Nunca eu poderia dar-te tudo o que precisas
Como tu nunca poderias me dar o que anseio.
E nunca eu poderia colocar em ti, as culpas.
Como não poderias apenas com teus beijos
Aliviar-me...
Como eu nunca poderia dizer-te nunca
(Nunca pode ser longe demais...
Algum lugar perdido... Distante, numa dimensão
Paralela, paraláctica, onde seres magníficos surgem,
Sempre ao entardecer, para darem vidas as
Coisas noturnas).
Se, de tudo, o que desejo de ti, o mais valioso
Tu me negaste: O livre desejo de viver!
Pois, se vivo, para de alguma forma morrer
Percebo que o que mais preciso é querer.
E, se querer é poder,
Então eu quero!
E poder é aquilo que não se alcança:
Se furta! Como um estrupo acompanhado de um
Urro de um urso e pela falta do sorriso
Que nunca me deste...
Que nunca poderias me dar...
Nunca!
Gyl Ferrys