Poemas, frases e mensagens sobre livro

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares sobre livro

A Minha Carne É Feita De Livros

 
 
A Minha Carne É Feita De Livros

A minha carne é feita de livros...
de histórias da carochinha
vividas no vapor da boca
que no adeus da aurora
cobriam de magia
o tormento do meu travesseiro

A minha carne é feita de livros...
encaixados à força da régua e do carimbo
do "tens que aprender a lição!"
enquanto lá fora...
a saia primaveril que vestia os meus sonhos
me inundava de interjeições...

A minha carne é feita de livros...
e rogo a quem os abriu
o milagre de jamais os fechar...

Luiz Sommerville Junior, 2010

In a Madrugada Das Flores, Edição Waf-Corpos Editora.

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A Minha Carne É Feita De Livros

Index

 
 
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Index

Doíam-me os poemas
nas suas páginas em combustão
alastrava a raiva dum fogo posto
Para o qual não havia água
Que o abrandasse
Lacrimejava-me o olhar
De tanto verso incendiário
- Quem é que via o meu sangue a arder ?

E se me perguntares:
Qual a razão desse impulso ardente
Dir-te-ei:
-Nunca soube em que ponto cardeal
O poema se cruza com a sua estrela ! ...

Luíz Sommerville Junior, Eu Canto O Poema Mudo, 120320141607

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Index

Banco de jardim

 
Banco de jardim
 
AH!
Adoro pôr o til bem cedo pela manhã
Colocar um acento no café
Puxar da cedilha de um maço
E fazer uma bolinha no i de um livro
Cada letra sumida que eu corrijo
Me traz lembranças do passado
Me lembra que o dia de hoje é
Outra página para reler amanhã

E no banco de um jardim descuidado
Quando pela tarde se faz tarde
Pouso este meu livro para pensar:
"Onde irá dar cada estrada empedernida que o atravessa?
Que história é essa que contam por aí?
Que existem jardins mais lindos que eu nunca vi?
...Sentado eu fico. Escrevendo prossigo:
"Este jardim descuidado é o meu abrigo
E essas estradas eu adivinho que irão dar
A jardins, que como o meu, estão por cuidar.."

Aff!
Mais uma noite, mais um til no meu divã
Como sempre ligo os "és" do candeeiro
E chegando a cedilha ao meu lençol
Fecho o meu "livro" entre aspas
 
Banco de jardim

O amador

 
Quem está aprendendo alguma coisa, deveria ser chamado de aprendiz ou iniciante, não de amador. Amador é quem faz algo por amor. Às vezes a diferença entre amador e profissional é só porque um faz por amor e o outro faz por dinheiro. Então o amador deveria ser mais valorizado, porque tem muitos “profissionais” que trabalham sem amor nenhum à profissão. Infelizmente o que faz alguém ser chamado de “profissional”, é só porque sobrevive daquilo.

Quantos escritores podem ser considerados profissionais? Poucos, não é? Uma vez eu li um escritor dizendo que o único escritor no Brasil, que vivia só de livros, era Jorge Amado. Isso naquela época, porque agora tem o Paulo Coelho e deve ter mais meia dúzia.

O que faz um escritor ser considerado profissional? É só publicar um livro? É publicar um livro, e fazer parte da Academia Brasileira de Letras?
No tempo de Drummond, Bandeira etc, quando a poesia era mais “consumida”, todos os poetas sobreviviam como cronistas dos jornais ou trabalhando com outras coisas. Nunca li algo dizendo que eles sobrevivessem de literatura. Será que eles eram considerados amadores, na época?

Vender livros hoje em dia está muito difícil... Além do povo não ser muito chegado à leitura, os livros estão muito caros e o povo não tem dinheiro. Como viver de livros? Conheço alguns poetas que se esforçam para publicar um livro, e depois saem vendendo de bar em bar... Tem muita gente que compra, só por comprar. Quando chega em casa joga o livro em um canto, ou fica usando para guardar contas.

Uma vez eu encontrei uma amiga, que eu sabia não ter a menor simpatia com poesia, com o livro de um poeta (conhecido meu) nas mãos. Aí eu falei: eu conheço esse poeta, nós já participamos de um grupo. Onde você comprou? Ela respondeu: eu estava em um bar com o meu namorado, aí ele chegou, perguntou o nosso nome, escreveu no livro e... dez reais. Eu ia até perguntar se ele te conhecia mas, desisti. Então eu falei: poxa menina, deveria ter perguntado. Eu queria saber o que ele iria dizer... Depois você me empresta esse livro? Ela prontamente tirou dois recibos de dentro do livro, perguntou-me se eu queria uma revistinha que estava em minha mão, eu entreguei-lhe a revistinha, ela botou os recibos dentro e entregou-me o livro dizendo: tome, fique.

Aí eu pergunto: quantas pessoas que ele vendeu o livro, fez essa mesma coisa ou pior? Esse livro pelo menos veio parar nas minhas mãos e está guardado. Mas quantos já se acabaram sem ninguém dar uma “olhadinha”? E o poeta chega em casa, achando que as tantas pessoas que “compraram” o seu livro, estão conhecendo o seu trabalho...
Será que vale a pena fazer isso?

A.J. Cardiais
07.01.2012
 
O amador

O LIVRO DA VIDA

 
O LIVRO DA VIDA
 
O LIVRO DA VIDA

Meu livro está coberto de pó
Caem folhas deste meu livro da vida
Pouco a pouco vou ficando mais só
No peito uma ferida
Que é página esquecida.

O amor era o pilar
Da nossa janela ensolarada
Adivinho o futuro encosto-a devagar
Sinto o calor do teu corpo daqui a nada.
Folheio e vou sonhando
Olho as sardinheiras floridas
E o livro vou folheando
É a minha vida inteira,
nestas folhas caídas.

Neste livro se lê
Que te amei de verdade
E ainda assim sem eu saber porquê!?
As folhas molho com lágrimas de saudade.

Perdi quase tudo até o medo de morrer
Este livro está velho como a vida
E hoje dou comigo a descrever
Memórias duma memória enlouquecida.
Guardei as folhas do fim
Vivo à espera do que há-de chegar
Do abraço quando te chegas a mim
Do livro que há-de acabar
Quando a vida de ti me afastar.

rosafogo
natalia nuno
 
O LIVRO DA VIDA

Um Livro nas Mãos

 
Um Livro nas Mãos
 
O livro é uma porta que se abre,
É a chance de ver o mundo nas mãos.
Cada livro lido, por mim, por você
É um passeio pelas janelas do mundo
Onde se aprende a viajar,
a voar como anjos
e construir lindos castelos.

O livro é uma luz
para os cegos de conhecimento.
Não há presente melhor
do que estimular a leitura.

Sair da escuridão, ver a luz do saber
clareando os caminhos, e poder
participar do mundo competitivo,
é de fato gratificante.
Ensinar é dever do mestre...

Tornar-se leitor
É o caminho para o conhecimento,
É um ato de amor para consigo mesmo.
É construir pontes
Com passagens
Para um mundo melhor...
O mundo do saber.

Diná Fernandes (amopoesias)
 
Um Livro nas Mãos

O que eu queria...

 
O que eu queria mesmo na vida...

Era um simples atalho...
Que me guiasse ao monte,
Onde sentisse orvalho,
Onde enxergasse horizonte!

Um simples destino...
Que me levasse aos caminhos,
Aqueles que eu até imagino,
Aqueles dos teus carinhos!

O que eu queria mesmo na vida...

Era uma raiz mais profunda...
Que a chuva não arrancasse...
Ser mesmo primeira, não segunda,
A única que te completasse!

Uma cerveja sempre gelada...
Que não findasse o gosto da ilusão,
Ouvindo sempre a canção: És amada!
Aquela que escrevestes com paixão!

O que eu queria mesmo na vida ...

Era escrever um livro e bolar a capa,
Contando esperiência mesmo comum!
Desta vida, não pular nenhuma etapa,
Até as que não há personagem algum!

Era ter o mapa dos sonhos de criança,
Mapa da mina, tesouros de ouro!
Véus que vestem minha lembrança,
E dividem com você esperança no futuro!

08/01/2010
 
O que eu queria...

O vôo da estirpe - O universo de Enzo...

 
 
Queria poder entender melhor o universo de Enzo, daria uma história; poderia navegar nesta hipótese como algo inusitado. Não existe o mundo de Enzo, e sim, Enzo é um mundo... Para tornar-me parte, é preciso infiltrar-se; descobrir a porta da entrada; para cada porta haverá uma chave, um código, uma interpretação...
Ele guarda em si, os enigmas que necessariamente quero me aproximar para tentar fazer parte e entendê-lo; vou me envolver com seus aspectos; derramar-me silenciosamente em suas camadas secretas. Ele é uma pergunta no vazio; um questionamento insólito e extravagante por sua extensão. Um mundo desconhecido e enriquecido por sorrisos ternos quase infantis.

(TRECHOS DO LIVRO O VÔO DA ESTIRPE)

ADRIANA VARGAS DE AGUIAR

CONVIDO A TODOS A ESTAREM PARTICIPANDO DE MEU BLOG E CONHECENDO UM POUCO MAIS DE MEU TRABALHO
BLOG: http://drisph.blogspot.com/

YOUTUBE: http://www.youtube.com/watch?v=FjdVNIG_YCQ
 
O vôo da estirpe - O universo de Enzo...

O fio de luz no penhasco

 
Na divisão final
Entre perdas e ganhos
Restou a suave música
De longínquas partituras
Despencando.

Olhar atento de
Navegante que não descura
Tempestades
A solidão disfarça a sua loucura
No fio de luz no penhasco.

Àqueles que ficam:
Recolham velas
Adestrem a saudade!

Mas, se a dor for tanta
Ao ponto de o peito
Dinamitar lágrimas
Nada a fazer
Senão afagar o livro
Adormecido sobre
O mudo criado.

E que paciente aguarda,
Há tempos,
o momento de, enfim,
Ser reinventado...
 
O fio de luz no penhasco

ESCREVE UM LIVRO PARA MIM!

 
Certo dia, uma das minhas crianças iluminadas do outro plano, parecia inquieta, meio chorosa.

Senti que ela queria demais algo que eu talvez pudesse lhe dar.

Perguntei:

- O que lhe falta, querida criança?

Ao que ela me respondeu, choramingando:

“- Você escreve tanto! Escreve um livro para mim!!”

Achei que talvez conseguisse escrever algo para ela. Comecei a digitar algo no computador, e ela me pediu para parar.

“- Não... não é esse o livro que eu quero...”

Tentei, de várias maneiras, abordar assuntos os mais possíveis de ser amados por uma criança do céu. Mas, ela continuava choramingando.

De repente, ela me disse:

“- Escreve o meu nome.”

Perguntei:

- E como é o teu nome?

Ao que ela me respondeu pronta e meigamente.

“- Meu nome é Joana!”

Então, escrevi, com muito carinho o nome dela: Joana.

Ao que ela respondeu, alegremente:

“- Este é o meu livro!!! É assim que eu quero.”

Emocionada, entendi o quanto são simples as crianças que convivem comigo na outra dimensão. O nome dela – Joana – era o livro da vida dela, e eu, enfim, consegui escrever tamanho tesouro, que a alegrou
definitivamente.

Saleti Hartmann
Professora e Poetisa
Cândido Godói-RS
Fernando Hartmann (in memoriam)
 
ESCREVE UM LIVRO PARA MIM!

Caros Colegas (att. ZeSilveiraDoBrasil)

 
Caros Colegas (att. ZeSilveiraDoBrasil)
 
Prezados Poetas do Luso. Ouso esta intrusão para comunicar a todos que lancei meu 3° livro que se chama IMAGINOÁLIA POÉTICA. Mais que divulgar o livro, a intenção é divulgar a ideia que todos podemos eternizar nosso trabalho se o quisermos.

Tomo a liberdade de acrescentar um link da loja que o vende (sob demanda) para quem quiser ajudar a divulgação.

Imaginoália Poética - Loja UICLAP

Quero agradecer ao amigo Zé Silveira por sua pronta participação que muito me honrou. "Zé, grande abraço"

IMAGINOÀLIA

Quando tive medo
Imaginei tua mão
Teu sorriso me deu a paz
De mil pombas brancas
Pegavas minha mão
E d’um mundo cinza
O fizeste de cores vivas
Fui do susto à febre
Num silêncio dolorido
Descobri-me enamorado
Mas alguém acendeu a luz
E veio a chuva
Olhei o banco da praça
Vazio e molhado
O fim de todo mistério
Um sonho violado
Impunemente
A verdade desnudada
Minha frágil sanidade
A ruminar imaginoálias
E o vento sussurrando
A letra
Da nossa canção.

Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=364902 © Luso-Poemas
 
Caros Colegas (att. ZeSilveiraDoBrasil)

Escrevendo... no livro da vida...

 
Escrevendo... no livro da vida...
 
Escrever é a arte de criar
Um mundo onde podemos sonhar
A vida é ícone digital
Que nos faz fado traçado
De um fardo poetizado
Onde tudo temos
E tudo podemos...

Num livro de páginas em branco
Onde todos os dias
Temos o direito de escrever
Novas páginas,
E neste livro em branco
Onde escrevemos nossas emoções
Contidas e incontidas...

Folhas escritas de toda uma vida
Recheadas de amor,
alegrias,
Saudades,
Tristezas
E dores...

Nuances de todas as cores
Pintadas na tela dos sentimentos
Num despertar em plenitude
De um livro chamado vida
Aquarelado pela poesia
Do nosso dia a dia...

Onde no solstício do inverno
Temos o acalorado sol
Inda que um oceano que inunda
Nossas veias de átomos de dor
Nas vertentes do coração
No prazer ardente
Que nos faz vibrar
Na energia vital...

No verão que o sol impera
No leste do existir
E nos faz ver o motivo
Do existir
Multiplicando as moléculas
De ar que nos faz respirar...

No outono que as folhas secas
Caem da árvore da vida
E nos faz renovados
Como águia em sua renascença
Olhando tridimensionalmente
Com 3 fóvias do olhar...

E na primavera do existir
Que nos faz habitantes
De um jardim,
Que precisa ser regado,
Cuidado todos os dias
Para que possamos renascer
No amanhecer feliz
E mostrar o que viemos
Fazer aqui...
Decifrar a esfinge do ser
E...
AMAR...
 
Escrevendo... no livro da vida...

a viagem

 
Certa vez estava cansado de viver aqui onde tudo e rude
Entao caminhando encontrei uma porta caida
Abri a porta e vi um lugar com virtudes
Rios mares oceanos ceu vasto de cores nuvens com diversas formas e florestas cheias de vida
Onde as cigarras faziam serenatas onde o sol e a lua dançavam
mares as vezes calmos refletiam o ceu no espelho dagua onde as gaivotas em pleno voo se admiravam
O vento assobiava notas musicais como um choro de flauta
Uma arreia fina e branca acariciava a sola dos pes que caminhava descalça
Havia uma cachoeira que era a fonte de conhecimento e sabedoria
Tomei um banho absorvendo tudo que podia
E sai de um lugar nocivo
quando me dei conta que viaja quando lia
Ai percebi que tinha aberto nao uma porta e sim uma capa e que o mundo que via era dentro das paginas de um livro
 
a viagem

Cansei-me

 
Hoje prometi à minha alma
Que seria optimista.
Teria um bom ponto de vista
Do livro que agora fecho,
Com um sorriso na cara.

Escrevi-o com muito cuidado.
Tranquei-o a sete chaves mais uma.

Cansei-me de ter um sorriso falso.
Cansei-me de esboçar sorrisos
A quem não os devo.

Cansei-me de trancar tudo o que faço.
Haja rasto ou traço
Do que fui ou fiz enquanto o sou.

Usei todas as chaves que tinha.
Para abrir tudo o que tinha.
Mandei as chaves fora,
Para que não me fechassem de novo.

E li. Li sem parar.
Li até ao último poema,
Li até chorar.

E chorei. E sorri.
E por um momento na vida,
Fui verdade, fui derrotado,
Fui vencedor na perda reconhecida.

Vi quem era, vi quem sou.
Apenas não vi para onde vou.
Mas os versos que fiz e faço
Nunca o dirão.

Apenas me disseram
A infelicidade natural
Que enfrentamos todos.
E por um segundo,
Fui feliz porque sei
O quão infeliz sou.
 
Cansei-me

Fome de poetar

 
Estou deitado na cama
lendo um livro de Waly Salomão,
enquanto o sol me queima
sem comiseração.

O sol invade a janela,
invade meu coração,
invade eu, invade ela...
Comete o fenômeno da invasão.

Então eu asso um soneto,
enfiado num espeto,
pra saciar a fome de "poetar"...

Se Waly me deu assunto,
pego as palavras e junto,
tentando me comunicar.

A.J. Cardiais
28.07.2015
 
Fome de poetar

O LIVRO DE LADO (PARA VONY)

 
Escondeste-te na sombra
Escondeste o rosto
Retiraste o livro
Ficou o desgosto.

Como gostva de o ver
Lá no seu sitio pendurado.
Não muito direito
E um pouco de lado.

Mas estava lindo
E de cor castanha
Representava o saber
De uma escritora tamanha.

Não fiz que um reparo
Só foi brincadeira
Estou arrependido
Já vi que fiz asneira.
 
O LIVRO DE LADO  (PARA VONY)

Isolamento

 
Isolamento
 
Socialmente distanciados,
amargurados pela solidão,
que nos aflige e não dá perdão.

Nem assim calados.
Impulsionados pelo momento,
que de tão doente
não nos permite um instante de alento,
apenas o dramático isolamento.

Mas, o que fazer?

Talvez gritar,
Talvez sonhar.
O importante é protestar,
“Batendo panela”,
acreditando no renascimento
do mundo pós-isolamento.

Caros amigos, o poema apresentado compõe o projeto “Isolamento, do Caos ao Imaginário”, crônicas e poemas sobre a realidade caótica do nosso país. Quem quiser conhecer, o livro encontra-se disponível, no site da Kotter Editorial. Um abraço.
https://kotter.com.br/loja/isolamento- ... o-imaginario-helio-valim/

https://heliovalim.blogspot.com/
 
Isolamento

NOVO LIVRO!

 
NOVO LIVRO!
 
Amigas e amigos da poesia,

Acabo de publicar um livro!! Após muita frustração com a falta de apoio a escritores iniciantes, especialmente dentro do universo da poesia, desisti das editoras e das gráficas, ou seja, da publicação material.

Resolvi, então, publicar independentemente pela plataforma Kindle, da Amazon, na forma de um e-book. Com 234 páginas, esta obra, de título FORA DO CENTRO, reúne poemas que escrevi nos últimos 7 anos, frutos de minha inquietude.

Num futuro próximo, espero conseguir a publicação física, mas até lá, muitos e-books precisarão ser vendidos, rs. Peço que indiquem a familiares, amigas e amigos que gostam de poesia. Este seu amigo poeta ficaria imensamente grato.

Para adquirir um exemplar basta seguir o link abaixo ou, no site da amazon.com.br, procurar pelo meu nome ou pelo titulo da obra. Qualquer dúvida, estou à disposição, me chame inbox. Espero que apreciem este trabalho. Sem mais, deixo abreijos.

https://www.amazon.com.br/dp/B01KVX8PMU
 
NOVO LIVRO!

O LIVRO DA BRUXA E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO

 
Se instituto da liberdade de opinião não pode ser postergado, em seu nome jamais poderá prosperar o proselitismo ou a defesa de ideais espúrios. O exercício da plena liberdade propõe e necessita, porém de certos requisitos fundamentais entre os quais uma ampla visão histórica das situações enfrentadas para que os erros do passado não sejam repetidos. Também, o total conhecimento de todos os elementos envolvidos não desprezando de modo algum as suas aspirações e principalmente reações.
Os regimes totalitários têm medo da imprensa porque a liberdade de expressão quando difundida traz à tona fatos que desejam ver enterrados. Mas a luta pela liberdade não implica a destruição de todos os que pensam de modo diferente, implantando a repressão generalizada. Mais grave que isso, esse conceito pode ser e em determinadas vezes tem sido usado não para atender os justos anseios da sociedade, mas na defesa de interesses de grupos ou pessoas, geralmente os poderosos integrantes das elites dominantes que quando desejam manter seus interesses não abrem mão de quaisquer meios, inclusive a tentativa de manipulação dos meios de comunicação.
A divulgação de todo e qualquer pensamento não é fato imprescindível e condicionante da liberdade de expressão. A publicação de ofensas gratuitas, de fatos não apurados responsavelmente também não é condicionante da liberdade da imprensa. O que se nota atualmente é uma generalização e até banalização do conceito de liberdade de expressão. Nossa sociedade deve agregar a seus valores a serem defendidos o respeito às opiniões divergentes, aos comportamentos diferentes, ao individualismo, aos que se destacam das multidões pela forte individualidade.

Toda intolerância é burra e nasce das opiniões preconcebidas sem nenhuma análise e principalmente, sem nenhum conhecimento de todos os fatos.Essas opiniões podem ser alienígenas e de forma maciça serem introduzidas na mente das pessoas, de modo subliminar, mas eficiente. Trazem consigo a aversão sistemática contra os que se destacam ou diferem da maioria.
Conheci a ditadura e vivi sob ela. Também senti na pele os efeitos da intolerância, da perseguição e de como é difícil manter ideais diante dos reveses. Foi no início dos anos setenta que aprendi o que é a intolerância. Com ela percebi que vem junto o preconceito. Um padre da época denunciou durante um sermão que a minha companhia não era saudável para os jovens católicos pois era um ateu. Perdi amigos, vi fecharem-se portas, fui discriminado. E a única coisa que fiz, foi ter na minha estante um livro de capa preta, intitulado “ O Livro da Bruxa” . Para aplacar a sanha anti-religiosa, o fervoroso padre acabou por cometer um ato de preconceito. Pela minha irreverência quis que eu silenciasse. Não conseguindo, tentou isolar-me dos demais, afastar-me de seu rebanho, numa posição na qual não poderia oferecer nenhum perigo. Erraram os dinossauros hilariantes. Não me calei, ainda sou ateu e o livro está na minha estante.
No mundo novo que almejamos, os que não pensam como a maioria devem poder existir sem serem destruídos sistematicamente e covardemente posto que a ordem dominante move-se contra eles, premidas pelo preconceito e pelo pavor da mudança.Sob o pretexto da manutenção do equilíbrio da ordem dominante a ninguém é permitido sair por ai apreendendo o livro da bruxa, esquecido por acaso numa estante qualquer, este por que, por si só, jamais representará perigo. Somente passará a ser perigoso quando seu conteúdo for posto em prática de forma eficiente e sistemática.
Pode-se supor que a simples presença do Livro da Bruxa na estante seria reflexo da prática de feitiçaria? Nada há que apoie tais ideias. Somente as elucubrações maniqueístas provindas de mentes tacanhas. E a prova cabal disso é que existem milhões de livros sem que as teorias que contém sejam necessariamente e obrigatoriamente postas em prática e prejudiquem quem quer que seja. Jamais existirá uma sociedade justa sem o respeito à expressão dos divergentes.

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LM.remora é heterônimo de ©LuizMorais. Todos os direitos reservados ao autor. É vedada a copia, exibição, distribuição, criação de textos derivados contendo a ideia, bem como fazer uso comercial ou não desta obra, de partes dela ou da ideia contida, sem a devida permissão do autor.
 
O LIVRO DA BRUXA E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Prefácio - Nas águas do Verso

 
Prefácio - Nas águas do Verso
 
Nas Águas do Verso é uma colectânea poética idealizada e coordenada por João Filipe Ferreira e Pedro Lopes.
Nesta obra é possível encontrar textos poéticos de 100 autores tão diferentes e tão iguais ao mesmo tempo.
Uma obra onde cada poeta expressa livremente as suas palavras, as suas emoções, visões e estados de espírito.
Em Nas Águas do Verso o leitor poderá navegar calmamente na beleza da poesia e da prosa poética, sem nunca perder o rumo, sem nunca se afogar nas palavras.
Com muito prazer, os autores oferecem-lhe esta obra que consideram ser tremendamente rica em poesia.
Sejam bem-vindos ao barco poético e, uma vez nele, desfrutem da beleza das Águas do Verso.
 
Prefácio - Nas águas do Verso