Poemas : 

Por Saudade (133ª Poesia de um Canalha)

 
Acordei a minha última musa
Como se meu silêncio falasse
Ali entre dedos sem segredos
Em idiomas que ninguém usa
Ou língua que se maltratasse
Rasgada por força dos medos

Com ela bailei debaixo do sol
De alva flor nos lábios rubros
Beijados nuns seus despertos
À sombra acetinada do lençol
Dobrada por outros outubros
Uns de folhas secas desertos

Depois ali me adormeceu ela
Sonhos abraçados ao regaço
Coração afagado pelas mãos
Mãe aind'a mulher mais bela
Lida a cada poema que traço
D'olhos felizes e tristes vãos


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
Aline Lima
Publicado: 07/08/2025 01:52  Atualizado: 07/08/2025 01:52
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 Re: Por Saudade (133ª Poesia de um Canalha) P/ Alemtagus
Olá, Alemtagus.
Tão bonita essa ternura entre desejo e vazio. A musa aparece como abrigo e ausência ao mesmo tempo, uma presença que acolhe e falta, trazendo uma mistura delicada de afeto e silêncio, como se o poema definisse a própria saudade.
Abraço.