muito o seu ofício. tem intimidade suficiente com a palavra para chamá-la de você.

abraços,

do outro lado do oceano,

júlio


Enviado por Tópico
JSL
Publicado: 10/04/2008 10:31  Atualizado: 10/04/2008 10:33
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 Re: Abril 2008 - José Torres
A alegria ressuscitou os peixes que nadavam nos teus olhos. Talvez sim, sim com certeza.

Tem-se a impressão (como sabes) que já se sabia que o Zé iria ser o Luso do mês. E isso (como sabes) foi adivinhado e como tal não há melhor homenagem do que a própria descoberta.

Pena é não haver um critério mais objectivo e participado. Mas tal como esta entrevista polémicas à parte.

Fico-me pelo acordo das ortografias em guerra:

Somos do Teijo para tantos Tejo e porque será mais verdadeiro esse Tejo do que o nosso?

"O Teijo é maior que o rio que passa ..."

Dedico-te essa do Caeiro em jeito de mestria e com essa dedicatória um desejo:

Que possas escrever com alma para o despertar das almas cavernosas que povoam o nosso reino. Que a escrita seja a forma da nossa libertação e o nosso acordar para a eternidade. Não escrevas com o coração nem com a cabeça porquanto o ser é quem comanda a vida.

Somos Jes como diz o nosso amigo J. A todos eles brindo a tua entrevista em forma de lembrete do mui belo que tens escrito e sempre verdadeiro.


Para ti porque POETA


Dó-Ré-Mi-Fa-Sol-Lá-Si

Na morte o poeta é um DÓ
A poetisa é uma RÉ
Quem será então MI?
Da vida o poeta é FÁ
Fá de um outro SOL
E assim ele LÁ
Dói em SI


Enviado por Tópico
beatriz barroso
Publicado: 10/04/2008 12:38  Atualizado: 10/04/2008 12:38
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Olá,

Como eu bebi as suas palavras,os seus sentimentos, as suas emoções e divagações!

Ser poeta é estar mais além e eu esforço-me por lhe estender a mão, para o alcançar, daqui do meu coração ao seu, fica a minha tentativa.

A vida sem a poesia, como um campo sem verde, árido, seco.

Vamos continuar a plantá-lo?

Com um abraço de felicitações,

bea (betariz barroso)

Enviado por Tópico
beatriz barroso
Publicado: 10/04/2008 12:43  Atualizado: 10/04/2008 12:43
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Olá , (revisto porque me soube a pouco).

Como eu bebi as suas palavras, os seus sentimentos, as suas emoções e divagações!

Ser poeta é estar mais além e eu esforço-me por lhe estender a mão, para o alcançar, daqui do meu coração ao seu, fica a minha tentativa.

A vida sem a poesia é como um campo sem verde, árido, seco, inóspito por onde passamos os olhos e nada fica a não ser aquilo que a nossa imaginação lá pode semear...

Vamos continuar a plantá-lo, acreditando que ele se cobre de verde, de amarelo e de outras tantas belas cores?

Com um abraço de felicitações.

É bom partilhar este espaço consigo !

bea (beatriz barroso)


Enviado por Tópico
sanderscatherina
Publicado: 10/04/2008 13:19  Atualizado: 10/04/2008 13:19
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Parabéns aos entrevistadores e ao próprio José Torres pela entrevista. Está bem organizada e escrita.

Em pequenas linhas descobrimos mais alguns pormenores dum homem de alma literária....

Catherina


Enviado por Tópico
Margarete
Publicado: 10/04/2008 13:48  Atualizado: 10/04/2008 13:48
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 Abril 2008 para José Torres
Comovo-me ao ler todo o teu processo em sentimento que redemoinham dentro de ti e de mim, de nós todos. em minha face correm as lágrimas com uma ânsia maior do que o mundo, quero conhecer-te! quero espremer a tua sabedoria de um trago e reconhece-la para lá do vidro da janela que me separa da realidade, quero tudo! quero tanto!
Esta entrevista é o reflexo da tua face no lago da tua vida. Bendita seja a Beatriz e a Maria, bendito seja o José Torres e tudo o que escreve. Bendito sejas!
Antes de me ir deixa ainda que te entregue de rajada um texto que escrevemos juntos e que nunca esquecerei. Grata pela companhia, grata pela amizade, grata por tudo... e por muito mais!

"Em dueto com José Torres



Andava a poupar palavras para as gastar contigo. Ainda bem que vieste. Tenho tanto para te dizer…
Lembras-te do dia primeiro de cada um de nós? Ainda te lembras de como éramos?
Os nossos sorrisos nadavam no rio da nossa infância, despidos das roupas que deixamos debaixo da velha árvore com braços sobre as águas.
Tu eras a mais bela das raparigas. Lembro-me de o pensar, no momento em que as nossas bocas se colaram sem dó, as nossas mãos saíram do corpo de cada um sem segredos e se cruzaram; no momento em que deixamos de ser nós e fomos um só.
A areia tinha a cor da tua pele e foi a ela que segredei teus encantos ledos.
Vestias de água nos olhos e nadavam os peixes neles. Lembras-te?
Lembras-te de tudo que não te disse nesse dia?
Tenta recordar-te…
Dói-me esse silêncio feito de todas as ausências futuras. De todas as vezes em que sozinho gritei por ti e não estavas. De todas as vezes em que não houve rio, nem peixes, nem velha árvore de braços generosos para nos tomar.
Se ao menos o tivesse dito…se tão só o tivesse feito.

Hoje, encontrei-te.
O teu sorriso não engana, tem os mesmos pássaros dentro, a mesma generosidade da primeira vez.
Reconheci-te no cheiro de rio que trazes nos cabelos, na tua pele de areia, nos teus olhos de água soltos.
Passou tanto tempo…
Quero dizer-te…com as palavras que não saíram da minha boca nesse dia, primeiro do resto de todos os dias sem luz da minha vida… que te amo.
Ouves, meu amor?
AMO-TE.
Rompo as veias ao gritar-te, a palavra que choro por dentro, água do mesmo rio onde felizes fomos e, meu amor, quisera eu ainda ter-te, trazer-te presa a mim como sempre.
Calo esta palavra tão profunda quanto intensa, balanço na corda bamba da vida com o adeus amargo a suforcar-me de veneno a garganta. O que espera o amor para se fazer sentido? O que espera?
Não ouves meus pés correndo? Não segues as minhas pegadas? Porque páras então? Porque me fazes encontrar-te? Para me atirares ao coração as lascas de um passado que sonho ser presente! Curvo a minha dor, calado e sossegado.
E Amo-te tanto ou mais do que a primeira vez, amo-te e dói sentir-te ausente e não presente como sonho tanta vez.
Pela Primeira e Última vez... Amo-te!



Já podes ir em paz, espero recordar-te menos vezes..."

Obrigada amigo*


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/04/2008 14:55  Atualizado: 10/04/2008 14:55
 Re: Abril 2008 - José Torres
Olá Querido José,

Nós é que lhe devemos agradecimentos pela oportunidade que nos dá, em compartilhar dos seus textos e agora da sua entrevista.

Tudo o que vc disse aqui, corrobora com o que já tenho sentido de vc como pessoa humana.

Agora, mais do que nunca, tenho certeza que estou diante de um livre pensador e escritor. Gostaria de citar algo que vc disse na entrevista e que me calou profundamente:

..."Falámos disto, desta coisa de se abandonar um lugar, mesmo que para trás tenham ficado tão boas memórias. Sabem a que conclusão chegamos? As memórias são o futuro de cada um. Sem elas perdemos identidade. Mas sem os nós...não nos desatamos."

Querido José, depois de ler sua entrevista e essa conclusão, só tenho que te agradecer pelo que acaba de dizer ao meu coração.

Pra você desejo:

Que tenha muitos amigos verdadeiros.
Que tenha muitas pessoas solidárias a sua volta.
Que tenha sempre ajuda nos seus projetos de escritor, trazendo-lhe sorte e sucesso.
Que tenha muito amor daqueles que te ama incondicionalmente.
Que tenha paz em teu lar e na tua vida presente.
Que tenha a minha gratidão, por ter-me enriquecido esse tempo, em ler tua alma, que tenho certeza, tens o merecimento que vejo no brilho dos seus olhos, quando olho pra sua foto do seu perfil.

Somando contigo: Muito Obrigada!

Até mais ler...

Helen De Rose


Enviado por Tópico
Manuela Fonseca
Publicado: 10/04/2008 14:55  Atualizado: 10/04/2008 14:55
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Olá Zé!

Um mimo que nos ofereces aqui na tua entrevista. O homem desnudado que sempre foste, o poeta por excelência, o amigo do amigo!
E que bom ficar a conhecer um pouco mais de ti...

Parabéns do fundo do coração!

Beijinhos em palavras***

Manuela


Enviado por Tópico
luis manuel bc
Publicado: 10/04/2008 17:00  Atualizado: 10/04/2008 17:00
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Olá José Torres. Tenho lido alguns textos seus aqui no luso-poemas. Parabéns pela entrevista e parabéns pela originalidade nos poemas.


Enviado por Tópico
Alemtagus
Publicado: 10/04/2008 17:00  Atualizado: 10/04/2008 17:00
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 Re: Abril 2008 - José Torres p/ José Torres
Palavras curtas de significado enorme.
Curti do bués a entrevista... setôr Zé!

Abraço


Enviado por Tópico
juvepp
Publicado: 10/04/2008 18:51  Atualizado: 10/04/2008 18:51
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Olá José,
Obrigado. Adorei conhecer o homem que dá voz a uma poesia que, desde há uns tempos para cá, não me deixa indiferente. O verdadeiro poeta é por natureza conciliador, aceita até as vozes mais discordantes. É por natureza abrangente e tolerante. E isso foi o que eu li nesta entrevista. Qualidades estas que há muito estavam a ser construídas através da tua poesia e que agora confirmo.
Parabéns e continuação de profícuas inspirações poéticas


Enviado por Tópico
MariaSousa
Publicado: 10/04/2008 19:53  Atualizado: 10/04/2008 19:53
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Amigo José,

Fiquei muito contente de ver que és o Luso do Mês.
Para mim és um Luso de todos os dias porque sempre te leio.

Parabéns e muito sucesso em toda a tua Vida!

A minha admiração por ti encontra-se espelhada em todos os comentários que deixo nos teus textos portanto, pouco mais tenho para dizer neste momento

Um beijo cheio de Poesia

e até breve!


PS: Os entrevistadores também estão de Parabéns


Enviado por Tópico
Gilberto
Publicado: 10/04/2008 21:55  Atualizado: 10/04/2008 21:55
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Olá, amigo Torres.
Em primeiro lugar: obrigado por te dares a conhecer a todos nós, de uma forma mais intima, mais pessoal.

Em segundo lugar: o muito obrigado! Pelos teus magníficos poemas, e pela tua amizade.

Os meus sinceros parabéns! Por este mais do que merecido destaque.

Um grande abraço!

Gilberto


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/04/2008 23:27  Atualizado: 11/04/2008 00:27
 Re: Abril 2008 - José Torres
Então ô Xará, não é qualquer um que se desnuda assim como fizeste na entrevista, abrindo a camisa de supetão, arrancando os botões, e de peito aberto, jogou para o nosso olhar e pensar; suas verdades e aspirações do bom homem, pai, professor e escritor José Torres. Referências que captei na imparcialidade de suas declarações. Bom poeta eu já sabia, pelo que de boa escrita tens proporcionado aos seus ledores, eu como um deles é claro. Portanto, você se destaca, e eu aplaudo essa justa homenagem ao amigo. Desejo-lhe; sucesso sempre.
Um forte abraço, aqui do Carioca.


Enviado por Tópico
yiannis
Publicado: 11/04/2008 00:17  Atualizado: 11/04/2008 00:31
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Quero deixar aqui um grande abraço ao meu amigo José Torres, e parabéns por esta merecida e distinta homenagem a um grande mágico da escrita, na sua peculiar expressão poética... Mas, note-se, a próxima rodada é tua!!...
Não escapas!

PS: Ó Zé aperta o laço!!!!..hehehehhehh..


Enviado por Tópico
ângelaLugo
Publicado: 11/04/2008 03:22  Atualizado: 11/04/2008 03:22
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Mensagens: 14852
 Re: Abril 2008 - José Torres
Querido poeta

Não conhecia este homem atrás da poesia
Apesar de saber que dentro de cada verso
que é escrito sempre expomos um pouco
de nós mesmos.
Fiquei feliz em poder conhecer um pouco
do homem poeta que desperta muitos
elogios aos seus escritos, o romance que
comentou em sua entrevista eu li o que
postou e gostei imensamente.
A sua filinha é uma poeta-mirim que tal
como o pai é nata na escrita e quero deixar
o meus parabéns a ela aqui em sua entrevista
José Torres obrigado pela partilha de expor
aqui nesta entrevista a sua pessoa...
Parabéns hoje e sempre e continue sendo esta
pessoa que é para que possamos desfrutar de
sua escrita...

Grande beijo seja feliz e tenha muito sucesso


Enviado por Tópico
rosamaria
Publicado: 11/04/2008 10:50  Atualizado: 11/04/2008 10:50
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Olá José Torres
Parabéns pela entrevista, parabéns ao Luso-Poemas pela escolha do entrevistado.
Da sua bela entrevista destaco um pedaçinho com o qual me identifico bastante:
"As memórias são o futuro de cada um. Sem elas perdemos identidade. Mas sem os nós...não nos desatamos."
jinhos
Rosamaria


Enviado por Tópico
Rogério Beça
Publicado: 11/04/2008 12:49  Atualizado: 11/04/2008 12:49
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Poeta ou escritor de referência?
Poema.
Está tudo dito!
A escolha de José Torres como Luso do mês foi, sem dúvida, acertada, pela qualidade de escrita com que nos presenteia sempre.
A entrevista foi bem conduzida e pudémos ficar a conhecer um pouco melhor a vida para além das letras.

Parabéns ao "feliz contemplado" e à adminstração pela escolha.


Enviado por Tópico
Le Tab
Publicado: 11/04/2008 13:43  Atualizado: 11/04/2008 13:43
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Posso estar ausente mas estou sempre presente. Presente fiquei quando um dia te li e me reli, nessas tuas entrelinhas da escrita. Nessa altura me revi, em muitas letras formando um belo texto.Então imaginei como seria possível existir alguém que me conhece tão bem, sem nunca o ter conhecido? Cheguei a conclusão que é o poder das palavras, esse mundo que nos tanto maravilha, surpreende e por vezes tanta dor nos trás. Mas sem ele não conseguimos viver. Embora ausente, a minha admiração não diminui, esta sempre contigo, pois tu fazes com que cresça e nunca morra esse mundo maravilhoso. Abraços de um admirador teu, que o conquistaste ao longo do tempo com os teus textos.


Enviado por Tópico
goretidias
Publicado: 11/04/2008 14:04  Atualizado: 11/04/2008 14:04
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Muitos parabéns para o merecido prémio. E muitos parabéns pela excelente entrevista!
Um abraço



Enviado por Tópico
Ibernise
Publicado: 11/04/2008 19:41  Atualizado: 11/04/2008 19:41
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 Re: Abril 2008 - José Torres
Caríssimo poeta José Torres. Parabéns pela justa homenagem.Gostei muito da entrevista. Sobre o poeta, sobre e homem José Torres. A personalidade que aflora surpreende positivamente, afinando as relações e os tons da comunicação. Receba meu abraço fraterno d´além mar.
Bye amigo.

Ibernise


Enviado por Tópico
flavio silver
Publicado: 12/04/2008 17:26  Atualizado: 12/04/2008 17:26
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Mensagens: 1001
 Re: Abril 2008 - José Torres
quem ainda tiver duvidas quanto à grandeza deste autor, que leia a entrevista novamente, que se pasme com a forma brilhante em que ele responde poéticamente e sabedor às questões com palavras novas.

é merecido este destaque a este homem que escreve com carne e alma . vejo e sinto nele um vulcão que está prestes a expelir a sua lava, os seus provérbios, as suas iras, os seus olhos, as suas pernas, todo o corpo para dentro do papel.
desenha palavras como quem inventa o abecedário dos animais, tem com certeza ainda muito para nos surpreender. eu sei, eu já vi este filme, em que o escritor se entrega às palavras e sem elas não pode sobreviver.

ler josetorres é escutar as algas do mar, é entrar na palestina como se nada fosse. desculpa zé mas não consigo dizer por palavras naturais o teu curso de tinta de alma.
gosto de te ler, gosto dos melros que colocas em cada palavras, gosto da ciência em nada objectiva com que me pões a duvidar.
significas as flores com as metáforas bem escolhidas e semeadas. tens sorte, tens muita sorte em teres uma luz,uma luz com que nos iluminas.
"se o meu fado não me engana", ver-te-ei daqui a breves tempos, autogrando livros e livros em cima de qualquer estante metafisica, ao lado dos melhores.
a tua simplicidade levar-te-á ao cume, onde só as águias reais se atrevem.
conhecemo-nos desde sempre, palavras tuas que eu sublinho, cruzamos rumos e ventos, tocamos harmónicos em madrugadas cristalinas. o teu verbo é escrever. a tua santa é escrever. o teu oficio é escrever. a tua luta é o amor.
despeço-me então, curvado ao teu veio que atravessa toda a cidade e deixas a bica aberta para quem quiser beber.
um bem haja a quem te fez, um obrigado ao teu estilo maluco de pores à prova a literatura com o teu cabedal literário.
um abraço de norte a sul.
gosto de ti e pronto.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/04/2008 17:58  Atualizado: 22/05/2008 18:14
 Re: Abril 2008 - José Torres
Olá amigo e escritor José Torres, galardoado esse mês para o destaque de Abril. Em conversa com o Val, (para a escolha do autor do mês corrente e que é representado por vossa pessoa), seu nome foi consensualmente visto como o autor que daria orgulho ao espaço pela sua capacidade de congregar valores e qualidades.
A sua redescoberta as letras é uma síntese, pois representa todos, (a mim também), pois vivia a margem das letras, num quase ostracismo e assim foi não só para você mas para todos nós um verdadeiro renascimento, essa descoberta do luso-poemas.
Fica aqui as minhas congratulações, e os parabéns distintos pelo destaque merecido e justo. Você é um excelente autor, que bom termos a partilhas de teus textos por aqui.

Um afetuoso abraço e parabéns! Godi.


Enviado por Tópico
britoribeiro
Publicado: 12/04/2008 20:55  Atualizado: 12/04/2008 20:55
Muito Participativo
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Localidade: Vila Praia de Âncora
Mensagens: 51
 Re: Abril 2008 - José Torres
Parabéns por este merecido prémio e pela fantástica entrevista.

Abraço


Enviado por Tópico
Beatriz Torres
Publicado: 12/04/2008 21:07  Atualizado: 12/04/2008 21:09
Participativo
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Mensagens: 49
 Re: Abril 2008 - José Torres
Querido Pai,
muitos parabéns, estou impressionada contigo, nunca te vi chegar tão longe...
Quando crescer quero ser como tu.
Um dia irei olhar para o céu à noite e irei ver a tua constelação: a palavra.

Muitos beijos de parabéns


Enviado por Tópico
Carolina
Publicado: 12/04/2008 22:26  Atualizado: 12/04/2008 22:26
Membro de honra
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Localidade: Porto
Mensagens: 3422
 Re: Abril 2008 - José Torres
Olá Zé Torres de Barcelos

Lembro-me da reunião de finais de Primavera de 2007, na sala dos alunos, éramos muitos, o Renato, nosso chefe/ presidente, disse-nos que um colega nos ia apresentar o livro que tinha editado.

As profs todas juntas e sai-nos um homem de olhos azuis, cochichos, sorrisos malandros, depois as histórias que contaste, a leitura de poemas teus, mais sorrisos...enfim deixaste-nos a sonhar!

Por fim, o livro, compramos e depois ....sei lá, fomos trabalhar!

Realmente está bem entregue esta distinção do luso-poemas, mereces.

Parabéns colega de gente miúda, não de fato, mas de facto, pois bebemos diariamente tudo o que os miúdos nos trazem, a tristeza, a alegria, as histórias ...

A entrevista está soberba, estiveste mui bem acompanhado, no reconto do fadinho da tua vida e mostras-te o lindo ser humano que és.

E a Maria Cura?

Como vai o conto, já se sabe quem a assassinou?



Beijocas

Carolina


Enviado por Tópico
Amora
Publicado: 12/04/2008 22:29  Atualizado: 12/04/2008 22:29
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Localidade: Brasil
Mensagens: 4705
 Re: Abril 2008 - José Torres
Torres (são muitas as que te sustentam, eu sei, e posso até imaginar de que são feitas),
Nesse momento de dor em que me encontro agora, desenhei uma brecha por onde escapei para vir aqui dizer-te que é uma honra estar na mesma casa em que habitas. É isso.


Enviado por Tópico
Karla Bardanza
Publicado: 12/04/2008 23:03  Atualizado: 12/04/2008 23:03
Colaborador
Usuário desde: 24/06/2007
Localidade:
Mensagens: 3263
 Re: Abril 2008 - José Torres
Olá José Torres!

Maravilhoso conhecer a tua história de vida!Tua família é linda!E tua escrita é fantástica!
Beijo de Luz!
Karla Bardanza


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/04/2008 22:38  Atualizado: 13/04/2008 22:57
 Re: Abril 2008 - José Torres
José Torres,

Vou andar ligeiramente afastado do site por falta de tempo. Ando em tentativa de fazer uma melhor gestão do tempo aliás.
De qualquer forma o tempo que "gastei" (salvo seja) a ler a entrevista foi muito bem gasto. Parabéns!


Enviado por Tópico
cleo
Publicado: 13/04/2008 23:04  Atualizado: 13/04/2008 23:04
Usuário desde: 02/03/2007
Localidade: Queluz
Mensagens: 3731
 Re: Abril 2008 - José Torres
José
Uma entrevista que gostei imenso de ler, pois permitiu-me conhecer um pouco mais do homem que escreve de uma forma tão peculiar e que eu tanto gosto. Não conheço mais ninguém com este género de escrita!
Está ali uma foto que me fez sorrir, pois tenho uma igualzinha ali num álbum de fotografias do meu filho. Só que a cores e a bacia é de plástico...

Terei muito gosto em conhecer ao vivo e a cores, um dia destes, o José que aqui se mostrou para todos, sem vaidades nem pretensões de protagonismos!

Um beijo



Enviado por Tópico
Tytta
Publicado: 14/04/2008 21:38  Atualizado: 14/04/2008 21:38
Colaborador
Usuário desde: 22/02/2007
Localidade: Portugal
Mensagens: 789
 Re: Abril 2008 - José Torres
Amigo José Torres,
estou aqui para te felicitar pela maravilhosa escrita com que sou contemplada a cada leitura que faço dos teus poemas.
Deixo aqui a "Sexta palavra" para que saibas que eu fico grata por ler cada palavra e cada poesia que colocas no Luso com alma.
Votos de felicidades.
Jinhos, Tytta


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 15/04/2008 20:38  Atualizado: 15/04/2008 20:38
 Re: Abril 2008 - José Torres
Parabéns José Torres.
Bj
ConceiçãoB


Enviado por Tópico
HorrorisCausa
Publicado: 15/04/2008 21:54  Atualizado: 15/04/2008 21:54
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Mensagens: 3597
 Re: Abril 2008 - José Torres
A tua escrita é um manacial que não cessa, porque o ser humano está presente.

Data venia!
(Com a devida vénia)


Enviado por Tópico
Tália
Publicado: 16/04/2008 21:03  Atualizado: 16/04/2008 21:03
Colaborador
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Localidade: Lisboa
Mensagens: 2489
 Re: Abril 2008 - José Torres


Chegou a minha vez, as palavras vão ser poucas, já tantos disseram tanto...

Parabéns pela entrevista e pelo Homem que és (com letra grande).

Apenas não concordo contigo quando dizes:
"Escrever mal ou bem, não vem por aí mal ao mundo..." pois acho que não é bem assim

Deixo-te um abraço que espero que se concretize em breve

Vanda


Enviado por Tópico
maduro
Publicado: 17/04/2008 16:44  Atualizado: 17/04/2008 16:44
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Mensagens: 73
 Re: Abril 2008 - José Torres
Caro amigo,
Como to mesmo disseste, tenho andado afastado, coisas da vida, que fossem todas assim, pois não é nada de grave.
Só agora li a entrevista e, curiosamente, lamento ter-te que dizer que nada me surpreendeu nela.
Bem hajas e um abraço.

PS. Parabéns por esses rebentos, merecem o pai.


Enviado por Tópico
TrabisDeMentia
Publicado: 17/04/2008 19:10  Atualizado: 17/04/2008 19:10
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Localidade: Bombarral
Mensagens: 2331
 Re: Abril 2008 - José Torres
Olá José, já te disse algures por aqui que valeu a pena este Luso-Poemas nem que fosse somente pelo valor que encontraste nele. Quando um dia acabar (posto que tudo acaba), saberemos que não foi em vão. Fazes-me sentir orgulhoso, mas acima de tudo, muito devedor.

Muito obrigado por tudo.
Até breve.

(Parabéns à administração pela entrevista)


Enviado por Tópico
Valdevinoxis
Publicado: 18/04/2008 16:50  Atualizado: 18/04/2008 16:52
Administrador
Usuário desde: 27/10/2006
Localidade: Aguiar, Viana do Alentejo
Mensagens: 2097
 Re: Abril 2008 - José Torres
José, por norma não comento conversas de amigos, como é o caso. Nesta vou abrir uma excepção, não por desconsiderar os anteriores (não o faço, muito ao contrário) mas, antes, por te considerar em grande medida.
Digo-te que se alguma vez respondesse a estas questões, queria responder como tu. Não conheço ninguém neste mundo de escritores (não duvidem que o são todos) que seja tão marcadamente filho, pai, marido e irmão da palavra como tu. Acho que inspiras letras e consegues expirar textos.
Esta entrevista (como a chamamos), é sintoma de uma doença crónica que não se quer curar porque, ao contrário de outras maleitas, esta é boa, doce, dá alegria, vida e é toda verdadeira.
Meu caro, que vivam todos e tudo o que te fizer escrever.

Manuel Saiote (Valdevinoxis)


Enviado por Tópico
isabel_pt
Publicado: 22/04/2008 04:32  Atualizado: 22/04/2008 04:32
Participativo
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Localidade: lisboa
Mensagens: 32
 Re: Abril 2008 - José Torres
"Escrevo tão compulsivamente, como respiro."

e

o título do livro

levam-me a querer conhecer as suas palavras.


Enviado por Tópico
Andy
Publicado: 28/04/2008 11:43  Atualizado: 28/04/2008 11:43
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Mensagens: 1998
 Re: Abril 2008 - José Torres
...simples, directo, conciso no pensar, que transformas em escrita, com uma facilidade tremenda, tal como dizes, a escrita nasceu contigo, só pode!...este destaque/homenagem, que te proporcionaram aqui no Luso é inteiramente justa e merecida!
...a ti, José Torres, Homem da palavra directa e sem espinhas, que é como eu em pensamento classifico algumas (muitas) das tuas intervenções por aqui... o meu abraço de parabéns!!



andy

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